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CRÍTICA: ‘Emio – The Smiling Man’ é o jogo mais sombrio da Nintendo

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Emio

O Famicom Detective Club nasceu como um novo projeto secundário ao lendário game designer Yoshio Sakamoto. Responsável por criar um dos games mais marcantes de todos os tempos, Metroid, Sakamoto decidiu mostrar sua “verdadeira face” quando mostrou o quão profunda era sua paixão por contar histórias. Lançado originalmente em 1988, o primeiro game da franquia Famicon Detective Club foi inspirado nos longas de Dario Argento e do escritor japonês Seishi Yokomizo. 27 anos depois do último lançamento da franquia Sakamoto retorna com Emio – The Smiling Man, o game que prometia no teaser ser o mais assustador até aqui.

Nascido no Famicon – NES japonês -, o game nos lança por um mistério. Quando crianças voltam a ser assassinadas, 18 anos depois de um serial killer ter rondado uma cidade interiorana do Japão, a polícia e detetives se reúnem para impedir que ele ataque novamente. Com um elemento bem específico a respeito de seu modus operandi: ele mata jovens adolescentes, e coloca em suas cabeças sacos de papel com sorrisos desenhados. Estranho? Pois é, a Nintendo se superou ao contar esta história que nos lançará pelo passado de uma cidadezinha, conflitos antigos e temores.

SINOPSE

Um estudante foi encontrado morto! Sua cabeça estava coberta por um saco de papel com um rosto sorridente sinistro desenhado nele, tal qual as vítimas de Emio, o Smiling Man, um assassino de uma lenda urbana.

Como um detetive particular assistente, você tem a tarefa de ajudar a polícia a resolver este crime, que lembra uma série de assassinatos de 18 anos atrás que nunca foram resolvidos. Será que o assassino em série voltou, ou será o trabalho de um imitador? Esses crimes foram inspirados na história do Smiling Man ou em sua origem?

ANÁLISE

Como um não fã de visual novels, ouso dizer que Emio – The Smiling Man não me cativou. Tampouco me fez sentir empenhado em descobrir a verdadeira identidade do vilão titular. Sendo o primeiro título da franquia que pude jogar, posso dizer que você pode jogá-lo sem sentir que ficou por fora de algum elemento. Com easter eggs do passado, e personagens que retornam para Emio, o game brinca com o real e uma terrível lenda urbana.

Conforme a história se desenrola, assassinatos acontecem e antigos mistérios são revelados. Enquanto jornadas e arcos se misturam, em Emio é necessário utilizar suas diversas mecânicas para investigar, pensar, perguntar e acima de tudo, utilizar seu caderninho onde pistas serão reunidas e te deixarão cada vez mais perto da conclusão da história.

Com dinâmicas bem pesadas e histórias que são difíceis de acreditar que são contadas pela Nintendo, em Emio temas como mortes e depressão podem ser os mais leves. E até mesmo a aura de terror que ronda toda a trama pode ser mais assustadora do que a realidade.

Sendo estruturalmente interessante e divertido, o game possui uma história e dinâmicas cansativas. Tendo passado pouco mais de 13 horas no game, me senti cansado ao final desta história. Para ser mais exato, me senti triste em grande parte da experiência dado o peso da história.

VEREDITO

Emio the Smiling Man conta uma história com um teor violento e sombrio. Com dinâmicas pesadas e cruelmente reais, o game busca a humanizar por fim o vilão da história e conforme a história se desenrola, a lenda ganha tons mais reais do que o desejado. Sendo horripilante, terrível e temeroso, o game conta com uma estrutura episódica e quando você pensa chegar ao fim, o game te surpreende com sua conclusão após os créditos.

Com histórias que podem ser comparadas à longas e histórias de terror que inspiraram o roteirista e criador da série, vemos aqui uma história concisa, curiosa e extremamente interativa. Vejo no game uma irresponsabilidade tremenda, por não jogar avisos de gatilho na tela em momento algum, tampouco antes de alguns acontecimentos do game.

Enquanto tenta nos aplacar por sua história, o game se exime da responsabilidade da qual ele deveria se ele deveria tomar. O incômodo da trama me vem não apelas pelo gênero do game, como também por ser apenas um espectador da história. Meio que sem ter como interagir profundamente com esta.

Emio – The Smiling Man é o retorno da franquia, que apesar de ser diferente dos originais, é o mais próximo dos relançamentos dos games Famicom Detective Club: The Two-Case Collection, relançados para o Nintendo Switch.

Mesmo sendo conciso, o game é irresponsável. E por sua falta de dinamicidade na história, ela se torna problemática.

3,0 / 5,0

Confira o trailer do game:

O game foi o terceiro da franquia a ser lançado para o Nintendo Switch no dia 29 de agosto.

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