CRÍTICA: ‘Endless Ocean Luminous’ é um lindo, porém frustrante game de exploração marítima

    Endless Ocean Luminous‘ é a continuação da já longeva franquia da Nintendo. Conhecido no Japão como Forever Blue, o game desenvolvido pela Arika e publicado pela Nintendo, é um simulador de mergulho e exploração. Tendo sempre um teor não apenas educativo, como também com um papel de conscientizar os jogadores a respeito do futuro do planeta e da importância de cuidar dos mares e oceanos, o game se faz feliz. Mas alguns elementos falham em se provar efetivos.

    Ambientados naturalmente em mares fictícios, desta vez, mergulharemos no Veiled Sea. E ao longo do quarto game da franquia, acompanhamos um inexperiente mergulhador em uma tentativa não apenas de catalogar todo o oceano, mas também suas espécies e relíquias submersas.

    Seja por seu teor educativo, mas também pelo grinding – repetição de tarefas corriqueiras nos games, neste caso, mapear o fundo do mar e escanear suas criaturas – necessário, em Luminous, não existe apenas um modo história, como uma exploração livre e também uma exploração compartilhada. Mas o grinding necessário é um dos aspectos que mais incomodam no game, mas isso será abordado mais pra frente neste texto.

    Endless Ocean Luminous foi lançado no dia 2 de Maio para Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Investigue um misterioso mundo subaquático. Respire fundo e mergulhe no Veiled Sea: uma área inexplorada repleta de descobertas que mudam a cada mergulho. Examine criaturas e aprenda sobre mais de 500 espécies de vida marinha, algumas das quais são consideradas extintas ou até mesmo míticas!

    ANÁLISE

    Luminous

    Endless Ocean Luminous cativa por como retrata alguns dos mais brilhantes ecossistemas da Terra. Sendo que apenas 5% deste foi descoberto, o game brinca com criaturas reais, irreais e brilha quando o assunto é trazer criaturas como o megalodon, ou peixes abissais à vida. Com interessantes aspectos de exploração e mapeamento, o game conta com um mapa do fundo do mar de 10×9.

    Estes quadrantes apresentam não apenas diferentes criaturas marinhas, como nos força a explorar e catalogar incessantemente espécies antes de prosseguir com o modo história.

    Com algo que deveria ser padrão em um game assim, não estando diretamente ligado ao modo de exploração, o modo história do game poderia ser mais do que é, mas acaba por se mostrar limitado e truncado. Seja mergulhando por diferentes quadrantes do mar, em diferentes camadas, ou até mesmo se maravilhando pelo que vemos ao longo da exploração, existe um infortúnio ligado ao que o game poderia ser.

    LIMITAÇÕES, GAMEPLAY E GRÁFICOS

    Luminous

    Graças a não apenas as limitações de gameplay, Endless Ocean Luminous nos leva por um lugar encantador, e mesmo que seu level design e seu sound design sejam muito bem pensados, ele falha em ser mais.

    Com limitações de exploração, o game no força a catalogar não apenas todas as 500 espécies presentes no game, como também nos faz explorar todo o chão do oceano. Forçando aos jogadores claras exigências a fim de prosseguir no modo história, o game se faz infeliz, o que é desapontador e falho.

    Se não fosse por sua limitação de gameplay, daria nota máxima, mas infelizmente, não será assim. Falhando em inovar em aspectos relativos a exploração, o game se torna basicamente o que é, um simulador de mergulho que nos acalma, mas logo cansa. Seja catalogando as espécies desconhecidas, escaneando espécies já catalogadas, o game nos esgota de mais maneiras do que gostaria de dizer aqui.

    Ao passo em que o game nos força a jogar seus diferentes modos a fim de progredir, temos aqui, um incômodo causado por como o game nos força a fazer o que eles querem. Tirando da mão do jogador a escolha do que fazer. Oferecendo aos jogadores aspectos firmemente ligados a um simulador de mergulho, temos até mesmo relatórios pós mergulhos, riquíssimos em detalhes, que oferecem pontos por Trabalho em Equipe, pontos de pesquisa, recuperação de bens, e exploração.

    Com mergulhos compartilhados que podem ser jogados por até 30 jogadores ao mesmo tempo, o game pode se mostrar divertido, mas um tanto confuso. Sendo possível realizar a exploração em conjunto, o oceano pode garantir à nós um mergulho curiosamente divertido, porém, repetitivo.

    Seja por como o game nos faz entender este mundo, ou por como somos lançados em uma aventura repetitiva, Endless Ocean Luminous cativa por seu visual, mas falha em outros aspectos importantíssimos. Com visuais únicos para cada um dos animais, um fundo do mar muito bem trabalhado, áreas específicas e animais de cada uma das regiões, podemos encontrar aqui, o que poderia vir a ser um grande sucesso da Nintendo.

    VEREDITO

    Com um level design curioso e que nos força por vezes a explorar mais do que o desejado, temos diante dos nossos olhos, uma falha da Nintendo, ou para ser mais específico, da Arika. Sendo repetitivo no que diz respeito à exploração e gameplay, Endless Ocean Luminous garante à “luminosidade” apenas ao seu visual e falha em quase todos os outros.

    Sendo divertido, lindo e cativante em um primeiro momento, vejo que apenas algumas horas são necessárias para que o game sua verdadeira faceta, a de um simulador repetitivo, maçante e cansativo.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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