CRÍTICA – Final Fantasy XVI (2023, Square Enix)

    Final Fantasy XVI é um jogo que vai exigir paciência, mas recompensa com uma excelente experiência; entretando ao apresentar uma nova abordagem de jogo e mecânicas, talvez torne-se conflituosa para fãs mais conservadores da franquia mais famosa da Square Enix.

    O novo título voltou-se mais ao gênero de RPG de ação, uma mudança que torna altamente perceptível ao joga-lo. Sendo um tipo de abordagem que achei mais interessante; mesmo que sua mecânica de combate seja tão desafiadora, ainda assim é divertida.

    Quando enfrentamos um aglomerado de inimigos é algo que ao repeti-la com uma certa frequência se torna monótono. Entretanto as lutas contra chefes achei o mais interessante, com criaturas visualmente muito bem detalhadas e um desafio mais trabalhoso, sendo necessário diminuir a barra de postura, um status secundário do inimigo, antes de causar o dano aos pontos de vida.

    Eu considerei desafiador pelo aspecto que as estatísticas do personagem não crescem tão rapidamente ao longo da experiência. Sendo algo que nos jogos atuais é muito comum subir seu poder de ataque, proteção e outros artifícios de forma muito rápida e em grandes volumes.

    Inicialmente parecia um esforço muito grande, mas um jogo de Final Fantasy não é do estilo que a pressa em desenvolver seus poderes é a prioridade. Particularmente, acredito que seja a combinação entre as mecânicas e a história que tornam esta franquia tão grandiosa.

    O sistema de árvore de habilidades não é difícil de compreender, o que considero interessante principalmente por RPGs em sua maioria apostarem na complexidade. Desta forma, jogadores que não tenham tanta experiência com a franquia não sentem este diferencial e os mais experientes conseguem situar-se de forma mais rápida ao que desejam aplicar melhorias.

    Em essência, o aspecto de ação me lembrou em alguns momentos títulos como Devil May Cry, algo mais dinâmico e frenético tratando-se da jogabilidade de combate. Mas não deixa de ter os seus elementos de RPG, sendo que este título é algo totalmente diferente do que se jogou na franquia Final Fantasy.

    O jogo é uma mistura de mundo semi-aberto com dungeons podendo explorar quatro regiões; sendo algo mais direcionado a seguir as missões principais e secundárias. É possível realizar uma exploração mais livre e encontrar alguns segredos e itens, mas não é uma prática tão recompensadora como o que se faz em mundo aberto.

    Outro aspecto que considero interessante relaciona-se ao ajuste de dificuldade, podendo se escolher um foco maior na história ou na ação. No caso escolha a segunda opção, o jogador recebe anéis que dão super habilidades, podendo ser equipados enquanto ainda se adapta as mecânicas de jogo.

    Em relação a paciência que cito inicialmente, o jogo possui uma grande quantidade de cutscenes que, em muitos momentos, são longas demais. Entretanto não sugiro que pule-as pois são parte do storytelling e são cruciais para introdução do jogador ao mundo e conhecer as motivações de Clive, o nosso protagonista.

    O maior ponto forte e o fator que achei valer mais a pena jogar Final Fantasy XVI é sua história grandiosa. Com uma narrativa muito atrativa e um protagonista interessante temos um jornada bem característica da franquia.

    VEREDITO

    Uma gameplay diferente do comum e uma narrativa bastante atrativa Final Fantasy XVI é um jogo divertido, interessante e que pode indicar um novo rumo para a franquia da Square Enix.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de lançamento:

    O game foi lançado exclusivamente para o PlayStation 5.

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    Artigos relacionados

    CRÍTICA: ‘Stellar Blade’ é muitos passos a frente um passo para trás

    Stellar Blade é o primeiro game para consoles da Shift Up. O estúdio coreano nos apresenta a aventura de ação de Eve. Confira o que achamos!

    EU CURTO JOGO VÉIO #9 | ‘Paper Mario’ é o início incrível de uma franquia cheia de personalidade

    Paper Mario 64 é um mergulho em um dos melhores jogos de RPG do Nintendo 64. O game 2D nos lança em um mundo conhecido, ligeiramente diferente.

    CRÍTICA: ‘Sker Ritual’ combina terror com muita ação

    Sker Ritual é um fps de terror repleto de ação. O game é o sucessor espiritual do game do mesmo estúdio Maid of Sker.

    EU CURTO JOGO VÉIO #8 | ‘The Darkness’ era uma escapada da rotina dos FPS

    The Darkness é um jogo FPS desenvolvido pela Starbreeze e publicado pela 2K, lançado em 2007 para PlayStation 3 e Xbox 360.