CRÍTICA – Gal Guardians: Demon Purge (2023, Inti Creates)

    Gal Guardians: Demon Purge foi lançado no dia 6 de fevereiro de 2023 para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC. Por meio de um pixel art charmoso – mas problemático -, acompanhamos a história das irmãs Kamizono, Shinobu e Maya. Enquanto tentam conciliar suas duas vidas como caçadoras de demônios e estudantes.

    Mas quando sua realidade normal se funde com o mundo demoníaco, as irmãs não tem outra alternativa, a não ser lutar a fim de dar um fim a isso. Enquanto Shinobu ataca à distância com sua metralhadora, Maya faz uso de ataques melees.

    SINOPSE

    Nesta aventura de ação 2D, sua escola se transforma em um castelo demoníaco enorme e, para salvá-la, duas irmãs caçadoras de demônios abrem o caminho com espadas e disparos.

    ANÁLISE

    Gal Guardians

    Como um metroidvania, o game se apresenta desafiador, mas conta com alguns problemas no que diz respeito à alguns elementos. Servindo como um belo exemplo do gênero, ele conta com alguns erros e acertos que metroidvanias precisam evitar a fim de se tornarem longevos, desafiadores e inesquecíveis.

    Ignorando completamente o que foi feito no passado com games como Bloodstained: Ritual of the Night, Blasphemous, Hollow Knight – e até mesmo nos games que deram nome ao gênero como Metroid e Castlevania -, Gal Guardians opta por deixar de lado os erros e acertos do passado, e coloca na mesa elementos que tentam servir como uma revolução ao gênero, mas falha.

    Elementos como a mudança de habilidades necessárias para atravessar algumas das fases, tornam a gameplay trabalhosa, ao invés de fazê-la ser fluída. A forma como o game opta por nos lançar na aventura, funciona tanto como uma visual novel, como também uma aventura curiosa.

    JOGABILIDADE, VISUAL E HISTÓRIA

    Gal Guardians

    A jogabilidade de Gal Guardians se compara à outros metroidvanias, tirando alguns elementos. Podendo nos proporcionar duas aproximações diferentes diante dos desafios de cada uma das fases quando utilizamos uma das duas irmãs, seja à distância ou mais de perto. Sendo que algumas áreas só podem ser acessadas com Maya dado seu tamanho. Já Shinobu consegue acertar inimigos à longa distância.

    Conforme progredimos no castelo demoníaco, ao derrotarmos os bosses ganhamos novas habilidades que garantirão aos usuários acesso à áreas que precisam ser revisitadas a fim de obter 100% do game.

    Algo que me incomodou gira em torno exatamente destas habilidades. As habilidades obtidas não entram em um menu rápido que pode ser trocada a partir de um toque no direcional, mas sim em um menu suspenso que precisa ser aberto para só depois ser selecionada. E tudo isso torna a gameplay muito mais trabalhosa do que prazerosa.

    Gal Guardians

    O charme da história vem de alguns elementos gráficos, o que é interessante. Mas o que incomoda e faz o game ser basicamente um chamariz para alguns jogadores, podem ser os visuais de suas personagens “loli”, hipersexualizando personagens com arquétipos e roupas de adolescente em fase escolar, o que é muito preocupante. (Como mostra a imagem acima).

    Com uma história super simples, o game não faz questão de se aprofundar muito. O que dá mais espaço para ação. Quando as duas irmãos são surpreendidas pelo que um demônio faz, ao mesclar dois mundos distintos, a escola das irmãs Kamizono se torna um antigo castelo medieval, repleto de ameaças.

    O único problema é: quem antes estava na escola é possuído e se torna um demônio amedrontador. E apenas Shinobu e Maya podem fazer tudo voltar a ser como antes.

    VEREDITO

    Ao adentrar a história, não vemos grandes dificuldades, apenas as de jogabilidade. Outro elemento que merece ser ressaltado o quão incômodo é, são as animações. Sejam elas de transição e também as de ultimate. Os golpes que precisariam ser performados em um momento específico, leva tempo demais a fim de serem realizados, o que garante aos inimigos uma janela de tempo absurda a fim de sair da posição desejada para receber o dano do mesmo.

    Outro elemento incômodo, é a animação de mudança de personagens. Quando optamos por trocar de Maya por Shinobu ou o contrário, o game nos faz perder um tempo útil com coisas que deveriam ser básicas, apenas para “torná-lo mais bonito”. Além dos muitos problemas citados acima, quero estressar o quão problemático é, quando o game opta por sexualizar suas personagens quando as insere em arquétipos de jovens adolescentes e além mesmo criança, que é o caso de Maya.

    Gal Guardians é curioso, e acaba decepcionando em muito mais aspectos do que nos surpreende positivamente.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Gal Guardians: Demon Purge está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

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