CRÍTICA – Live a Live (2023, Square Enix)

    Vivemos uma época que voltamos ao passado para relembrar jogos clássicos, seja em uma versão mais recente ou remake. E dentre tantos jogos memoráveis chegou a versão de Live a Live para os consoles de nova geração.

    Lançado exclusivamente para o Super Famicon, o mundialmente conhecido como Super Nintendo, em 2 de setembro de 1994; o game foi desenvolvido pela Square Enix. Entretanto, em 2023 recebeu uma versão para PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch e PC disponibilizada em 27 de abril.

    O RPG é considerado uma jóia dentre os clássicos do Super Nintendo e sua versão para a nova geração teve uma demo disponível um mês antes de seu lançamento. Sendo que nesta versão contou com membros participantes da versão original como Takashi Tokita.

    O diretor colaborou em jogos importantes, como Final Fantasy IV antes de Live a Live; entretanto seus trabalhos notórios são pós o lançamento do jogo como Chrono Trigger, Parasite Eve e Final Fantasy: The 4 Heroes of Light.

    Outra participação importante é da renomada compositora Yoko Shimomura, sendo este seu primeiro trabalho. Posteriormente, seus trabalhos seriam conhecidos em grandes jogos como Kingdom HeartsFinal Fantasy XVSuper Mario RPG, além da marcante trilha sonora de Street Fighter II.

    SINOPSE

    O título não tem sinopse oficial.

    ANÁLISE

    O jogo é uma excelente experiência, além de uma oportunidade de jogar um título que possui uma proposta muito além de sua época. Sendo um jogo que garante um bom período de diversão, além de uma boa pitada de nostalgia.

    Os gráficos em tecnologia H2D2 são um dos tantos pontos fortes que poderia ressaltar a respeito de Live a Live; além da trilha sonora que se torna uma jornada nostálgica a um gênero como o RPG, mesmo não possuindo todos os elementos que classificariam o jogo como um “RPG puro”.

    Em aspecto de jogabilidade é interessante como Live a Live tem mecânicas de jogabilidade que atualmente são muito comuns em jogos de RPG, principalmente quando falamos da jogabilidade aplicando-se de forma diferente em cada um dos cenários.

    Para exemplo desta aplicabilidade, quando jogamos na Pré-história, é necessário usar o olfato para encontrar inimigos, por outro lado no Futuro Próximo usamos mechas para ataque massivo. Assim como no Faroeste, a luta a longa distância é privilegiada enquanto no Presente a proximidade é o ponto a ser explorado.

    Outro elemento desafiador é o curto espaço nas cenas de luta, o que atualmente é sempre realizado em grandes espaços e, tratando-se deste aspecto, uma diferença significativa a se observar. Em Live a Live jogamos em espaços menores, em grupo e posicionamento para realizar um ataque.

    O maior estranhamento fica por conta do desenvolvimento de personagens, pois não temos uma árvore de habilidades ou grande variedade de equipamentos. Apesar disso, não acredito que torne-o menos divertido, pois o que vale acima de tudo é a nostalgia do “antecessor espiritual” de Chrono Trigger.

    Ao jogar Live a Live é difícil não compará-lo em estrutura e melhorias feitas. O que apenas reforça a qualidade deste título, pois muito dele se tornou base para o elogiado Chrono Trigger.

    Inicialmente temos sete cenários principais, desbloqueando um oitavo até o fim do jogo e, mesmo sem grandes linhas de diálogo apresenta uma narrativa muito agradável e livre. Sendo assim, a escolha de como começar a jogar é de acordo com a preferência do jogador, algo que relembra jogos como Octopath Traveler.

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    A escolha em torno da ordem das histórias reflete em relação ao cenário final, o que considero um toque muito à frente do seu tempo, principalmente tratando-se de um jogo da década de 90.

    VEREDITO

    Se pudesse definir a grosso modo sobre como é jogar Live a Live, seria como um TBT jogável. Seja pelos seus elementos estratégicos mais simplificados ou o seu estilo narrativo livre que estava a frente do seu tempo.

    Mesmo se não considerarmos a nostalgia, o título ainda assim é um excelente momento de gameplay pela simplicidade de mecânica e a diversão prática que a sua história consegue proporcionar ao longo de cada um de seus cenários.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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