CRÍTICA – Metroid Prime Remastered (2023, Nintendo)

    Metroid Prime foi lançado originalmente para o Nintendo GameCube em 2002. E em 2023, a Nintendo lançou seu remaster sem nenhum alarde ou anúncio prévio. O game foi apareceu na Nintendo Eshop no dia da primeira Nintendo Direct de 2023, em 8 de fevereiro.

    O game nos apresenta a história da clássica caçadora de recompensas Samus Aran que chega ao planeta Tallon IV após receber um pedido de ajuda de uma nave próxima. Com um visual 3D, o game se apresenta como uma versão definitiva do que foi visto no passado, nos surpreendendo por seus gráficos e suas horrendas belezas.

    SINOPSE

    Samus recebeu um pedido de ajuda, apenas para se mostrar como uma armadilha. Viaje pelos diversos biomas do planeta Tallon IV enquanto descobre os experimentos sinistros dos Space Pirates e colete informações sobre a substância tóxica que deixou o planeta em ruínas. Avance para o seu próximo objetivo ou reserve um tempo para parar e observar os arredores e aprender mais sobre as criaturas e a cultura de Tallon IV. Desde a calma e quietude da região montanhosa e nevada de Phendrana Drifts até os gêiseres de magma de Magmoor Caverns, este planeta alienígena apresenta paisagens e labirintos maravilhosamente difíceis.

    ANÁLISE

    Metroid Prime

    Uma das mais belas surpresas de Metroid Prime Remastered vem do que não havia sido visto anteriormente por uma nova geração, que não teve a oportunidade de jogar o game original no GameCube. As surpresas da história e por onde a trama engendra nossa personagem, causa diversos incômodos, mas mostra que mesmo fugindo de uma gameplay 2D, o game mergulha de cabeça em elementos pelo qual a franquia ficou famosa: o metroidvania – jogos de ação que geralmente apresentam um grande mapa interconectado que o jogador irá explorar, embora o acesso a partes sejam limitados por obstáculos, que somente podem ser ultrapassados quando o jogador adquirir, ferramentas, armas, ou habilidades dentro do jogo.

    As belezas do mundo no qual seremos inseridos, se apresenta desde os primeiros minutos do game, na tela de loading e até mesmo nos extras, com modelagem 3D dos personagens, esboços a lápis e muito mais.

    Logo nos primeiros minutos do game, descobrimos que o pedido de ajuda que Samus havia captado, era na verdade uma armadilha dos Piratas Espaciais, que com suas experiências, criaram quimeras capazes de destruir naves sem grandes problemas e potencial de destruir civilizações.

    Como as criaturas que ficaram conhecidas no game original, e que dão nome aos games da franquia, os metroids quase não são vistos neste game. Aparecendo por vezes como desafiantes dignos de um combate. Ao longo do game, cruzamos por um planeta destruído, mas que ainda é capaz de conter vida, uma vida hostil que tentará te destruir na primeira chance que tiver, mas não apenas isso.

    Conforme progredimos, encontramos laboratórios com experiências deturpadas dos Piratas Espaciais e até mesmo forças primais de Tallon IV. Como uma espécie de corrupção das criaturas que habitam aquele planeta, os Piratas Espaciais parecem agir sem qualquer escrúpulo, criando monstros capazes de derrotar os que chegarem ao planeta sem maiores problemas.

    HABILIDADES, GRÁFICOS E REMASTER

    Metroid Prime

    Ao adentrarmos ao game, Samus parece ter em seu arsenal as habilidades capazes de destruir mundos, mas quando por um mal funcionamento cai em Tallon IV, perde todas as suas habilidades e somos forçados à reaprendê-las.

    Conforme progredimos graças às habilidades características de Samus, vemos como o game inova e implementa habilidades inteiramente novas em relação aos games 2D. Como a “Spider Ball” de Samus, que nos permite escalar os trilhos vistos logo no começo do game, e até mesmo o Beam Cannon.

    Como se alimenta e se aproveita fortemente do que foi visto no passado, no movimento estabelecido pelos “metroidvanias”, o game se faz divertido e desafiador, nos forçando por vezes, a encontrar habilidades específicas para que possamos progredir e acessar novas áreas.

    Os gráficos do remaster são dignos de um relançamento para a atual plataforma da Nintendo, e no game, vemos que esta é a versão definitiva do game lançado para o GameCube.

    VEREDITO

    Metroid Prime Remastered se apresenta como algo novo para uma vasta fatia dos jogadores que não tiveram acesso ao GameCube no passado. Se fazendo desafiador, divertido e curioso – mesmo quando nos força a ler tudo que escaneamos a fim de entender melhor aquela história – o game se faz irreverente, e coloca em Samus um papel definitivo, da mais famosa caçadora de recompensa. Enquanto o game nos permite comparar a história de sua protagonista à de Ripley em Alien, o 8º Passageiro, vemos que o game dá à Samus muito mais habilidades e chances de se defender. Tudo isso, alheio às seus aparatos.

    Quando vemos o game em um primeiro momento, achamos que os desafios de uma aventura 3D são menores do que os de uma aventura 2D: ledo engano. Metroid Prime te prende na mesma proporção em que te desafia.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    O game está disponível para Nintendo Switch.

    Confira o trailer:

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