One Piece Odyssey é a mais nova adaptação da amada franquia criada por Eiichiro Oda. O game nos leva por uma viagem única, enquanto nos permite revisitar os arcos do mangá e do anime graças as habilidades de Lim, uma personagem apresentada logo no começo do game que conta com poderes misteriosos e habilidades curiosas.
O mais novo game da Bandai Namco é um JRPG de turnos com características de dungeon crawler. O game nos apresenta aspectos repetitivos muito cansativos, que são utilizados à exaustão que por vezes nos tiram da experiência, sendo os jogadores fãs ou até mesmo curiosos pela franquia One Piece.
SINOPSE
O famoso pirata, Monkey.D.Luffy, mais conhecido como Luffy Chapéu de Palha, e sua tripulação do Chapéu de Palha, estão navegando pelo Novo Mundo em busca da próxima ilha e da próxima aventura que os aguarda. No entanto, durante a viagem, eles são pegos por uma tempestade. A tripulação percebe que ficou encalhada em uma ilha tropical cercada por tempestades violentas constantes.
Longe de sua tripulação, Luffy parte em uma nova aventura grandiosa para encontrar seus amigos e fugir da ilha! Novos inimigos poderosos, forças da natureza e muito mais aguardam.
ANÁLISE
One Piece Odyssey nos coloca no controle do bando do Chapéu de Palha. Que após serem pegos na tempestade nos arredores da ilha de Waford, seu barco, o The Thousand Sunny é destruído. Após os integrantes do bando ficarem espalhados pela ilha, Luffy precisa os outros tripulantes. Mas no meio do caminho, Adio e Lim os encontram e os apresentam aos desafios únicos daquele lugar.
Após, reunir sua equipe, Luffy e seus amigos tem seus poderes retirados com um simples toque de Lim, que transforma suas habilidades e suas memórias em cubos – e os espalha pela ilha. A partir daí, precisamos explorar o lugar, e viajar pelas memórias da equipe a fim de recuperar nossas habilidades e continuar avançando.
Ao longo de seus 9 capítulos, enfrentamos colossos pela ilha de Waford, e visitamos algumas das mais importantes sagas do material criado por Eiichiro Oda. Além do arco de Alabasta, testemunhamos o arco Water Seven, Marineford e Dressrosa com ligeiras mudanças, pois assim como Lim estabelece, as memórias nunca se desenrolam da mesma maneira – de maneira que os inimigos serão ainda mais poderosos do que antes.
O mais bizarro dessa história, é o quão poderosos esses inimigos são. Já que quando Lim nos toca, coloca todos os nossos personagens no nível 1, precisamos enfrentar os mais diversos inimigos a fim de progredir. Mas você me pergunta: mas o que de RPG tem no game?
O elemento JRPG do game fica na obtenção de itens para criação e que nos concedem status como mais força, mais defesa, mais vitalidade e muito mais.
PERSONAGENS, HISTÓRIA E VIAGEM AO PASSADO
Cada personagem da nossa equipe possui uma habilidade diferente Os personagens da nossa equipe contam cada um com habilidades diferentes. Luffy pode alcançar itens à longas distâncias e também lançar seus braços para escalar, Chopper pode acessar áreas com pequenas entradas graças a seu tamanho, já Zoro, pode cortar paredes, portões de ferro e até mesmo caixas de ferro com suas espadas.
Suas movimentações – tirando a de Luffy – são bem parecidas. Agora, lembra os cubos que Lim produziu com nossas memórias e habilidades? Ao obtê-los, podemos melhorar nossas habilidades e ao final do cada capítulo obtemos novas. Fazendo quase sempre um paralelo com as habilidades que nossos personagens possuem em cada um dos arcos aos quais somos ambientados.
A história do game se debruça quase que inteiramente nas habilidades de Lim, e também nos reveses que essa habilidade possui. O cuidado da equipe de produção ao nos lançar nesse mundo não é muito grande, e o game ainda parece ter alguns elementos inacabados mesmo após seu lançamento – tal como não conseguirmos marcar pontos de interesse no mapa, ou mesmo mexer o cursor nos gigantescos mapas.
Com a necessidade de cruzar grandes distâncias a pé, o game parece ter achado que colocar a opção “correr automático” fosse o suficiente, mas não é. Além de cansativo, o fato do game nos forçar a cruzar mapas inteiros apenas para obter itens ou realizar determinadas missões é completamente desnecessário. O que o game poderia fazer, além de facilitar em um primeiro momento um fast travel – que é obtido na metade do capítulo 2 -, seria haver um fast travel real, nos permitindo teleportar por entre as placas em que podemos utilizar o “caranguejo” que serve de veículo.
A aparição de personagens amados pelos fãs é algo incrível. Ver Ace por uma última vez, nos traz um nó na garganta e uma emoção única. Assim como ver Vivi novamente, a princesa de Alabasta. O que One Piece Odyssey faz, é ganhar os fãs pela nostalgia, mas pode afastar até mesmo os fãs mais hardcore da franquia.
O fator repetitivo coloca um peso desnecessário ao longo do game, e pode comprometer quase que inteiramente essa experiência. O fato do game nos permitir revisitar as sagas, é algo interessante, mas não haver outra coisa além disso é decepcionante. Enquanto vagamos pela ilha de Waford, e as “Memórias” que Lim obtém dos Chapéus de Palha, precisamos encontrar força e perseverança a fim de avançar e chegar ao fim dos capítulos do game.
VEREDITO
One Piece Odyssey nos leva para uma viagem completamente o oposto de intimista. Enquanto reúne não apenas todo o bando de Luffy, o game agrega à eles diversos personagens que eles encontraram pelo caminho. Além de Vivi, Jimbei, Trafalgar D. Water Law e muitos outros se unem à equipe, e nos levam por uma viagem conhecida, o game pode servir também de porta de entrada para os que ainda não são fãs da franquia.
O game foi desenvolvido pelo estúdio da Bandai Namco ILCA, estúdio responsável por desenvolver games como Yakuza 0, Pokémon Brilliant Diamond e Pokémon Shining Pearl.
One Piece Odyssey foi lançado no dia 10 de janeiro de 2023 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.
3,5 / 5,0
Confira o trailer do game:
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