CRÍTICA: ‘Paper Mario: Thousand-Year Door’ é um diversão garantida com narrativa profunda

    Paper Mario: Thousand-Year Door‘ foi lançado originalmente para o GameCube em 2004. O game ganhou uma versão remasterizada 20 anos depois para o Nintendo Switch. Ao longo da história, acompanharemos Mario em uma missão para auxiliar Peach. Após receber uma carta com um pedido de ajuda, Mario receberá um misterioso e antigo mapa. Enquanto segredos sobre este mapa e um antigo tesouro vem a tona, Mario chega a Rogueport, onde essa jornada se desenrolará. Com pouco mais de 25 horas, me senti mais imerso neste do que em outros títulos do gênero. Até mesmo mais do que no game original, Paper Mario do Nintendo 64.

    Ao longo do game, ganhamos habilidades, insígnias e formamos uma party formidável, que propiciará nossa progressão. Assim ccomo no game original, Thousand-Year Door diverte, brilha em tudo que se propõe, se aprofundando ainda mais do que no original, graças a como ele se comporta no Nintendo Switch. Ao passar horas a fio jogando, e mergulhando em uma história extremamente divertida e recompensadora, enfrentando dragões, poderosos lutadores, e piratas fantasmas, entraremos em um dos mais divertidos mundos da franquia Mario, onde tudo pode acontecer.

    SINOPSE

    Os X-Nauts estão buscando o tesouro atrás da Thousand-Year Door! Com um mapa da princesa Peach e a ajuda de alguns habitantes locais, Mario viaja por um mundo colorido feito de papel para encontrar o tesouro antes que os X-Nauts. Esta história intensa e envolvente está repleta de surpresas, onde todos têm algo a dizer e muitas vezes não é o que se espera. Aqui estão apenas alguns dos personagens coloridos que você encontrará ao longo do caminho.

    ANÁLISE

    Thousand-Year Door

    Como inimigos inteiramente novos, os X-Nauts serão a principal ameaça deste desafio. Estando por trás da maior parte dos reveses desta história, veremos aqui um mundo em que ameaças podem surgir de onde menos se espera, porém, antigos inimigos podem ser os parceiros mais improváveis desta jornada. Com uma improvável party, reuniremos uma goomba, um koopa, uma espírito das nuvens, um yoshi, uma sombra, um bob-omb e talvez, até mesmo uma ratinha golpista.

    Enquanto transforma essa aventura em uma jornada por vezes decadente – graças ao que os X-Nauts tem feito pelo mundo -, o game também acaba por tornar essa aventura ainda mais marcante, e assim, podemos entender claramente que Thousand-Year Door diverte, surpreende e cativa. Seja por sua gameplay dinâmica – que nos coloca agora em uma espécie de palco em que itens da “produção” podem tanto nos atingir quanto aos nossos inimigos -, ou por nos fazer entender que essa jornada será repleta de diferentes dinâmicas.

    Permeado por dinâmicas divertidas, curiosas e novas mecânicas, precisaremos tomar cuidado ao avançar, afinal, os X-Nauts não são as únicas ameaças. E é graças a eles que a nossa jornada tem início.

    A LENDA, A PROFECIA, O TEMOR

    Thousand-Year Door

    A história do game tem início muitos séculos antes do momentgo em que seremos ambientados. Com a história de uma antiga cidade que cedeu e afundou no mar após um cataclismo, é dito pelos seres que passaram a habitar a área ao redor que a cidade guardava um grande tesouro. Nos dias de hoje, ao chegar na cidade de Rogueport, Peach é abordada por um mercador obscuro, que oferece a ela um pequeno baú cuja lenda diz que ele se abrirá apenas a quem possui um coração puro. A partir daí, a história se desenrola como no início deste texto. Peach pede ajuda a Mario e o jovem encanador parte ao seu resgate.

    Conforme a história progride, as Star Crystals são apresentadas. E a partir daí, parte pra coletá-las pelo mundo. Servindo sempre como um contraponto à nossa história, outros personagens das histórias de Mario são trazidos de volta. Aqui, vemos Luigi, Bowser e muitos outros vivendo suas próprias jornadas a parte da missão a que Mario foi incumbido.

    Seja por se aprofundar em tudo, desde mecânicas, até por nos surpreender pela forma em que se desenvolve, Thousand-Year Door faz com que vejamos aqui, alguns recortes sombrios, uma IA apaixonada e uma parte por vezes obscura do mundo de Mario.

    É dito que o tesouro contido no fundo daquele mar dará a quem o tiver grande poder. Com o passar do tempo, a IA dos X-Nauts revela a Peach que o tesouro é algo maligno, que pode causar o fim do mundo e é isso que o grupo de vilões busca: dominação mundial.

    GRÁFICOS, GAMEPLAY E MELHORIAS

    Thousand-Year Door

    As melhorias gráficas que podem ser vistas aqui vão além das visuais. Com uma melhora significativa em sua trilha sonora, Paper Mario: Thousand-Year Door garante algumas badges que dão ao game uma um tom nostálgico. O que pode ser visto no Nintendo Switch é incrível. Com uma gameplay fluída, mas uma história nem tanto, como o arco de Glitzville – em que precisamos perder muito tempo lutando em uma arena com gladiadores -, em que precisamos lutar com cerca de 20 adversários a fim de atingir nosso objetivo, que é chegar ao top 1 de lutadores.

    A obtenção das Crystal Stars varia, e aqui, é onde tudo fica ainda mais divertido. A variedade de gameplay e a formas como precisamos usar nossa cabeça para solucionar “puzzles,” utilizando tanto as habilidades de Mario como as de nossos parceiros de party, é singular e divertida. Seja viajando por diferentes reinos ao longo dos 8 capítulos, nosso mapa anteriormente preto-e-branco, rapidamente ficará colorido, indicando o local de cada uma das 7 crystal stars.

    Viajando pra lua, encontraremos nosso último objetivo, e damos de cara com Peach. Em uma jornada de aventuras pelos mais diversos reinos, acompanhamos aqui diversos arcos divertidos, com missões para auxiliar os habitantes em Rogueport, ou realizando missões até mesmo em um trem em movimento, descobrir um pouco mais sobre o mundo depende só de nós mesmos.

    Com melhorias relativas à como o game se comporta, a Intelligent Systems, subsidiária da Nintendo e desenvolvedora de games como a franquia Paper Mario, WarioWare e Fire Emblem, acompanhamos aqui uma das mais curiosas e divertidas jornadas. Por ser o fim da geração, é compreensível que a Nintendo opte por lançar apenas remasters de antigas franquias, como fará com seu Luigi’s Mansion 2 HD, que será lançado em 27 de junho. E deixará para a próxima geração games mais parrudos, mais potentes.

    VEREDITO

    Paper Mario: Thousand-Year Door é a diversão perfeita para o Nintendo Switch. Pois a portabilidade permite que a diversão nos acompanhe onde quer que a gente vá. Assim, o console pode permitir que jogadores casuais de console de mesa mergulhem na história, como é necessário. Pois afinal, após pouco mais de 25 horas de gameplay para fechar o game, a diversão requer um mergulho mais profundo não apenas para entender a dinâmica, como também os controles. Afinal, diferente de seu antecessor, Thousand-Year Door possui até mesmo um botão de contra-ataque.

    Thousand-Year Door faz os olhos brilhar quando o assunto é uma narrativa envolvente e gameplay recompensadora. Sendo assim, este é um dos mais divertidos capítulos da franquia Paper.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Paper Mario: The Thousand-Year Door foi lançado no dia 23 de maio para o Nintendo Switch.

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