CRÍTICA – Scrap Riders (2023, Microids)

    Scrap Riders é um game adventure no mais tradicional estilo visual pixel art. O game ambientado em um futuro cyberpunk nos permite controlar Rast, integrante de um grupo itinerante de contrabandistas que precisa enfrentar diversos desafios em face de suas sobrevivências.

    O game nos apresenta à princípio a um mundo desértico, que se contrastado pelos neons das grandes metrópoles controladas por grandes corporações, se mostra brilhante. O game publicado pela Microids pode ser considerado uma aventura point-and-click e ao mesmo tempo, um beat’em up, tendo sido desenvolvido pelo estúdio espanhol Games For Tutti, o game se apresenta ligeiramente desafiador nas pouco mais de 6 horas que levei para zerar.

    SINOPSE

    Se torne Rast, um membro de uma gangue de motoqueiro chamada de Scrap Riders, e explore as terras áridas e as grandes metrópoles controladas por corporações. Atue como um contrabandista de humor ácido para sobreviver nesse mundo apocalíptico.

    ANÁLISE

    Scrap Riders

    Scrap Riders se mostra imensamente feliz no que se propõe. Ao nos ambientar rapidamente aquele mundo por meio das tecnologias de uma época futurista, Rast precisa despertar e agir, para impedir que os bens de sua gangue sejam roubados por seus maiores rivais, a gangue Black Warriors.

    O mundo futurista do game nos apresenta algumas das referências como Fuga de Nova York, Doctor Who e outros elementos da cultura pop como Alien.

    O tipo de humor ácido daquele mundo, reflete os absurdos que apenas uma realidade cyberpunk propõe, colocando as grandes corporações no controle de tudo, inclusive das tecnologias, rebaixando quase sempre os cidadãos à um lugar de miséria, negando a eles até mesmo trabalho – já que as máquinas dominaram tudo.

    Não que isso seja ruim. O game faz também uma crítica ao direito das máquinas, e expressa fortemente o pensamento de “Direitos Humanos para Máquinas”, fazendo uma crítica ferrenha à como a máquians são subjulgadas e colocadas sempre na função de subserviência.

    GAMEPLAY E PIXEL ART

    Scrap Riders

    A gameplay de Scrap Riders é satisfatória, mas ainda se prova travada no que diz respeito ao dinamismo que o game poderia ter. Ainda que possamos nos mover rapidamente, a limitação por parte dos movimentos de Rast dão uma desanimada que é suprida por sua dificuldade.

    O pixel art do game é algo que merece destaque. Ao nos fazer sentir imersos naquele mundo, – primeiro por meio de uma tecnologia VR a qual o nosso personagem – o game estabelece que todo aquele visual única que testemunhamos nos acompanhará todo o tempo. Com a fluidez dos movimentos dos NPCs e até mesmo do mundo, que por vezes estáticos e por vezes vivo, testemunhamos que as luzes e até mesmo os áridos desertos são um acerto monumental do estúdio.

    O estúdio espanhol nos desafia, não apenas quando torna os combates não apenas difíceis, mas também provocadores. Os confrontos com nossos maiores inimigos e também a relação de Rast com aquele mundo que mesmo que desolador, parece muito vivo é uma experiência única. As linhas de diálogo com cada NPC tornam as conversas e o aprofundamento de mundo muito mais eficaz. Enquanto os personagens com quem conversamos nos apresentam suas visões de mundo, ou falam sobre as cidades, eles também apresentam linhas de diálogos profundas e motivações distintas.

    VEREDITO

    O mundo de Scrap Riders se mostra único, desde seu visual, até em seus NPCs e suas histórias. Com detalhes técnicos que vão além de um beat’em up tradicional, o game mistura a tradicional visão de um adventure point-and-click e o mistura com os mais diversos gêneros.

    Com imensos labirintos a explorar, e diversas linhas de diálogos para prestar atenção, o game é mais profundo do que se apresenta em um primeiro momento.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Scrap Riders foi lançado no dia 9 de Janeiro de 2023 está disponível para Nintendo Switch e PC.

    Confira o trailer do game:

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