CRÍTICA – The Last Worker (2023, Oiffy)

    The Last Worker é um jogo desenvolvido pela Oiffy e pela Wolf e Wood Interactive Limited no último dia 30 de Março de 2023. O jogo encontra-se disponível para PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox Series S/X e PC.

    SINOPSE

    The Last Worker é uma aventura narrativa e imersiva centrada na última resistência de um trabalhador solitário em um mundo cada vez mais automatizado. O jogo mistura simulação de trabalho com jogabilidade furtiva estratégica. O jogo se passa num ambiente opressor, mas estranhamente bonito com personagens criados pela lenda dos quadrinhos, Mick McMahon.

    Kurt trabalha para a maior varejista do mundo e é forçado a escolher entre o capitalismo ou ativismo. Depois de dedicar sua vida ao trabalho, a lealdade de Kurt é colocada à prova quando um grupo de ativista pedem para ele desmantelar a Jüngle de dentro para fora.

    ANÁLISE

    The Last Worker

    Imagine-se trabalhando dentro do centro de distribuição da maior varejista do mundo e sendo um funcionário exemplar, que está 100% em prol da companhia, mas que infelizmente perde seu discernimento de contestar as atitudes erradas que acontecem dentro da mesma.

    Com isso em mente, em The Last Worker temos um jogo de aventura narrativa que mistura simulação de como é trabalhar dentro desse ambiente tão opressor.

    Em The Last Worker acompanhamos Kurt que terá que fazer a difícil escolha de trabalhar em prol do capitalismo ou abrir os olhos para ativismo contra essa grande corporação que envolve grandes mistérios.

    No jogo temos uma narrativa poderosa que apresenta excelentes argumentos e diálogos contra esse tipo de empresa diante de suas cargas horárias excessivas de trabalho, mas que para os seus clientes passa uma imagem de ser um excelente local de trabalho e sendo uma companhia sustentável.

    JOGABILIDADE E VISUAL

    The Last Worker

    A jogabilidade de The Last Worker é bem simples. Durante todo o jogo, você controla o seu personagem em uma empilhadeira flutuante para pegar as mercadorias dos clientes num centro de distribuição. O controle desse equipamento é bem suave e fácil de locomoção.

    No entanto, em alguns momentos você terá que ser rápido e precisará correr contra o tempo dentro do estoque para pegar as mercadorias dentro do prazo. O que realmente prejudicou o desempenho foram os joy-con do Switch que exigem que você aperte com um determinada força para que a empilhadeira crie velocidade. Como todos possuem Nintendo Switch sabem, os joy-con do Switch são muito frágeis e em diversos momentos fiquei travado em uma fase por conta dessa fragilidade. Acredito que em outros consoles o jogo tenha um desempenho melhor em sua jogabilidade.

    Além da empilhadeira flutuante, você terá que manusear um rádio precificador que tem o seu design semelhante ao portal gun do jogo Portal (2007 – 2011). Esse equipamento serve para o jogador manusear as mercadorias e etiquetar os produtos que apresentam avaria.

    Conforme você for avançando na história, esse equipamento irá liberar novas funções que serão de grande importância para a narrativa do jogo.

    Outro ponto bastante interessante, é que o jogo apresenta um sistema de avaliação que conforme você terminar sua jornada de trabalho você será avaliado com uma nota. Esse sistema de avaliação é semelhante ao jogo Death Stranding (2019). Caso você termine o dia com nota negativa, você será demitido.

    Em relação a seu visual, The Last Worker conta o quadrinista britânico Mike McMahon que já trabalhou com Judge Dreed na revista 2000 AD. De fato, a arte de McMahon é perfeita com o cenário distópico do jogo e causa uma estranheza com o olhar vazio dos personagens que aparentam não ter alma diante do ambiente opressor.

    VEREDITO

    The Last Worker é um ótimo jogo que não reinventa a roda, mas que ainda assim se propõe em trazer uma história genuína diante dessas empresas que estão tão presentes em nossas vidas.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer:

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