CRÍTICA – The Medium (2021, Bloober Team)

    O terror nos games é um gênero que sempre produz grandes acertos ao longo das décadas e gerações de consoles. Dentre clássicos, o subgênero de sobrevivência e o terror sobrenatural se destacam, com títulos como Silent Hill e Fatal Frame. Em 2021, foi lançado para o PlayStation 5, Xbox Series X | S, PC e Amazon Luna o game The Medium desenvolvido pela Bloober Team.

    A desenvolvedora é conhecida pelos seus projetos voltados ao gênero de terror como Layers of Fear, Observer e a experiência in game de Blair Witch.

    No fim de 2022, o jogo foi adicionado ao catálogo de assinantes Extra/Deluxe da PlayStation Network, ganhando novamente atenção dos gamers.

    A equipe de desenvolvimento de The Medium conta com Wojciech Piejko, conhecido pela participação na série de jogos Observer e no elenco de vozes o título conta com a participação de Troy Baker como o vilão.

    A trilha sonora é composta por Akira Yamaoka, cujo o trabalho é conhecido na franquia de Silent Hill.

    Em outubro de 2022 a Bloober Team em suas redes sociais confirmou que haverá uma adaptação de The Medium para série de TV. O acordo a respeito dos direitos foi firmado com a Platige Image e o projeto será comandado por Tomasz Baginski, conhecido pela série de The Witcher.

    SINOPSE

    The Medium conta a história de Marianne Severo, uma mulher que sofre de problemas mentais onde consegue transitar entre os mundos: o nosso mundo e o mundo espiritual.

    Enquanto lamenta a morte de seu pai adotivo, recebe a ligação de um homem misterioso que garante poder explicar a origem de seus dons sobrenaturais.

    ANÁLISE

    Eu acredito que The Medium é um dos melhores jogos do gênero lançados na mais recente geração de consoles. Uma história imersiva, uma gameplay que se torna fluída e com uma dificuldade crescente.

    Se tratando de gameplay o jogo se aproveita de referências como a franquia de jogos Silent Hill, cuja a história é centrada entre transitar entre mundos. No caso de The Medium não acontece uma passagem, mas a coexistência em ambos os lados, tornando uma experiência de jogo totalmente diferente.

    O que para a protagonista isto se torna uma maldição, para o jogador é uma experiência diferente. Pois, é necessário interagir com ambos os lados para que se possa desvendar os mistérios que serão propostos quando isso acontecer.

    Em relação às mecânicas, o jogo não é voltado para a ação e, neste caso, não o torna monótono ou algo relacionado. Mas uma experiência imersiva de resolução de mistérios, pois a cada interação entre mundos se conhece sobre a história de Marianne.

    Além dos mistérios, ainda se tem algumas interações mais combativas; quando a protagonista cria escudos e explosões de energia para se proteger. Mas é necessário recarrega-los ao tocar nas luzes que representam as suas memórias mais positivas.

    Entre Lá e Cá: Uma experiência mediúnica

    Se tratando de história, The Medium é um excelente terror sobrenatural voltado ao terror psicológico. Com uma narrativa densa que aborda temas pesados como diversos tipos de violência, se tornando uma experiência peculiar quando se interage com as almas atormentadas.

    Os aspectos visuais, principalmente do plano sobrenatural são excelentes ao utilizar faces sem rosto e brinquedos danificados; todos contendo lembranças aterradoras e que desejam ser esquecidas pelas almas atormentadas.

    Vivemos as experiências sensoriais que Marianne tem ao longo da história e o excelente trabalho de som realizado no jogo torna uma experiência ainda mais realista. Desta forma, se busca o que pode ser o mais próximo de uma experiência sobrenatural.

    O excelente trabalho de Troy Baker como o vilão The Maw (A Mandíbula) vale se destacar, mantendo a imponência da criatura macabra de forma assustadora a cada interação de Marianne com o antagonista.

    Uma outra personagem a se destacar é Lilliane/Sadness (Tristeza), a irmã mais velha de Marianne e responsável pela criação de The Maw, após os eventos catastróficos que ocorrem enquanto estava viva.

    A conclusão do jogo é ambígua, seja para se interpretar o desfecho da personagem ou para se abrir espaço para sequência. Entretanto este fato não é um elemento frustrante trazendo mais reflexões a respeito de sua história.

    VEREDITO

    The Medium em muitos aspectos não é um jogo voltado para a ação com grandes cenas de lutas, mas sim um game de uma história interativa, com uma narrativa excelente, imersiva e com a garantia de uns bons sustos ao longo de sua jornada.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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