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EU CURTO JOGO VÉIO #11 | ‘The Legend of Zelda: Ocarina of Time’ é brilhante clássico atemporal

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Ocarina of Time

Um dos primeiros games da franquia Zelda que tive contato, foi Majora’s Mask. Sem saber muito bem o que estava pegando na locadora em plena sexta, após a escola, pela recomendação do João que dizia “Esse aqui tem saído muito, deu sorte de ainda ninguém ter pego hoje.” Depois de muitas horas quebrando a cabeça, comecei um save inteiramente novo, e me aventurei por Hyrule pela primeira vez. Após zerar o game ao longo de alguns finais de semana locando a fita toda sexta, com a ajuda da saudosa Revista Ação Games, com o detonado do game, fiquei curioso para qual seria o próximo capítulo da minha aventura. Nos finais de semana seguinte, contemplando o vazio existencial que uma criança de 12 anos poderia contemplar, descobri o maravilhoso The Legend of Zelda: Ocarina of Time.

Mesmo sendo o game onde tudo muda para a franquia, Ocarina of Time tem um fator de replay muito gostoso e recompensador. E hoje, 26 anos após seu lançamento, me vi imerso e entretido em uma jornada que eu esperava não ter fim.

Mesmo com todas as limitações de gameplay à época, uma câmera travada, e o típico controle do Nintendo 64, demorei a me adaptar à como a Nintendo alterou o layout deste para a nova era de consoles em seu serviço de assinatura Nintendo Switch Online + Expansion Pack.

SINOPSE

Link é um jovem da floresta que vê seu lar em perigo e parte em uma jornada para deter um rei maligno e salvar o reino de Hyrule! Para completar sua missão, ele terá que encontrar a princesa Zelda e ajudar outros povos para reunir a Triforce e restabelecer o equilíbrio do mundo!

ANÁLISE

Ao longo dos anos, tive a oportunidade de rejogar Ocarina of Time. Mas ouso dizer que nenhuma destas foi tão cativante como a primeira ou a última, que rejoguei para escrever este review. O game entra no hall de aventuras atemporais que merecem ser jogadas. Seja pela experiência única que nos é apresentada, pela história contada, e também por como este mundo singular nos faz ver diversas histórias se desenrolarem ao mesmo tempo. Diferente de como era feito no passado em que fazíamos uso de detonados contidos em revistas, em algumas ocasiões esta era a única maneira de tirar o máximo dos games quando não se falava inglês ou japonês.

Com o detonado, era possível testemunhar eventos e acontecimentos scriptados como alguns de Majora’s Mask ou Ocarina of Time, ocorrido apenas em determinados horários do dia. Seja por como Ocarina of Time me faz sentir, ou pela riqueza de detalhes de gameplay disfarçada hoje de simplicidade, vemos a jornada de Link e Navi começar na Kokiri Forest.

Quando recebem a notícia de que algo está deixando a Deku Tree doente, Link parte na jornada de destruir o que está fazendo mal não apenas à esta área, como outras áreas de Hyrule.

Sendo cativante em tudo que se propõe, Ocarina of Time nos leva por uma jornada que vai além do que vemos em tela, mas muda a nossa perspectiva de tramas e games que possuem o intuito de apenas nos divertir. Aqui, pensamos, somos tocados de maneiras diferentes e faremos qualquer coisa para impedir que Ganondorf continue destruindo Hyrule, os Zora, os Goron, os Hylian, os Sheikah e todos os outros, bem como seus domínios.

Seja diante de um mundo repleto de perigos, que aqui tomam a forma de criaturas corrompidas, monstros que assolam regiões pacíficas, o game nos apresenta o mais verdadeiro desafio nos templos. Com uma mecânica de salto temporal, controlamos Link na infância e na fase adulta. Utilizando a Kokiri sword na primeira fase e espadas maiores e melhores na fase adulta, empunhamos nesta segunda fase alguns artefatos característicos do game, como a Master Sword e o Hylian Shield.

Com aspectos diretamente ligados à história deste mundo, acompanhamos não apenas Link, mas Zelda e sua protetora Impa em uma jornada de tentar impedir que Ganon consiga tudo que quer, incluindo capturar a princesa. Seja destruindo a cidade do Castelo de Hyrule, o poder de Ganondorf – após o salto temporal e Link conseguir obter a triforce – é algo imensurável.

Mostrando a falta que Link fez ao longo de sete anos, descobrimos que Ganondorf se aproveitou do fato de não haver ninguém que o fizesse frente. Seja buscando terríveis soluções para problemas simples problemas, como a propriedade do Rancho Lon Lon, ou lançando inimigos bizarros por quase todas os locais do reino, podemos ver criaturas como reDeads na Castle Town, Moblins na Kokiri Forest, Tektites pela Death Mountain, Lizalfos pelos mais diversos ambientes. O que vemos aqui uma brilhante e absurda diversidade de inimigos, que nos forçam a enfrentá-los como pudermos.

LEVEL DESIGN, TRILHA SONORA E MECÂNICAS ÚNICAS

O level design da franquia Zelda sempre teve a capacidade de nos deixar abismados. Seja por ter sido originalmente um Dungeon Crawler em The Legend of Zelda (1986), logo em seguida ter se tornado um RPG de ação em The Legend of Zelda 2 (1987), vemos o game retornar as suas origens nos games futuros e novamente surpreender na 5ª era dos games, dos 64 bits. Mesmo retornando ao esquema de dungeon crawler em ambos os games, acompanhamos aqui soluções complicadas para dungeons muito bem elaboradas.

Sendo o Water Temple o mais difícil e cansativo, ouso dizer que rejogaria Ocarina of Time do início ao fim só para aproveitar cada minuto mais uma vez. Sendo repletas de segredo, os mapas de Ocarina of Time contam com áreas abertas para exploração, mas que para prosseguir, precisamos obter habilidades e armas bem específicas para cada uma das ocasiões.

Com uma mecânica que em torno também da trilha sonora, graças às nossas Ocarinas, assim como em Majora’s Mask, as músicas propiciarão ou atrapalharão nossa jornada. Mas na melhor das hipóteses, as trilhas compostas por Koji Kondo (compositor de quase todos os grandes games da Nintendo), fazem com que os apaixonados por música se apaixonem por mais um aspecto do game.

As mecânicas únicas de música, habilidades e armas da franquia Zelda sempre surpreendem e em Ocarina of Time não é diferente. Seja pelo Giant’s Knife, até a Biggoron Sword e muitas outras, o game nos apresenta diferentes opções para derrotar os inimigos. Já para outros, precisaremos utilizar armas bem específicas.

VEREDITO

Ocarina of Time é um dos mais brilhantes games já feitos pela Nintendo. Estando no meu Top #5 de games de todos os tempos, ouso dizer que os momentos em que nos sentimos mais desolados neste mundo, contam com contrapontos logo em seguida, mantendo o clima da nossa gameplay sempre no alto. Por meio de caminhos e sequências desoladoras, recompensas surgem a cada esquina. A cada diálogo, a cada interação com NPCs e a cada vez que mergulhamos na história, o game nos recompensa.

Seja por me inundar com memórias de um Bruno de 12 anos sentado no chão da sala encarando a tela por horas a fio, ou por me cativar mais uma vez, testemunhar esta história depois de 19 anos foi mais uma vez fascinante. Após aprisionar Ganondorf, salvar os 6 dos 7 sábios e restaurar Hyrule a sua glória, me vi tomado pela mesma alegria do passado. A mesma alegria que ao longo dos anos me fez sempre retornar à uma das mais brilhantes franquias já produzidas.

The Legend of Zelda: Ocarina of Time está disponível na assinatura do Nintendo Switch Online + Expansion Pack.

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