EU CURTO JOGO VÉIO #39 | ‘Assassin’s Creed’ e a liberdade que esquecemos há muito tempo

    Na terceira semana de março (20) chegou às lojas físicas e digitais o mais recente capítulo da franquia Assassin’s Creed da Ubisoft, ambientando o Japão feudal com dois excelentes protagonistas. Não existe oportunidade mais interessante do que neste momento celebrar algo tão novo falar a respeito de como tudo isso começou.

    O primeiro Assassin’s Creed foi lançado em 2007, para Playstation 3 e Xbox 360, e neste ano chega ao décimo ano de sua estreia com a proposta ousada de se inspirar em Prince of Persia, outra franquia clássica e marcante para muitos gamers mais clássicos.

    O conceito deste universo é a vivência das memórias que carregamos em nosso DNA. Com isso, a experiência, conhecimento e habilidades vividas anteriormente, poderiam ser anexados. Neste primeiro jogo, Desmond Miles passa por tudo isso enquanto estava preso nas indústrias Abstergo.

    Posteriormente, jogamos a história de Altair Ibn-La’Ahad, um membro da ordem secreta conhecida como “Os Assassinos” durante a era da Terceira Cruzada. Nosso primeiro contato com ele ocorre na busca pela misteriosa Maçã do Éden, no Templo de Salomão, e acabamos falhando, perdendo sua credibilidade com seu líder, tendo a missão de eliminar oito alvos para retomar a posição na guilda.

    Legado de liberdade e origem do Credo

    Creed

    Agora, que estamos perto de duas décadas de história, e a franquia possui uma quantidade de títulos que ora agradaram, ora não. Me surpreende como tão poucas pessoas não conseguem se lembrar deste primeiro jogo, cuja a essência da franquia surgiu de fato.

    Na odisseia de Altair temos que ir para quatro cidades: Massiaf, Jerusalém, Acre e Damasco onde temos um ciclo de investigação para realizar os preparativos para o grande momento do jogo, o assassinato do alvo que sempre era seguido por um diálogo entre o protagonista e recente eliminado.

    Ao longo dos outros capítulos, de uma forma diferente ou mais estilizada, ainda existe este pequeno resquício disso. Como, por exemplo, em Assassin’s Creed Valhalla, Eivor conversando com um membro recém abatido da Ordem dos Antigos – os templários antes do primeiro jogo -, ao lado de Odin. Fazendo talvez uma comparação mais clássica com o bordão de Ezio Auditore, “Requiescat in pace” após saber todos os segredos do seu inimigo moribundo.

    Creed

    A tênue relação dos eventos fictícios deste universo com fatos históricos reais, colocando a guerra entre assassinos e templários nos bastidores e ainda acrescentando um contexto de universo muito mais amplo quando sabemos da existência dos Isu, sendo este, o fio que sempre esteve presente em todos os jogos e conecta todas essas histórias em uma rede muito grande de acontecimentos. Mas a primeira grande descoberta para um fã dessa franquia começa quando Altair encontra um artefato do Éden, algo que oferece muito conhecimento e vai se aprofundando a cada jogo lançado.

    Para tornar este conceito mais interessante, o protagonista interage com pessoas existentes na história, tornando essa narrativa muito mais interessante, sendo a exemplo neste jogo Ricardo l da Inglaterra e Robert de Sable, líder da ordem dos templários. Posteriormente, isso se torna natural à medida que fazemos aliados, inimigos e até mesmo alguns romances, chegando a um novo patamar com a chegada de Shadows e a oportunidade de jogar com Yasuke.

    Creed

    Além de tudo isso, existia um passatempo muito divertido: causar problemas para os guardas da ordem templária ou sarracenos e depois, simplesmente sair correndo pelos telhados das cidades até nos escondermos entre as pessoas como apenas mais um indivíduo na multidão. Esse elemento que constitui a ordem dos ocultos – futuramente batizada de assassinos -, é algo que está na jogabilidade pela furtividade, porém está conectada de forma contundente com os princípios seguidos pela ordem que acredita na liberdade acima do controle de seus inimigos milenares.

    A combinação de tudo isso se tornou o alicerce sólido deste universo que passou a ser tão querido, seja pelo parkour pela cidades, a intrigante teia de investigação iniciada por Altair ou até mesmo a simples liberdade de explorar um mundo gigante cheio de segredos. Afinal “nada é verdade, tudo é permitido”

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