CRÍTICA – Kamen Rider: Volume 1 (2021, NewPOP)

    Kamen Rider é um mangá que originalmente foi publicado em 1971. E em 2021 a editora NewPOP realiza um resgate histórico e o publicou pela primeira vez no Brasil. A obra foi criada pelo pai do tokusatsu Shotaro Ishinomori e possui 272 páginas.

    SINOPSE

    Takeshi Hongo é o melhor aluno do curso de biologia da Universidade Jouhoku e, por conta da sua inteligência, unida à grande capacidade motora, é alvejado pela Shocker, uma vil organização que trama a dominação mundial! Ao ser raptado por ela, o jovem sofre um procedimento de modificação do corpo e é transformado em um super-humano. Porém, momentos antes de ter até o cérebro modificado, Takeshi é salvo por seu antigo professor e consegue escapar do covil do inimigo. Agora, o então simples universitário jura acabar com as ambições malignas da Shocker e, para isso, assume a identidade como o primeiro mensageiro da Mãe Natureza e guerreiro da justiça: o Kamen Rider!

    ANÁLISE

    Kamen Rider foi um dos precursores do tokusatsu no Brasil. A série foi exibida na extinta Rede Manchete durante os anos 90. E com isso, trouxe outros grandes heróis da terra do sol nascente para nosso país. Dito isso, o que muitos não sabem é que esse fenômeno teve sua origem nos mangás e foi criado pelo lendário mangaká Shotaro Ishinomori que é o pai do tokusatsu.

    Com isso em mente, a editora NewPOP fez um grande resgate de pública a origem desse personagem tão icônico. Em Kamen Rider acompanhamos o biólogo Takeshi Hongo que vai lutar contra a organização shocker para impedir que dominem o mundo.

    A trama do mangá é bem básica, mas ainda se torna um mangá divertido. A maneira que cada capítulo é conduzido é fechada e serve como o episódio da semana com um monstro para Kamen Rider combater.

    Apesar do enredo ser bem simples, a obra debate temas importantes como a preservação do meio ambiente. E fica bem nítido a preocupação que o mangaká teve em tratar desses temas que são recorrentes até hoje. Kamen Rider é um herói que quer preservar o meio ambiente e a humanidade contra essa organização que é nitidamente fascista.

    O mais legal de Kamen Rider é seu visual que é simplesmente incrível. O mesmo tem um design simples e minimalista, mas que ainda deixa um personagem como esse sensacional. Não é fácil criar um visual atrativo e legal de um personagem que quer preservar o meio ambiente. Um exemplo de personagem, com a mesma crença de proteção é o Capitão Planeta, meus amigos que personagem do visual horrível.

    Em relação ao traço de Ishinomori, o mesmo tem um traço clássico que remete ao estilo do também mangaká Osamu Tezuka, mas que ainda assim deixa a obra com traço com uma identidade única.

    Minha única ressalva com o mangá é que a editora poderia ter incluído um extra ao final da obra trazendo como foi a criação desse personagem e sua enorme importância no mundo tokusatsu. Creio que a editora original não tenha tido aprovado esse tipo de extra na versão brasileira.

    VEREDITO

    Em suma, Black Kamen é uma obra à frente do seu tempo e que apesar de seu estilo clássico a obra segue ainda hoje sendo uma leitura divertida.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Kamen Rider

    Autor: Shotaro Ishinomori

    Editora: NewPOP

    Páginas: 272

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Artigos relacionados

    CRÍTICA: ‘Look Back’, um mangá que explora a dor de ser um mangaká

    Look Back é um mangá one-shot que chegou ao Brasil pela Panini. O mangá é de autoria de Tatsuki Fujimoto, criador de Chainsaw Man.

    CRÍTICA | Alice in Borderland – Volume 1 (2023, Editora JBC)

    A Editora JBC trouxe ao Brasil a primeira edição de Alice in Borderland. O mangá adaptado para a Netflix em 2020 nos apresenta a história de Arisu.

    CRÍTICA – Sensor (2022, Junji Ito, Pipoca e Nanquim)

    Sensor é uma das obras mais recentes de Junji Ito a serem lançadas no Brasil. Assim como todas as outras, ela foca em elementos perturbadores.

    CRÍTICA – Death Note Short Stories (2023, JBC)

    A história de Death Note continua nesta coleção de contos escritos pelos criadores da série. A história de Kira realmente acabou ou sua influência permanece?