CRÍTICA – Crise Sombria nas Infinitas Terras (2022, DC Comics)

    Crise nas Infinitas Terras é um marco na história da DC Comics, se tornando uma referência muito citada por se tratar de um megaevento da editora. Algumas décadas, e diversos megaeventos no caminho, chegou a vez de Joshua Williamson e Daniel Sampere a criarem um evento que vai além do peso que se espera de tal história: Crise Sombria nas Infinitas Terras.

    O mais recente grande evento lançado pela linha editorial da DC, sendo organizado por Williamson e Sampere conta também com a participação de outros artistas como Tom King, Stephanie Philips e Tini Howard.

    A história contém sete edições lançadas entre maio e dezembro de 2022 tendo seu início em Liga da Justiça #75, além de um conjunto de tie-ins a cada novo capítulo com histórias especiais e uma homenagem aos membros principais da Liga da Justiça.

    SINOPSE

    Depois de Crise nas Infinitas Terras, Crise Infinita e Crise Final… chega a Crise Sombria. O grande evento que mudará o status do Universo DC em 2023 se inicia aqui! Superman, Batman, Mulher-Maravilha e os outros heróis e heroínas da Liga da Justiça se foram.

    Aqueles que restaram como substitutos têm que proteger o mundo dos ataques dos vilões mais letais existentes. Será que os heróis de legado estão aptos para a tarefa e conseguirão impedir a grande escuridão que se estende diante de si?

    ANÁLISE

    É muito difícil não realizar comparações quando o título da história se conecta com a primeira história, mas Joshua Williamson consegue compreender que esta sequência é uma homenagem ao original, seja pelas referências e até o próprio conceito de crise que a DC estabeleceu. Sabendo que existe um peso incomparável em criar uma sequência para esta história, o roteiro bem construído e com conexões sólidas com seus tie-ins deixam as explicações mais relevantes para a história principal.

    A arte de Daniel Sampere acredito que também seja uma forma de homenagear o genial artista George Perez, falecido em 2022 e responsável pelos desenhos de Crise nas Infinitas Terras cujo trabalho é icônico pela qualidade em desenhar detalhadamente cada personagem, mesmo nas splash pages que se tornaram muito famosas.

    Particularmente, reencontrar o Pária em sofrimento foi algo muito triste, dada sua trajetória no universo anterior e como esta angústia o tornou uma conexão tão forte com a escuridão que nesta história sabemos que sempre esteve presente em tudo o que aconteceu no universo DC.

    Diferente da primeira história, Crise Sombria não é uma luta entre matéria e anti-matéria que devora tudo que foi criado no universo positivo, mas uma invasão de um exército sombrio liderado pelo Exterminador e vilões icônicos da editora como Darkseid e Apocalipse.

    A ausência da formação original da Liga da Justiça também é algo que torna a história interessante e emocionante, pois o legado destes heróis se torna o verdadeiro protagonista da narrativa, sendo simbolizado em Dick Grayson/Asa Notura e Jon Kent/Superboy.

    E se tratando desta busca, a conexão única de cada um dos heróis de legado com estes grandes símbolos também é um atrativo de Crise Sombria, seja pelo peso da responsabilidade de seguir com os valores, como a importância de ser uma nova referência para o futuro.

    Além da parte narrativa, como em toda Crise algo muda e conhecemos novos conceitos que são introduzidos. No caso o multiverso infinito que havia sido destruído retorna mas, pelos planos do Paria, eliminando o multiverso atual, o que considero um aprofundamento do ominiverso que vem sendo construído nas ultimas histórias.

    Outro grande momento é como foi dado uma grande importância ao universo individual de cada membro da Liga e sua história heroica, seja nas vitórias e derrotas, sendo capaz de criar um multiverso individual para cada personagem.

    A conclusão não é algo inovador, mas traz um rumo importante para o futuro do universo DC tornando ainda mais amplo tudo o que conhecemos a respeito da história destes personagens culturalmente icônicos.

    VEREDITO

    Com um ótimo roteiro e arte Crise Sombria nas Infinitas Terras é uma história que consegue de forma competente homenagear, tanto o grande evento como seus criadores e o legado que deixaram para o futuro.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    No Brasil a HQ é publicada pela Panini Comics.


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