CRÍTICA – Miles Morales: Homem-Aranha (2020, Panini)

    Miles Morales é um dos personagens da Marvel que vem tendo bastante destaque nos últimos anos em animações e videogames e que certamente logo vai estar dando as caras no Universo Cinematográfico Marvel.

    Com isso em mente, a editora Panini Comics está publicando o início da carreira do jovem Miles Morales.

    Esse volume reúne as histórias Ultimate Comics Spider-Man #1 à #10 (2011) e Ultimate Fallout 4, com roteiros de Brian Michael Bendis e arte de Sara Pichelli, Chris Samnee, David Marquez e Justin Ponsor.

    ANÁLISE

    Em Miles Morales: Homem-Aranha acompanhamos a sua trajetória de origem ao assumir o manto de Homem-Aranha, após a trágica morte de Peter Parker. Que assim como Peter, Miles recebe uma mordida de uma aranha modificada que lhe dá incríveis poderes aracnídeos.

    Contudo, a aranha que lhe dá poderes será transportada por alguém que é muito próximo e importante da vida do jovem Miles. Além disso, essa pessoa apresentar um caráter duvidoso e vai fazer com que o jovem tenha grandes conflitos internos.

    Desse modo, Miles Morales vai ter que descobrir sozinho se realmente é capaz de fazer jus ao legado do Homem-Aranha. Afinal, com grandes poderes vem grandes responsabilidades.

    Além, de ter que entrar em conflito com antigos vilões do Cabeça de Teia original.

    Assim como Peter, Miles é um personagem extremamente carismático e já tem sua própria fanbase e continua atraindo novos leitores.

    A HQ apresenta uma excelente história de origem de super-herói e me trouxe o sentimento de ser aquele adolescente que está descobrindo o mundo dos quadrinhos, o que me deixou realmente muito ansioso com o próximo volume.

    O roteiro de Bendis é muito bem escrito e repleto de sacadas geniais na inclusão de Miles no Universo Marvel, o que deixa a HQ incrivelmente divertida e empolgante. A forma que o roteiro se desenvolve para recriar a jornada do herói é algo realmente agradável e foge dos clichês. Além, de desenvolver bem seus personagens secundários.

    Com relação a arte de Sara Pichelli, Chris Samnee, David Marquez e a colorização de Justin Ponsor todos apresentam um trabalho maravilhoso. Porém, o meu destaque vai para Sara Pichelli e David Marquez, que possuem um traço realmente impressionante e suas artes captam de forma magistral a essência de uma ótima história de super-herói moderna.

    VEREDITO

    A representatividade dentro e fora da cultura pop é algo que me traz muita satisfação, ver pessoas que nunca foram representadas de forma digna e fugindo dos estereótipos negativo é simplesmente magnifico.

    Garanto a HQ Miles Morales: Homem-Aranha tem o potencial de trazer para os leitores – sejam crianças, adolescentes e adultos -, o mesmo poder de representatividade que o filme Pantera Negra trouxe ao cinema.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Editora: Panini

    Autores: Michael Bendis, Sara Pichelli, Chris Samee, David Marquez e Justin Ponsor.

    Páginas: 232



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