CRÍTICA – Tetris (2020, Mino)

    Tetris é um dos jogos mais populares do mundo, e possivelmente você já tenha jogado ele em algumas das plataformas de videogame ou pelo smartphone.

    Meu primeiro contato com jogo foi em um Brick Game que meu pai me presenteou, era um videogame portátil que tinha 9999 jogos em 1, vendido no camelô nos anos 90. Óbvio que o portátil não tinha essa quantidade de jogos.

    Apesar do jogo ter surgido 1984 ele ainda continua extremamente atual e vem sempre se inovando, desde Tetris 99 (2018) que incorpora o gênero Battle Royale com 99 jogadores competindo simultaneamente e Tetris Effect: Connected (2020) que adiciona a jogabilidade ligada ao ritmo de música e possui suporte para tecnologia de realidade virtual.

    Com isso em mente, a editora Mino está publicando Tetris escrito e desenhando por Box Brown. Renomado cartunista americano cujo os seus trabalhos são voltados para quadrinhos documentais.

    ANÁLISE

    tetris

    Em Tetris acompanhamos a vida do engenheiro de computação russo Alexey Pajitnov em seu processo de criação do jogo que se tornou mundialmente conhecido e que ainda continua prolífero até os dias de hoje.

    Todavia, Alexey não esperava que sua criação fosse ser roubada pelo governo russo. Por ele ser empregado do Estado, acabou não recebendo direitos autorais de sua criação. Pois, em 1985 a Rússia era um país comunista e negócios eram de responsabilidade do governo.

    É possível que Alexey Pajitnov pudesse até mesmo ser detido e preso por tentar vender o game.

    Confesso que fiquei bastante revoltado com a injustiça que Alexey sofreu, pois não fazia ideia do tamanho da intensidade que foi na criação de Tetris.

    Na HQ temos uma narrativa documental interessantíssima ao abordar de forma criativa e simples os bastidores da criação do jogo. A obra aproveita-se para traçar um paralelo com outros acontecimentos históricos que estavam surgindo no início da indústria dos videogames.

    E por fim, o traço de Box Brown é inconfundível e minimalista, o que combina muito com o formato documental da HQ.   

    VEREDITO

    Enfim, Tetris é uma HQ extremante divertida e documenta bem todos os fatos que envolveram grandes empresas como Atari, Nintendo e Sega dentro dessa disputa para a distribuição do jogo mais popular do mundo.

    A HQ é recomendada para todos fãs de games e para quem gosta de saber o que acontece nos bastidores do desenvolvimento de um jogo.

    Nossa nota

    Editora: Mino

    Autor: Box Brown

    Páginas: 253

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