CRÍTICA: 2ª temporada de ‘Gen V’ tira o pé do freio e se faz melhor do que série principal

    A primeira temporada de Gen V terminou com um gosto amargo, com Andre (Chance Perdomo), Emma (Lizze Broadway), Jordan (London Thor/Derek Luh) e Marie (Jaz Sinclair) presos em Elmira, a prisão de supers. E aquela, é a última vez que os vemos. Isto é, antes de encontrá-los novamente no início da segunda temporada.

    A história começa quase que no meio, e muito parece ter acontecido entre uma temporada e outra – entre The Boys e Gen-V e vice-versa. Após a morte de Victoria Neumann, agora vista como mártir, o ódio dos supers em relação aos humanos continua crescendo. Nossos heróis, porém, parecem temer algo além dos próprios humanos.

    Após descobrirem uma trama profunda, de humanos que planejavam exterminar supers para sempre e uma estação de testes secreta na universidade Godolkin, a segunda temporada adentra a uma trama oposta ao que a primeira temporada da série foi. De modo que os acontecimentos do último episódio da primeira temporada ainda ressoam por aqui. Com Cate (Maddie Phillips) e Sam (Asa Germann) ainda “pagando” o preço por suas ações, novos personagens entram em cena para movimentar a história.

    Godolkin University e progressão

    Gen-V

    A chegada do novo diretor à Godolkin University, Cipher (Hamish Linklater), eleva os riscos a um nível ainda maior do que o da temporada anterior. A trama mudou bastante para se adaptar às atuais condições da série – com a morte de Chance Perdomo em 2024. Sem Andre, outros personagens ganharam espaço para crescer e se tornarem muito mais do que na primeira temporada. Como seu pai, o herói Polaridade (Sean Patrick Thomas), que precisa lidar com o luto de perder seu filho e as degenerações em seu cérebro causada pelo uso intenso de seus poderes.

    Polaridade, aqui, tem um papel muito importante, inclusive na relação com Emma, que serve sempre como um lembrete do que Andre foi no passado. Ver a evolução dos personagens em duas temporadas de Gen V mostra um progresso maior do que vimos em The Boys até agora. Enquanto o spin-off ousou inovar, The Boys parece ter se acomodado, servindo em grande parte apenas como uma longa barriga narrativa.

    Subindo muito o sarrafo em relação ao potencial destrutivo de seus personagens, o spin-off teve a coragem de colocar alguém páreo ao Homelander. A história de Marie Moreau aqui, é de se reencontrar com quem ela é, mas não apenas isso. A temporada busca explorar quem ela pode verdadeiramente ser, é claro, que não da forma mais agradável.

    O passado de Marie e o futuro

    Gen-V

    Enquanto segredos são revelados, o passado, o presente e o futuro de Marie convergem. Ao passo que somos lançados em algumas das mais loucas e ao mesmo tempo pé no chão das temporadas, a série liga à Marie a solução para alguns dos maiores problemas da série: a escalada de poder de Homelander e sua crescente loucura.

    Aqui, existe uma clara escalada de poder e a trama avança, Gen-V mostra seu potencial de ser mais do que a série principal. Enquanto prepara o terreno para o fim de ambas as séries, a série muda completamente os paradigmas de poderes. Pendendo a balança em relação à resistência, a série pode parecer apenas como um apêndice de tudo que foi mostrado para além do que foi visto até aqui, mas engana-se quem nunca deu uma chance a ela.

    Com personagens bem construídos e aprofundados, Gen-V acerta onde The Boys falha miseravelmente: dar camadas reais a seus personagens. Compreender que spin-offs têm como intuito desenvolver melhor seus mundos, e não apenas servir como apêndices para repetir as histórias das série principais é importante. E em Gen-V, esta é a máxima: não repetir fórmulas.

    O que The Boys deveria aprender com Gen-V

    Gen-V

    Evitando ao máximo repetir tudo que foi feito até aqui, a showrunner Michele Fazekas acerta ao escolher o caminho pelo qual quer enveredar sua história, dando a Andre o título de herói, mas mais do que isso. Fazendo com que Marie, Emma, Jordan, Cate, Sam e agora, Annabeth sejam o que eles estão destinados a ser, uma adição muito mais rica à resistência do que a própria Luz-Estrela e o Trem-Bala.

    Enquanto a quinta e última temporada de The Boys não tem data de estreia, recomendo assistir Gen-V, mas mais do que isso, analisar a série como um respiro em relação a tudo que a série principal tem de ruim.

    Nossa nota

    Confira o trailer da temporada:

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