CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E4: H is for Hero

    O quarto episódio de Dexter: New Blood intitulado H is for Hero já está disponível na Paramount+. Roteirizado por Tony Saltzman e dirigido por Sanford Bookstaver, o novo capítulo da saga de Jim Lindsay (Michael C. Hall) coloca respostas em nossas dúvidas sobre Harrison (Jack Alcott).

    O texto a seguir terá spoilers do episódio.

    SINOPSE

    O pai da pessoa que Dexter matou faz um anúncio inesperado. Harrison é considerado um herói para toda a cidade depois de se envolver em um grave incidente na escola.

    ANÁLISE

    Chegamos ao quarto episódio de Dexter: New Blood e, para a minha surpresa, grandes dúvidas já começam a receber respostas. Confesso que esperava um ritmo mais lento, com o ápice das descobertas acontecendo ao término da temporada. Entretanto, essa agilidade pode indicar que realmente não teremos um segundo ano do spin-off.

    Em H is for Hero, Harrison se envolve em um acidente na escola com seu colega Ethan (Christian Dell’Edera). Na verdade, conforme o desenrolar da trama, percebemos que ele causou o tal acidente. A “reviravolta” na trama não é lá uma grande surpresa, visto que todas as pistas indicavam que Harrison é tão psicopata quanto seu pai.

    Entretanto, a forma como o gatilho de Harrison foi estimulado é um ponto crucial da trama, pois teremos cenas de flashback de Trinity (John Lithgow) em breve. Reviver a cena trágica de Rita (Julie Benz) com o pequeno Harrison do lado ainda é uma aflição pra mim. Uma escolha criativa tão bem produzida na série clássica, que causa impacto até hoje.

    Esse episódio deu mais espaço para a personagem Molly de Jamie Chung, bem como ampliou o nosso conhecimento sobre as ações de Kurt Caldwell (Clancy Brown). Outros personagens como Audrey (Johnny Sequoyah) e Edward Olsen (Fredric Lehne) desapareceram ou ficaram em segundo plano.

    CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E4: H is for Hero

    Os grandes destaques de H is for Hero são a relação investigativa de Debra (Jennifer Carpenter) e Dexter; e a descoberta do passageiro sombrio de Harrison. Sanford Bookstaver é o diretor responsável por esse episódio, o mesmo que dirigiu Smoke Signals. Estou bem feliz com a forma como ele tem conduzido Jennifer Carpenter e sua nova versão da Deb. Saindo do perverso e diabólico para embarcar no humor sarcástico, a personagem está mais crível e divertida.

    A cena em que Deb escuta Harrison falando sobre ela é emocionante e nostálgica. É um dos poucos momentos que temos um vislumbre da personagem da forma que a conhecemos.

    O roteiro de Tony Saltzman é efetivo principalmente durante as interações de Debra e Dexter. Toda a análise do sangue e do incidente na escola possui uma ótima condução, méritos também da direção de Bookstaver. Entretanto, senti o núcleo de Angela (Julia Jones) e Molly um tanto deslocado da urgência apresentada aqui. Eu optaria por jogar esse plot para o próximo episódio.

    O paralelo traçado por Harrison ao término do episódio, que funciona muito bem com as cenas da nova vítima de Kurt Caldwell, é outro momento de destaque. Entretanto, mesmo com a já esperada mudança de rumo da história, toda a situação de Caldwell e seu filho ainda causa um pouco de estranheza. É difícil entender a motivação por trás de suas mentiras e prever como o roteiro da série irá esmiuçar essa decisão.

    O episódio como um todo foi bem proveitoso, talvez um dos mais instigantes lançados até agora. H is for Hero quase presta uma homenagem às primeiras temporadas de Dexter, mas encontra sua própria abordagem para testar coisas novas.

    Mesmo que todo o caminho de Harrison não seja uma escolha criativa que me agrada – exatamente por ser previsível e já termos vivido um plot similar na série clássica – torço que o desfecho da série seja surpreendente.

    VEREDITO

    Caminhando por rotas previsíveis, a jornada de Jim Lindsay e Harrison começa a desenhar um momento trágico para Dexter: New Blood. Com um ótimo desenrolar, H is for Hero é um episódio de transição que consegue entregar respostas relevantes para a audiência.

    Nossa nota

    4,0/5,0

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