CRÍTICA – Diários de Andy Warhol (Minissérie, 2022, Netflix)

    Diários de Andy Warhol é uma minssérie documental original da Netfix, dirigida por Andrew Rossi e produzida por Ryan Murphy, este segundo que é bastante querido por ter sido o responsável pela criação de séries como Glee e American Horror Story.

    Nessa produção somos levados aos sentimentos, pensamentos, segredos e até falas bem polêmicas do tão famoso artista plástico, Andy Warhol; falecido em 1987 aos 58 anos.

    SINOPSE

    Este retrato de uma lenda em seis partes, incrivelmente expansivo, narra a vida notável de Andy Warhol do ponto de vista íntimo oferecido pelos próprios diários publicados postumamente do artista.

    ANÁLISE

    Primeiro, é importante contextualizar para aqueles que desconhecem ou que conhecem bem pouco esse homem tão importante na arte; Andy foi um dos expoentes da vertente Pop Art, o mesmo é responsável por fazer quadros da sopa Campbell, da garrafa de Coca-Cola e de celebridades como Marilyn Monroe, Elvis Presley e muitos outros.

    Nesta série documental da gigante do straming, vemos os registros de Warhol em seu diário. O primeiro acerto começa exatamente aqui, pela preocupação que a produção tem ao nos deixar envolvidos por todas as pessoas retratadas. E ao utilizar-se de inteligência artificial para recriarem a voz do artista plástico, logo, não acompanhamos apenas uma série de imagens que aliás, completam de forma perfeita; sendo o segundo acerto da produção.

    A série tem um incrível poder de nos jogar para dentro dela, parece que entramos em uma cápsula do tempo e somos levados para cada detalhe da vida do Andy Warhol.

    Diários de Andy Warhol foi criado conforme os livros que recebem o mesmo título e são divididos, nos quais foram escritos por Pat Hackett, que trabalhou no espaço de criação denominado Factory, e foi convidada pelo próprio dono, o Andy para ajudá-lo a escrever seu diário com intuito de publicá-lo.

    Essa ideia surgiu após o artista plástico levar um tiro, morrer e voltar surpreendentemente a vida; esses acontecimentos grandiosos, como pequenas curiosidades, tudo que Warhol pensava sobre aqueles que o cercavam, seus sentimentos mais profundos, suas angústias, medos e ansiedades são expostos de forma bem planejada.

    Logo, podemos perceber que apesar da produção de Ryan Murphy mostrar os diversos erros que o artista cometeu ao longo de sua vida, há também um misto de admiração perceptível através dos meros detalhes; mesmo sendo uma minissérie.

    VEREDITO

    Antes do lançamento dessa minissérie, iniciei a minha leitura do livro, portanto, posso assegurar para aqueles que não querem ver a produção da Netflix para não perderam a experiência, que podem assistir tranquilos, pois ambos são ótimos, mas de formas diferentes.

    Enquanto no livro podemos acompanhar mais da sua rotina, hábitos e particularidades de seus processos criativos, a O Diários de Andy Warhol faz um ótimo apanhado do que consideram mais relevantes na história de Warhol, como, por exemplo, a relação com o artista Jean Michel-Basquiat.

    Em nenhum momento a produção jogou para baixo do tapete as reais falas de Andy sobre seus relacionamentos, sua orientação sexual, seu medo da AIDS que foi preconceituosamente chamada “câncer dos gays”, suas ambições e controvérsias.

    Ou seja, se você quer conhecer um pouco do mundo da arte e principalmente desse artista que é tão notório e fonte de inspiração por diversos setores da arte e cultura, pode começar por essa excelente minissérie.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original:

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