CRÍTICA – Elite (6ª temporada, 2022, Netflix)

    No dia 18 de novembro a nossa amada Netflix disponibilizou mais uma temporada da famosa série Elite trazendo mais mistérios, cenas eróticas e casos de família.

    No centro dessa nova temporada podemos ver um pouco mais sobre a vida de Isadora (Valentina Zenere) que tenta superar os traumas do abuso sexual que sofreu na 5° temporada, além de Iván (André Lamoglia) e Cruz (Carloto Cotta) com seus problemas de pai e filho; e a homossexualidade dos dois.

    SINOPSE

    Após a morte de Samuel (Itzan Escamilla), Las Encinas enfrenta um novo ano letivo tentando encobrir os desastres do passado. No entanto, o conflito em suas salas de aula é sistêmico: racismo, sexismo, abuso doméstico ou LGBTQIAP+fobia são apenas algumas das questões difíceis que atravessarão os corredores da prestigiada instituição nesta temporada. Se aqueles que executam o sistema não tomarem medidas ativamente para resolver esses problemas, os próprios alunos terão que tomá-las.

    ANÁLISE DE ELITE

    Com a chegada da nova temporada também temos novos integrantes, entre eles o casal de influencers Sara (Carmen Arrufat) e Raúl (Alex Pastrana) que além de falarem mal dos outros, trazem certo fogo e mistério para a trama. Logo no primeiro episódio conhecemos Nico (Ander Puig) um personagem que acabou de passar por uma transição de gênero e Rocio (Ana Bokesa) que aparece inesperadamente na temporada mas se enturma facilmente com os alunos de Las Encinas. Seguindo a lista de personagens novos, temos Didac (Alvaro de Juana) que trabalha na boate de Isadora e traz mais mistério sobre sua família.

    Falando agora sobre os rostos conhecidos temos os irmãos Patrick (Manu Rios), Ari (Carla Diaz) e Mencia (Martina Cariddi) que são alvo de fofocas pelos acontecimentos da temporada anterior e o jovem Bilal (Adam Nourou) que pra quem não lembra, tinha dificuldades para sobreviver na cidade e recebeu ajuda do Omar (personagem que teve sua saída na temporada anterior).

    Nesta temporada de Elite, as escolhas de elenco foram interessantes, temos uma grande diversidade e isso é incrível! é bom ter alguns rostos que já conhecemos, mas ver outros personagens terem mais brilho e tempo de tela para desenvolverem a suas próprias jornadas é ainda melhor.

    No primeiro episódio já podemos ver comentários homofóbicos vindos de Ari; Isadora se assustando com a volta dos estupradores para a escola; Sara causando atrito nas redes sociais no seu primeiro dia de aula e o casal mais fofo dessa temporada Patrick e Ivan juntinhos.

    Nos episódios seguintes vemos os personagens lidando com problemas reais e até sérios demais para suas idades, dentre esse problemas, Cruz enfrenta o dilema de ser um jogador de futebol extremamente famoso e assumidamente gay.

    Nem tudo são flores em um relacionamento, Ivan e Patrick entram no drama clichê de casal ioiô que briga constantemente, reatam a relação e discutem novamente. Ari por ser a irmã mais velha, fica com toda a responsabilidade de cuidar dos seus irmãos, mantê-los juntos, proteger sua família e, é a única que visita seu pai e ex-diretor de Las Encinas, Benjamin (Diego Martin) que está preso pelo assassinato de Samuel.

    Sara e Raúl são o casal perfeitinho na frente das câmeras, mas atrás dos holofotes Raúl demonstra ser tóxico e manipulador.

    Isadora enfrenta os problemas de ansiedade ao lembrar sobre o abuso que sofreu na última temporada e busca justiça, porém a personagem tem que lutar sozinha já que seus pais não se envolvem no assunto e lhe deixam responsável por uma nova boate chamada Isadora’s House.

    Nico passa por alguns problemas de aceitação após sua transição e vive um intenso triângulo amoroso entre Ari e Sonia (Nadia al Saidi).

    Um problema da produção ainda não solucionado são os cenários e figurinos que continuam repetitivos; e essa ideia de que os jovens são adultos e participam mais de festas do que verdadeiramente estudam já deu há tempos.

    Importante ressaltar que Las Encinas tem uma nova diretora: Virginia (Godeliv Van den Brandt) que aparece umas três vezes em toda a temporada, entrega uma atuação boa mas que não acrescenta muito ao elenco.

    VEREDITO

    Infelizmente a Netflix continua renovando séries que deveriam ter acabado antes de chegarem nesse nível, é bem triste isso porque vemos várias produções com grande potencial serem descartadas e canceladas na sua primeira ou segunda temporada. 

    A 6ª temporada de Elite tratou assuntos muito importantes e necessários como: Aborto, homofobia, machismo, estupro, racismo e relacionamento tóxico. Porém eles perdem força quando utilizam uma trama fraca e atuação superficial de alguns integrantes do elenco.

    Faltou um pouco de tempero e choque de realidade, nessa temporada… na verdade, desde algumas antes.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    As seis temporadas de Elite estão disponíveis no catálogo da Netflix.

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