CRÍTICA – Lucifer (6ª temporada, 2021, Netflix)

    Lucifer desde sua primeira temporada nos deixou na beirada da cadeira, não apenas pelo fato de nos mostrar um elemento que sempre distanciou o personagem do que conhecemos do cristianismo.

    A série originalmente da CW, e posteriormente da Netflix, chegou ao fim. Sua sexta temporada mostra o caminho percorrido pelo Diabo em sua missão de se redimir e se tornar alguém melhor não apenas para o mundo, mas também para seu grande amor, Chloe Decker (Lauren German).

    A 6ª temporada estará disponível na Netflix no dia 10 de setembro. Confira a nossa crítica, sem spoilers, da produção.

    SINOPSE

    O próprio diabo se tornou Deus… quase. Mas por que ele está hesitando? E à medida que o mundo começa a se desfazer sem Deus, o que ele fará em resposta? Portanto, junte-se a nós para dizer um adeus agridoce a Lucifer, Chloe, Amenadiel, Maze, Linda, Ella e Dan. Além disso, ‘traga lenços’.

    ANÁLISE

    A última temporada de Lucifer teve início com grandes repercussões da batalha final que se deu ao longo do season finale da 5ª temporada, e entregou muito mais do que era esperado por esse que vos escreve.

    Lucifer

    Com um tom de adeus, a última temporada de Lucifer nos remete aos cinco anos em que a série esteve no ar, revisitando não apenas antigos elementos de roteiros, mas também aprofundando imensamente seus personagens ao nos mostrar os caminhos trilhados por eles durante esse período.

    Por meio de repercussões tardias e nem um pouco cuidadosas, a última temporada da série conta com um mote inesperado, um desfecho interessante e atuações emocionantes.

    Ao longo da última temporada é onde os personagens de apoio tem um maior aproveitamento e maior liberdade, não apenas diante das câmeras, mas também na narrativa.

    Seja por falta de criatividade, ou de recursos já utilizados anteriormente, a sexta temporada de Lucifer nos leva por caminhos já vistos antes, e ao longo de seus dez episódios, os utiliza de modo divertido ao subverter o que era esperado de alguns personagens, os levando por caminhos tão emocionantes, quanto incríveis.

    Lucifer

    Tendo em sua grande parte uma Profecia Autorrealizável – um evento que ao se tornar uma crença, provoca a sua própria concretização -, a última temporada da série da Netflix a faz tão próxima quanto o final de uma novela da Globo.

    O grande destaque da temporada vai para as atuações de Tom Ellis, Lauren German, Kevin Alejandro e D.B. Woodside que trazem os elementos mais imponentes e emocionantes da última temporada, que se despede com tantos clichês, quanto só a despedida de Lucifer é capaz de proporcionar.

    VEREDITO

    Longe de ser uma das séries favoritas desse que vos escreve, Lucifer se tornou para mim, um guilty pleasure. Uma série divertida, com elementos dramáticos que se estendem por tempo demais, mas que no fim, parece saber onde quer chegar.

    Caso a série tivesse se encerrado quando a CW a descartou há alguns anos – pouco antes dela ter os direitos comprados pela Netflix -, não veríamos alguns ótimos elementos de roteiro que presenciamos da quarta temporada em diante.

    Com Tom Ellis na produção executiva da série desde que ela foi para a Netflix, vemos a liberdade que o personagem obteve, enquanto se envereda para se tornar o mais grandioso possível.

    Cuidado, esmero, e um pouco de cara de pau, permearam a produção de todas as temporadas da série Lucifer. Ao longo de seis anos, um cancelamento e alguns escândalos – tuítes sedentos em relação ao protagonista -, a série se torna mais uma das que provavelmente terão uma grande sobrevida na locadora vermelha.

    Como uma ode ao que foi feito no passado, que teve início na CW, e só engrandeceu ao passar para a Netflix, Lucifer chega ao fim de forma emocionante, nos mostrando que até mesmo o Diabo pode te surpreender – para o bem, é claro.

    Nossa nota
    3,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    A 6ª e última temporada de Lucifer estreia na Netflix no dia 10 de setembro de 2021.

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