CRÍTICA – Manifest (1ª temporada, 2018, NBC)

    Manifest, ou como ficou conhecida no Brasil, Manifesto: O Mistério do Voo 828, estreou em 2018, e chegou a terras tupiniquins ao final de setembro de 2019. A série está no ar na Globo, com um episódio novo por semana, toda terça.

    A série gira em torno de um mistério, que tem como epicentro o sumiço de um avião.

    Mas não se engane, o voo 828 não apenas desaparece dos radares e encontra seu fim no fundo de um mar, mas reaparece 5 anos e meio depois de seu sumiço, e nenhum dos 191 ocupantes envelheceu um dia sequer.

    Manifest

    Com plots que nos recordam do clássico Lost, a série acerta ao se esquivar de enredos que nos recordam a série de J.J. Abrams e Damon Lindelof, que enfrentou um fim polêmico ao se estender por seis temporadas, rodando em círculos, e terminando de forma tardia, e simplória, jogando no lixo diversas narrativas construídas inteligentemente ao longo de seus seis anos.

    Manifest, nos apresenta rapidamente a alguns detalhes que se estabelecem já no primeiro episódio, criando alguns laços, relacionamentos que serão levados até o episódio da primeira temporada, assim como os mistérios que permeiam o sumiço e o reaparecimento do voo 828.

    Manifest

    As mudanças que 5 anos e meio podem fazer na vida de algumas pessoas, são sentidas nas relações daqueles que partiram e retornaram, assim como na vida daqueles que não tiveram outra escolha, a não ser seguir em frente.

    Por meio da família Stone, e seus integrantes Ben (Joshua Dallas), Cal (Jack Messina), Michaela (Melissa Roxburgh) – que estavam no voo 828 -, Olive (Luna Blaise) e Grace (Athena Karkanis) – que foram obrigadas a viver por 5 anos e meio longe da sua família, que elas pensavam estar morta – vemos como tudo isso influencia a interação da vida daqueles em que a série gira em torno.

    Ben, Michaela, Cal e alguns outros que “retornaram”, passam a receber “chamados”, que os levam a lugares e ao encontro daqueles que precisam de ajuda.

    Manifest

    A família Stone rapidamente começa a levar esses chamados a sério, e descobrem que fazem parte de um emaranhado de intrigas e que estão mais ligados com os integrantes do voo 828 do que pensavam.

    Tramas que transcendem o conhecimento e a compreensão dos passageiros do voo 828 nos deixam cada vez mais na beirada das cadeiras, nos deixando imensamente surpresos a cada virada que a história toma.

    Manifest

    Com boas atuações, mas com motes por vezes redundantes, a série parece se perder perto do final da sua primeira temporada.

    Ao deixar pontas soltas, ou ignorando completamente certos personagens assim como suas construções que tiveram grande importância no início da temporada, somos introduzidos a cada vez mais personagens nos fazendo por vezes questionar a importância de personagens com importância previamente estabelecidas.

    Apesar dos pesares, Manifest se mostra como um entretenimento justo, mas que se assistida de uma vez, pode se tornar maçante, e nos fazendo colocar cada vez mais alta a nossa suspensão de descrença.

    Nossa nota

    Confira o trailer da série:

    Manifest está disponível no Globoplay. E você, já assistiu? Deixe seus comentários e sua avaliação!

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