CRÍTICA – Os Irregulares de Baker Street (1ª temporada, 2021, Netflix)

    O mais famoso detetive do mundo, viciado em opioides e enigmas ganhou mais uma adaptação. Dessa vez para a Netflix na forma da série Os Irregulares de Baker Street. Muito diferente do que muitos pensavam, a série não adapta a história de Sherlock Holmes, mas usa a vida do personagem como pano de fundo para uma história não tão grandiosa quanto à escrita por Arthur Conan Doyle.

    SINOPSE

    Baseada nos lendários personagens criados por Arthur Conan Doyle, Os Irregulares de Baker Street acompanha um grupo de jovens marginalizados que, na Londres do século XIX, soluciona crimes sobrenaturais em nome do sinistro Dr. John Watson (Royce Pierreson) e seu enigmático parceiro, Sherlock Holmes (Henry Lloyd-Hughes). À medida que os casos se tornam aterrorizantes e que um poder sombrio surge em meio à sociedade vitoriana, a gangue deve se unir para derrotar forças maiores que a vida e que, inclusive, ameaçam dizimar a humanidade.

    ANÁLISE

    Diferente das histórias escritas por Doyle ao final do século XIX, em que víamos o inteligente e bem peculiar detetive solucionando casos que até então tinham um tom sobrenatural, Os Irregulares de Baker Street abraça tudo que o tradicional Sherlock Holmes fazia questão de desmascarar – o terror absoluto e incompreensível do sobrenatural.

    Os Irregulares de Baker Street

    A série tem início quando os jovens marginais Bea (Thaddea Graham), Jessie (Darci Shaw), Billy (Jojo Macari) e Spike (McKell David) são contratados por um conturbado John Watson para investigar o desaparecimento suspeito de 4 recém-nascidos. O desenrolar da série se mostra bem diferente do que foi mostrado no material fonte de Doyle, e coloca os protagonistas da série mergulhando de cabeça nos mistérios de uma Londres tomada por males que surgem a cada esquina. 

    Alguns mistérios e a descarada falta de Sherlock Holmes à trama, é sentida a todo momento. Mas é compreensível, pois narrativamente falando, um personagem estabelecido em tantas mídias diferentes, não precisa estar presente em uma trama em que ele não é o protagonista.

    VEREDITO

    Alguns dos mistérios da série e o desenvolvimento dos personagens se dão de maneira fluida, mostrando que alguns dos mistérios de Londres podem ser sim mostrados de maneira sobrenatural e profunda, com personagens que apresentam um novo tom à história de Sherlock Holmes.

    Ver os hábeis investigadores Holmes e Watson em meio à criaturas e ameaças sobrenaturais é um tanto interessante, apesar de não ser a praia deles. Elementos que foram apresentados nas histórias originais ainda estão presentes na série, que conta com um Sherlock Holmes mais caricato, mas mantém seu John Watson estoico e ainda mais misterioso do que nos livros originais. 

    A série uma ótima opção do gênero investigativo young adult, e tem tudo para agradar o público que se encantou com Enola Holmes, outro sucesso da gigante do streaming.

    Os Irregulares de Baker Street estreia hoje, 26 de março, na Netflix

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

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