CRÍTICA – Chloe (Minissérie, 2022, Prime Video)

    Chloe é a nova parceria entre a BBC e o Prime Video, e chega no catálogo do streaming no dia 24 de junho. A série é uma criação de Alice Seabright e traz no papel principal a atriz Erin Doherty (The Crown).

    Além de Erin, o seriado conta também com os atores Billy Howle, Pippa Bennett-Warner, Jack Farthing, Brandon Micheal Hall e Poppy Gilbert.

    Nós tivemos acesso aos seis episódios antecipadamente. Confira nossa crítica sem spoilers.

    SINOPSE DE CHLOE

    Chloe é um thriller psicológico que segue Becky Green (Erin Doherty), que é obcecada em acompanhar as redes sociais de Chloe Fairbourne (Poppy Gilbert). A vida encantadora de Chloe, o marido adorável e o círculo de amigos bem-sucedidos estão sempre a um clique de distância, e Becky não consegue resistir a espiar um mundo que contrasta tão fortemente com o dela, enquanto ela cuida de sua mãe, que tem início precoce de demência.

    Quando Chloe morre de repente, Becky assume uma nova identidade e se infiltra na vida invejável dos amigos mais próximos de Chloe para descobrir o que aconteceu com ela. Através de seu alter ego Sasha, Becky se torna uma heroína poderosa e transgressora; um “alguém” popular e bem relacionado com uma vida – e amores – que são muito mais excitantes e viciantes do que o “ninguém” que ela é como Becky.

    No entanto, as coisas fogem de controle e ela descobre que a vida real de Chloe não era tão perfeita quanto retratada online. À medida que Becky se aprofunda em seu golpe e no círculo íntimo de Chloe, ela corre o risco de se perder completamente.

    ANÁLISE

    Chloe é uma série que se inspira em outros thrillers clássicos do gênero, mas que consegue situar muito bem a sua trama nos dias atuais. Utilizando as redes sociais como um recurso primoroso e realmente relevante, a série de Alice Seabright consegue justificar diversas facilidades que beneficiam a personagem principal a se infiltrar na high society inglesa.

    Becky é uma mulher decidida, mas infeliz. Vivendo em uma casa simples com sua mãe, que possui uma saúde frágil, a garota passa os dias idealizando uma realidade diferente enquanto rola o feed de sua rede social de fotos favorita. Mesmo acompanhando várias contas, Becky sempre retorna para um perfil específico: Chloe Fairbourne, esposa de um político local chamado Elliot Fairbourne (Billy Howle).

    A montagem dos episódios é bem inventiva ao mostrar as fotos na rede social e, posteriormente, remontar o acontecimento como uma memória do espectador. Cada foto ganha vida, evidenciando um momento feliz da vida de Chloe, algo muito distante da realidade vivida por Becky.

    Obviamente que, conforme os episódios avançam, vamos descobrindo os motivos de Becky ser tão obcecada por Chloe e querer entender as causas de sua morte repentina. Ao assumir a alcunha de Sasha, Becky se infiltra no círculo de amigos e na vida de Elliot, passando a entender melhor a dinâmica daquele grupo e seus segredos mais sombrios.

    É nesse desenrolar que Chloe lembra, em alguns momentos, outras histórias de investigação que envolvem uma linda mulher e uma morte prematura. É muito fácil descobrir para qual lado a história irá e, por vezes, as facilitações acabam se tornando forçadas demais.

    A sorte da produção é que Erin Doherty é uma atriz excelente. Com um trabalho corporal intenso, Erin entrega uma atuação impecável e invejável, nos mantendo interessados no desenrolar da trama. A atriz, que faz parte do elenco de The Crown, é extremamente talentosa, conseguindo transitar entre as diversas emoções que Becky (e seu alter ego Sasha) precisam demonstrar para a audiência.

    Não fosse o ótimo trabalho de Erin, provavelmente Chloe perderia um pouco sua força a partir do terceiro episódio. Em alguns momentos, a sequência de acontecimentos se torna confusa e a personagem começa a omitir algumas de suas características marcantes em prol de construir a tensão necessária para o thriller causar impacto. Entretanto, Erin se sai muito bem e carrega o seriado com sua atuação.

    Além do elenco, vale destacar também o ótimo trabalho de design de produção e direção de arte. Paul Spriggs, Nandie Narishkin e Ines Rose desenvolvem trabalhos excelentes. A produção da série é ótima, sabendo explorar uma infinidade de locações, o que pesa bastante na construção dos contextos de vida de Sasha e Becky.

    VEREDITO

    Chloe é uma série de investigação interessante. Mesmo caindo em alguns clichês e tendo grandes semelhanças com outros thrillers do gênero, a atuação de Erin Doherty vale o seu view.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

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