CRÍTICA – Ninguém Pode Saber (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Adaptação do livro homônimo de Karin Slaughter, Ninguém Pode Saber é uma série de mistério e suspense da Netflix. Criada por Charlotte Stoudt e com nomes como Toni Collette, Bella Heathcote, Jessica Barden e Joe Dempsie no elenco. 

    SINOPSE

    Andy (Bella Heathcote) e Laura (Toni Collette), mãe e filha que são pegas de surpresa em um tiroteio. Após o ocorrido, Andy testemunha a mãe fazendo algo que não imaginava que ela fosse capaz. Aos poucos, Andy percebe que a mãe está mudando sua perspectiva a respeito de tudo em suas vidas. Por conta disso, Andy começa a descobrir segredos do passado que Laura se esforçou muito para manter escondidos.

    ANÁLISE

    O nome de Toni Collette em uma produção já é motivo de sobra para ficar de olho. Contudo, Ninguém Pode Saber desperdiça sua atriz principal em uma trama insossa. A direção até tenta ser estilizada e o roteiro se esforça para entregar um pouco de importância àqueles personagens, mas sem sucesso. A série patina no tédio.

    Todos os elementos que fazem um bom suspense estão presentes na série. Personagens misteriosos, passados complexos, descobertas chocantes, mala de dinheiro e carteiras de identidades falsas, são alguns dos exemplos que aparecem ao longo de Ninguém Pode Saber. Mas, não é o bastante para tornar a produção memorável, visto que, a partir de diálogos automáticos e ações sem grande peso a série parece quadrada demais. 

    Logo, fica para a diretora Minkie Spiro balancear a falta de intensidade do roteiro. Como a série passeia entre presente e passado para contar a história de Laura (Toni Collette), a diretora utiliza nos flashbacks tonalidades mais frias dando uma sensação de impessoalidade, enquanto no presente o clima quente ressalta o tom de imediatismo que a série se propõe a criar.  

    Ninguém Pode Saber ganha, principalmente, por sua principal atriz. Toni Collette é extremamente versátil e sua filmografia não deixa mentir. Aqui, nessa série, sua personagem vai de uma mãe comum a uma mulher cheia de mistérios capaz de agir friamente. No entanto, seu semblante continua calmo e dócil. 

    É uma pena que uma série com uma ótima premissa cause tão pouco impacto. Até mesmo os mistérios e, por consequência, as descobertas, não causam efeito no espectador, visto que, tudo parece roteirizado demais. Sem grandes desafios que nos façam realmente questionar esses personagens, o que resta é se entreter com uma trama que logo será esquecida assim que a televisão for desligada. 

    VEREDITO

    Ninguém Pode Saber não apresenta mistério envolvente e perde com um roteiro sem carisma. Toni Collette tenta ao máximo extrair o melhor da série para sua personagem (conseguindo na maioria das vezes), mas o resto é irrelevante.

    Nossa nota

    1,0 / 5,0   

    Assista ao trailer:

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