CRÍTICA: ‘Antro’ é abordagem madura sobre distopia categorizada pelo controle

    Um mundo separado por castas, em que as pessoas conforme envelhecem rapidamente passam a ser considerados “restos humanos” dão o tom desta história. Presos em uma sociedade subterrânea, os habitantes de ‘Antro‘ veem seus dias passarem e se repetirem. O game é desenvolvido pelo estúdio espanhol Gatera Studio e publicado pela Selecta Play. E eu aproveito para agradecer o estúdio pela oportunidade de testar o game que chegou no dia 27 de Junho ao PC.

    No controle de Nittch, um jovem entregador que vive nas periferias, seremos jogados em uma história de revolta iniciada pelos Los Discordantes em direção a Cúpula a fim de derrubar o poder em vigor.

    Como um sidescroller 2.5D, acompanhamos Nittch na que talvez seja sua entrega mais importante de todas, pelos distritos subterrâneos marcados por seus mais diversos visuais. Mergulhados em uma jornada marcada por ritmo, a música será sua aliada. Marcados por uma trilha sonora pungente, temos aqui, um capítulo ainda mais curioso desta história. Liberdade de expressão e pensamentos, são severamente reprimidas pela Cúpula. Bem como músicas. Então Nittch, as ouve como forma de se rebelar contra o sistema.

    Ainda que possa parecer ligeiramente datado por seu visual, o teor de Antro é denso por como conta sua história: ele nos força a fugir em sequências de tirar o fôlego por fases ritmadas e músicas curiosamente bem escritas.

    Como o personagem central desta trama e aparentemente, a força motriz de nossa história. Nittch toma o cenário central ao nos lançar por perigos de uma sociedade regulada pelo literal punho de ferro de robôs e drones que farão quase tudo para tentar nos parar.

    Sendo verdadeiramente curto com pouco mais de uma hora e meia de gameplay, me vi desafiado e imerso em dinâmicas e pela história do game. Passando do Distrito 1 até a Cúpula, Antro nos faz sentir vontade de ir até o fim desta jornada.

    Brincando com as músicas que Nittch ouve, entendemos a razão dela ser proibida aqui. Como forma de motivar o povo a se rebelar, a música que toca no headset de Nittch tem o intuito de fazê-lo, mas também de nos motivar a sair do lugar.

    Rico em detalhes, e com uma lore que faz sentido, somos apresentados a um mundo terrivelmente perverso, mas que se assemelha ao nosso em alguns detalhes. Enquanto brinca com as narrativas de sua história, o game nos faz refletir ao criar analogias fantásticas com o nosso mundo. Incomodando, nos lançando quase que completamente em situações que fogem ao nosso controle, precisamos perseverar a fim de chegar ao fim. Realizando nossa entrega que talvez mude o rumo da revolução, e nos permita sair do Antro.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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