Lançado dia 10 de novembro, Assassin’s Creed Valhalla é o mais recente game da franquia Assassin’s Creed desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft para Xbox One, PlayStation 4, Google Stadia, PC, Xbox Series X | S e PlayStation 5.
Após dois anos jogando intensamente Assassin’s Creed Odyssey (que fomos apresentados antecipadamente durante a Game XP, lá em 2018), damos adeus para os irmãos Kassandra e Alexios, na Grécia Antiga entre as disputas de espartanos e atenienses e damos as boas vindas para Eivor (que pode ser homem ou mulher) e suas invasões vikings na Inglaterra de 872 d.C.
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DIFICULDADE BALANCEADA
Uma grande surpresa e uma novidade interessantíssima acontece antes mesmo de iniciarmos nossa aventura nas memórias de Eivor.
Em Assassin’s Creed Valhalla, ao iniciarmos um novo game temos a opção – inédita na franquia – de escolhermos as dificuldades para 3 características do game, são elas:
Dificuldade de exploração
- Aventureiro (fácil);
- Explorador (padrão);
- Desbravador (difícil).
Dificuldade de combate
- Escaldo (fácil);
- Viking (padrão);
- Berserker (difícil);
- Drengr (muito difícil).
Dificuldade de furtividade
- Aprendiz (fácil);
- Assassino (padrão);
- Mestre assassino (difícil).
Obviamente essas escolhas são uma forma de tornar a experiência da gameplay ainda mais pessoal para cada jogador; e certamente ganhou muitos pontos entre os fãs da franquia.
ESCORREGADA INICIAL
Os trailers do game deixaram claro que teríamos a opção de escolhermos o sexo do nosso protagonista, mas não como isso seria feito. E aqui, parece que a Ubisoft “escorregou no sangue de algum cadáver durante a batalha do desenvolvimento”.
Durante os momentos iniciais de AC Valhalla somos apresentados ao passado de Eivor ainda criança, que possui um visual neutro (cabeça raspada e roupas de pele sem muitos adornos). Aqui, o diálogo de Varin (pai de Eivor) deixa claro que nosso personagem é uma menina; mas aos 16min, após toda a passagem marcante na vida da protagonista, Layla (a mesma que vimos em AC Odyssey) se depara com dois fluxos de dados sobrepostos no mesmo DNA, atrapalhando sua conexão no Animus. E assim, o jogador pode escolher um Eivor homem ou mulher (WTF?).
Depois de jogar mais de 300h de gameplay com Kassandra em AC Odyssey, eu, desde os primeiros trailers de AC Valhalla, queria jogar com o Eivor masculino, mas ao escolhê-lo senti que a Ubisoft foi preguiçosa ao definir a forma da escolha, que inicialmente causa certa estranheza quando personagens importantes na infância da protagonista não notam que 18 anos depois ela agora é um homem. Estranheza que poderia ter sido eliminada em uma simples frase nos minutos iniciais.
O JÚBILO DA BATALHA
Tirando essa “escorregada inicial” da Ubisoft, posso dizer que Assassin’s Creed Valhalla é uma alegria para os fãs da Era Viking. Após as 12 primeiras horas de gameplay o novo título da franquia tem mais pontos positivos que negativos.
Mesmo que eu tenha notado poucas inovações, ao utilizar mecânicas já vistas em outros games (até mesmo da própria franquia) o novo título é cheio de novidades para os fãs. Algumas delas corrigindo detalhes que me incomodavam muito no AC Odyssey, por exemplo (cuidado com seu parkour!) seu Salto de Fé pode se transformar em Salto da Morte.
E já que falamos em batalha, apesar da maior característica da franquia ser a furtividade de seus assassinos, essa não era muito bem uma características dos vikings e a Ubisoft Montreal conseguiu balancear muito bem esse ponto.
As incursões vikings podem ser de forma furtiva e mais estratégica ou no bom e velho estilo “corram que os vikings estão chegando!” com seu dracar (tipo de barco viking) lotado de companheiros de saque e com direito a um grande alarde com seu berrante, causando pavor nos saxões (que momento meus amigos!).
O combate corpo a corpo está bem balanceado – jogo no modo Berserker (difícil) – fazendo com que adversários sejam mais organizados e que seja necessário um pouco mais de estratégia de combate para cada inimigo ou grupos deles (muitas vezes você precisará reanimar seus vikings para não ficar sozinho).
RIQUEZA HISTÓRICA
Sabemos que a Ubisoft tem maestria em recriar cenários antigos e aqui não é diferente. Ao sairmos dos paradisíacos cenários no Mediterrâneo iluminados por um Sol quase que de verão ininterrupto vistos em Assassin’s Creed Odyssey, nos saltam aos olhos os pássaros aquáticos em rios lodosos, charcos e cenários pantanosos, bem como as névoas e neve frequentes nas Ilhas Britânicas ou a Aurora Boreal na Noruega.
As recriações de construções sejam elas danesas ou saxãs são dignas de serem admiradas tamanha é a riqueza dos detalhes: casas, salões (casas comunitárias), dracares, igrejas, monastérios, ruínas romanas e muitas outras.
A expertise da Ubisoft em recriar cenários é tão palpável que não é de surpreender que Assassin’s Creed Unity seja utilizado para auxiliar a reconstrução de Catedral de Notre Dame após o incêndio de 2019.
Agora, quando falamos de personagens históricos, bom, aqui entramos em águas turbulentas.
Nessas primeiras 12h já foram citados nomes presentes na história viking, como: Guthrum, Ubba, Bjorn e o lendário Ragnar. Por outro lado a Era Viking é um período histórico difícil de se recontar devido ao pouco material base.
Como os escandinavos não eram adeptos da escrita, a maior parte deste período é contada pelo ponto de vista de seus inimigos (principalmente a Inglaterra) e o que é originado de seu povo é muitas vezes misturado com mitos e lendas.
Com um mapa enorme (em 12h de gameplay minha impressão é a mesma de quando joguei Red Dead Redemption 2) ainda há muitos segredos para serem descobertos e espero ansiosamente que a Ubisoft continue a me surpreender positivamente com seus personagens, diálogos, textos e missões repletas de referências (fiz uma quest adaptando o poema épico anglo-
FÚRIA BERSERKER
Nessas primeiras impressões algumas mudanças causaram momentos de fúria, não que seja ruim, mas uma fúria gostosa (doido, né?).
Em Assassin’s Creed Valhalla temos a companhia do corvo Synin, que diferente da águia Ícaros de Assassin’s Creed Odyssey não marca NADA no mapa quando utilizamos sua visão. O que é bom, pois não facilita uma invasão nem a busca por um item; tornando maior a imersão no game.
Falando em mapa, já citei que ele é enorme. Mas ele está mais bonito, com um “efeito 3D” quando aproximamos o zoom e ícones “não estáticos” (alguns pontos ficam com uma pequena fumaça que ainda não descobri o significado kkkkk), mas o que me causou fúria é ao chegar próximo do ponto da missão sinalizado no mapa, o marcador desaparece. Muitas vezes, você precisa vasculhar para encontrar o item ou o NPC ao invés de marcá-lo no mapa e ir do ponto A ao ponto B.
QUE AS NORNAS GUIEM ATÉ VALHALLA
Obviamente, ainda teria muito o que citar nesta publicação (para não estragar sua experiência irei parar por aqui) e principalmente o que desbravar em Assassin’s Creed Valhalla.
Espero que a Ubisoft me prenda com muitas horas de diversão e imersão em um período histórico que tanto aprecio, assim como foi com o título antecessor.
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5,0 / 5,0
Ajornada de Eivor está só começando e ele(a) está te esperando no Xbox One, PlayStation 4, Google Stadia, PC, Xbox Series X | S e PlayStation 5.
Assista nossa gameplay:
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