Entretenimento digital abre espaço para o crescimento do hip hop no Brasil

    Os heróis da Marvel e da DC estão na lista de personagens mais utilizados em filmes e séries na atualidade; isso fez com que a temática dos quadrinhos ganhasse muito espaço na vida das pessoas. Entretanto, essas histórias não são as únicas que estão em evidência na indústria audiovisual. Nos últimos anos, a cultura hip hop ganhou muito espaço no entretenimento digital e fez com que o rap, o trap e vários outros estilos conseguissem aumentar o alcance com os fãs de música.

    Em dezembro de 2020, por exemplo, a Netflix estreou o documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, e nós fizemos até uma crítica sobre a produção. Com um foco totalmente na carreira do rapper brasileiro Emicida, o filme é uma aula sobre música brasileira e a força da cultura hip hop no país. Um estilo que tem conseguido cada vez mais espaço na internet, algo que mostra como o rap é importante para a nossa cultura.

    O entretenimento digital se transformou na principal maneira do hip hop crescer, e virou a casa de muitos artistas que buscam destaque no cenário musical brasileiro. Um setor importante é o dos jogos eletrônicos, principalmente se olharmos para o trap. As famosas competições de eSports adotaram o estilo quase como uma trilha sonora oficial. A reportagem da Betway mostra como o jogo Free Fire foi um dos responsáveis por isso e fez com que nomes como MC Jottapê, Yung Buda e Rincon Sapiência ganhassem maior evidência com os games.

    Esses artistas pegaram os jogos eletrônicos para usar como temática de músicas e o trap acabou ganhando muito espaço com isso. Afinal, o entretenimento digital faz parte da vida de muitos desses artistas. Em uma entrevista exclusiva à Betway, site de eSports bets, o rapper Yung Buda afirma que a proximidade com os games fez com que o tema se transformasse em uma referência da maneira mais natural possível. Ou seja, foi apenas mais um capítulo da vida virando música.

    Sucesso dos games e também do hip hop

    A proximidade do rap e do trap com os jogos eletrônicos é algo positivo, pois esse setor tem crescido constantemente e está ajudando a aumentar a popularidade da cultura hip hop. Segundo dados da Pesquisa Game Brasil (PGB), o número de pessoas que são fãs de games cresceu 10,7% em 2020. Isso significa que o país conta com mais de 25 milhões de pessoas interessadas nesta área. É um público muito grande, e os rappers podem ganhar bastante com isso.

    Alguns estudos recentes mostram que o mercado dos eSports ainda tem muito espaço para crescer, e a expectativa é de um crescimento de até 70% até 2025. Uma taxa otimista, mas que é bem possível de ser alcançada. Afinal, durante o ano passado, o setor foi um dos poucos que continuou a crescer no Brasil e em todo o mundo. Além disso, o investimento que existe no universo dos games é algo fora do comum.

    Segundo reportagem do site Olhar Digital, os jogos eletrônicos possuem uma receita de US$ 2,1 bilhões em todo o mundo. Esse número vai crescer nos próximos anos, e deve até ultrapassar a barreira dos US$ 3,5 bilhões. Uma quantia que garante a popularidade dos games e que deve levar junto tudo em volta, inclusive os rappers e toda a indústria do trap dos gamers brasileiros.

    A ajuda das plataformas de streaming

    Não são apenas os games que estão ajudando a cultura hip hop no Brasil. Os serviços de streamings também estão começando a oferecer mais espaço para os rappers nos catálogos de filmes, séries e documentários. Em junho deste ano, por exemplo, a Globoplay confirmou que está realizando uma produção com o rapper Emicida e o canal GNT. A ideia é explorar ainda mais a cultura da música brasileira pelos olhos dos rappers.

    A Netflix é outro bom exemplo, principalmente com produções internacionais. A série Atlanta, o filme The Get Down e o documentário The Defiant Ones são apenas alguns bons exemplos que podem ser encontrados no catálogo da plataforma de streaming.

    Ou seja, não faltam bons filmes para quem quer conhecer mais a história de um dos estilos musicais mais ricos e interessantes. Afinal, o trap, o rap e outras variantes estão ganhando espaço na rotina dos brasileiros, e conhecer mais sobre o hip hop é aprender sobre a diversidade que existe no país.

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