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    CRÍTICA: ‘Xenoblade Chronicles X Definitive Edition’ é sobrevida da brilhante franquia

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    Xenoblade Chronicles X chegou ao Wii U em 29 de Abril de 2015, porém 10 anos depois, especificamente em 20 de março de 2025 chegou a versão Definitive Edition para Nintendo Switch com diversas melhorias e adições, sendo uma excelente surpresa para o “final da vida” do Switch 1.

    Com esse título na biblioteca do hibrido da Nintendo, temos um excelente JRPG da Monolith Soft que não está mais preso ao Wii U, console anterior e que teve diversas criticas durante o seu tempo de vida. Inclusive, agradecemos a Nintendo e a Monolith Soft pelo envio de uma key do jogo para que eu pudesse realizar esse conteúdo.

    Xenoblade Chronicles X Denifitive Edition surpreendeu já no seu trailer de anuncio, onde podemos ver as melhorias gráficas aplicadas ao game, porém não se enganem, essa versão não é apenas mais um remaster sem nada de novo e que da uma leve tapeada nos visuais.

    Esse é o título mais diferente da franquia base, já que nos Chronicles 1, 2 e 3 a temática é mais voltada a fantasia e aqui é mais sci-fi, então já posso te contar que você não precisa jogar os outros para jogar o X. Ou seja, você pode começar por esse sem peso nenhum na consciência. Aliás, esse é o meu primeiro contato com a franquia, já que eu nunca tive um Wii U e nem conheci amigos ao longo da vida que tivessem um para me emprestar.

    Eu sempre gostei de JRPG’s e já tem tempo que gostaria de testar algum game da franquia, porém escolher o X para começar foi uma excelente decisão ao meu ver, já que ele é um título só, bom, até o momento, né?! – Vai que algum dia a Monolith Soft decide trazer novidades, eu sinceramente adoraria – Quis tirar as dúvidas do caminho antes de prosseguir, já que a experiência passada aqui nesse texto será inteiramente da minha visão de primeira viagem com Xenoblade, sendo um título que agora está no meu coração.

    História: O que aconteceu com a Terra em Xenoblade Chronicles X DE?

    Assim que você começar o jogo, será apresentado ao background da história toda de Xenoblade Chronicles X Definitive Edition, pois precisamos dela para dar contexto a tudo que vem depois que assumimos o controle. 

    Duas raças alienígenas com tecnologias extremamente mais avançadas do que as da Terra iniciam uma guerra bem em cima do nosso planeta Natal. Os humanos entendendo que não seria possível evitar esse conflito e salvar o planeta de sua destruição, apenas decidem partir com o máximo de pessoas possível em busca de outro planeta habitável. No processo, muitas naves são destruídas, mas a nossa nave chamada de White Whale (Baleia Branca) consegue escapar e a partir daí – ficamos na história – à procura de um planeta novo por dois anos. 

    Xenoblade Chronicles

    Nesse meio tempo, uma das raças que começou toda aquela guerra, encontra a nossa nave e decide simplesmente, destrui-la. Então, um herói se sacrifica para salvar todos os humanos, e ainda assim, temos que fazer um pouso forçado no planeta Mira, que felizmente é um planeta habitável. Mira é um planeta vasto e tem sua propria fauna e flora. 

    Nossa nave sofreu muito dano e foi se despedaçando ao entrar no planeta, mas conseguiu pousar a parte principal dela, uma cidade gigantesca com diversos humanos e que pode ser o futuro da humanidade. Essa cidade, inspirada em Los Angeles se chama New Los Angeles, ou NLA e New LA como ouviremos ao longo da história.

    Nosso personagem estava em uma lifepod da nave, como uma espécie de câmera de criogenia, daí em diante, poderemos criar um personagem próprio, dar um nome e mexer em sua aparência. Isso é legal, mas tem sempre um ponto positivo e outro negativo. O positivo é a personalização e o negativo é a falta de personalidade que nosso personagem tem, sendo mais aquele protagonista silencioso e que às vezes podemos responder algumas perguntas.

    Chegando nessa parte, o game lembra apenas um pouquinho de Mass Effect, mas a grandiosidade de Xenoblade quanto ao mundo é com certeza muito maior do que em Mass Effect. No quesito “interação com os personagens” e “seleção de diálogos”, aí o Xenoblade X DE é mais tímido, e às vezes, poderemos escolher entre duas opções, sendo elas sempre na ideia de aprovar ou desaprovar o que está acontecendo em determinada situação.

    Apesar de ter usado Mass Effect apenas como um exemplo, não quero que pensem que os jogos são iguais e que se você gosta de um, obrigatoriamente vai gostar do outro. Não é bem assim, mas se você curte esse estilo de RPG Sci-fi do game da BioWare, por que não experimentar Xenoblade X DE como eu? 

    Bom, após a criação de personagem, a coronel Elma irá nos ensinar um pouco sobre o mundo e os atuais acontecimentos, já que nós não nos lembramos de nada e inclusive ela cita que fomos sortudos, por que fomos a única pessoa que conseguiu encontrar com vida nos lifepods que aterrissaram forçadamente após a nave ir se desfazendo durante o pouso forçado. Neste prólogo, também conheceremos mais da cidade de NLA e como o sistema todo está funcionando. Seremos apresentados aos BLADEs, uma organização militar que está em função de proteger o futuro da humanidade, sendo essa a organização que faremos parte.

    A partir daqui, deixo para você pegar na mão de Xenoblade Chronicles X Definitive Edition e conhecer mais e mais da história por si só, que é muito boa e cativante. Para algumas pessoas ela não é a melhor e nem o melhor que a franquia tem a oferecer em si, mas com certeza é divertida, bem trabalhada e faz jus a toda a temática que aborda. Trazendo mais pra frente temas mais difíceis de lidar como conflitos entre raças, dramas políticos e a busca pela sobrevivência da nossa raça.

    Como Xenoblade Chronicles X Definitive Edition se Renova o título para a atualidade

    Xenoblade Chronicles X Definitive Edition tem visão em terceira pessoa, com a câmera no ombro do personagem, mas você pode utilizar o botão L e o analógico R para poder alterar a distância da câmera ao seu gosto. As primeiras referências que vêm em minha mente e acredito que na de muitos de vocês quanto a jogabilidade desse game é um mistura de MMORPG e talvez um pouco de Mass Effect, mas calma, não é igualzinho, é apenas uma referência base que faz lembrar.

    Apesar de lembrar um MMORPG, você não precisa de mais pessoas online para que você jogue ele, você pode jogar totalmente offline, além de poder conectar para algumas sessões com amigos e fazerem algum boss em conjunto, no estilo “raid” – para quem não está familiarizado com o termo, é como unir alguns colegas para derrotar um chefe e ao acabar esse objetivo, todo mundo voltar para o seu mundo, sendo que isso não é obrigatório -. Você pode utilizar até mesmo os companheiros NPC do game para realizar essas tarefas, se você quiser, algumas vezes é até interessante, para garantir uma EXP extra ou uma graninha extra, já vou até desenvolver melhor sobre isso mais a frente quanto a minha experiência.

    Xenoblade Chronicles

    No jogo, poderemos nos mover para todos os lados, mexer a câmera, pular e interagir com personagens e criaturas. Ao iniciar uma batalha, teremos diversas HUD’s na tela, o que pode assustar de princípio – mas o jogo te explica tudo que precisa saber e até mesmo ao longo do tempo -, já que conforme você progride, apareceram novas janelas de tutorial para explicar alguma mecânica.

    Aqui é onde mais precisava de uma melhoria, temos sim uma HUD muito melhor do que a anterior, já era algo muito pedido pelos fãs, mas ainda sim, tem o estilo de um jogo de sua época. E como o combate é bem completo e desafiador, faz sentido haver tantas informações e coisas para se testar ao longo da jogatina – não falo isso para afastar os novos fãs que ficam com receio dos textos dos tutoriais, mas sim para avisar. 

    Se você gosta de um combate mais elaborado, bem variado, desafiador e que tem um pézinho lá nos MMORPG’s que te marcaram, porém, assim como eu, você não tem mais tempo para acompanhar um MMORPG com diversas pessoas online que precisam ter o mesmo tempo e dedicação disponível – além de que tem que ter tempo de acompanhar diversos eventos, atualizações e expansões novas para continuar adquirindo todas as vezes é -, nesse caso, Xenoblade Chronicles X DE pode te surpreender, como me surpreendeu positivamente também.

    Eu confesso que em seus primeiros momentos não entendi todas as mecânicas disponíveis, mas nada nele me impediu de avançar e ir conhecendo o jogo até testar tudo que eu pudesse. Inclusive, o jogo se renova nisso. Por exemplo, pelo trailer podemos ver os Skells, que aqui no caso são os Mechas que existem nesse jogo.

    Você não começa já podendo utilizar eles, mas logo serão acessíveis. Então, o jogo vai te introduzindo a novidades com a passagem da sua jogatina, e o motivo disso é evitar que tudo seja simplesmente jogado em você desde o começo, fazendo com que tudo seja muita coisa para absorver e claro, retiraria também o fator de novidades da gameplay com o tempo. Então nisso, o jogo acerta e acerta bastante.

    Xenoblade Chronicles

    Na HUD de combate temos as informações de nosso personagem, como HP e também o TP (Tension Point), nesse jogo aqui o TP é um número que vai carregando com nossos auto ataques e podemos utilizar 1000 dele para usar habilidades que tenham escrito TP em cima. Além disso, nas armas tem a informação de quanto elas carregam de TP por cada ataque, também podemos utilizar habilidades que podem melhorar a quantidade de TP adquirida após a ativarmos. 

    As habilidades ficam na parte de baixo da HUD, onde o meio é onde carregamos o modo Overdrive – que é como se fosse a nossa ultimate -, onde nosso personagem carrega as habilidades mais rapidez, enche mais TP, inflige mais dano e afins. Já nas laterais, teremos as habilidades para ativarmos e que ao fazermos isso, elas entram em tempo de recarga, igual um MMORPG, o que te forçará a esperar para usá-las novamente.

    E se elas encherem até o máximo, é possível fazer com que carreguem uma segunda vez, fazendo com que ao ser ativada dessa forma, ela seja usada com status melhores. Para carregar essa segunda barrinha amarela em volta das habilidades, você precisa usar a arma que ela usa. Por exemplo, se é um habilidade com arma de fogo, no caso arma a distância, é só utilizar esse tipo de arma, mas se for uma habilidade de ataque corpo a corpo, é só trocar apertando X no controle do Switch.

    No começo talvez você ative suas habilidades aleatoriamente, mas se conferir em baixo dessa barra de habilidades tem outras duas barrinhas e também a descrição das suas habilidades, também tem um menu fora de combate para você ver descrições de tudo que você tem disponível, como as habilidades, armas, armaduras, etc. E as outras duas barrinhas, uma delas é para ativar uma habilidade que está em tempo de recarga e a outra é a medida que a moral do seu time sobe, esse eu já explico mais para a frente, mas porque você iria querer soltar uma habilidade antes de tempo de recarga terminar se os status dela serão menores?

    É que as habilidades podem combar, então tem habilidades que servem para derrubar um inimigo, outras que dão mais dano, podem dar mais dano em inimigos derrubados, podem dar dano para derrubar se você estiver posicionado atrás dele, ou ao lado dele e demais efeitos legais que você pode encaixar na sua build, além disso, você tem um sistema de classes, que você pode ir trocando ao subir para o Rank 10 com essa classe escolhida, a cada nova classe, você recebe mais habilidades diferentes, também podendo alterar se quiser algum dia ir para outro estilo de classe, cansou das pistolas duplas e facas duplas? que tal tentar espadas longas equipadas nas duas mãos? talvez um escudo grande? você quem manda!

    Durante a batalha, seus aliados podem pedir por um tipo de habilidade e, para facilitar a identificação, o balão de diálogo na tela é da mesma cor do tipo da habilidade. Por exemplo, habilidades corpo a corpo têm a cor laranja. Se um aliado pedir uma habilidade com essa cor no balão, você pode ativá-la no momento certo. Haverá um pequeno slow motion para indicar que você ativou no tempo correto, e um quick-time event acontecerá para que você aperte o botão B no momento exato. Se errar, aparecerá “Failed”; mas, se acertar, pode ser “Good” ou “Perfect”, e tanto você quanto seu aliado ganharão buffs e HP.

    Isso deixa as lutas bem dinâmicas e contribui com a barrinha à esquerda da barra de habilidades, adicionando mais moral para o seu time caso você acerte esses eventos. Recomendo muito acertá-los, pois recuperar HP ajuda bastante — e manter a moral do time alta pode liberar habilidades que melhoram status quando a moral estiver cheia. Isso também ajuda contra o inimigo que você estiver enfrentando, principalmente chefes. A ideia aqui é como se você pudesse “amedrontar” o chefe, falando de forma simplificada.

    E falando neles: no topo da HUD, você verá seu nome e seu HP. Se, ao lado do nome, houver adornos e também um título acompanhando-o, então esse chefe é um Tyrant, similar ao sistema de MVP que existia nos MMORPGs.

    Quando você segura o botão R + botão Y/A pode trocar a mira de local no inimigo, você pode alterar entre partes do seu corpo, por exemplo, um inimgo ataca com uma calda longa? foque nela para destruir antes e impedir que ele continue usando, ou até se um inimigo tem uma bexiga de acido, por que não focar nela antes? isso também vai alterar os drops que eles te dão, então fique de olho nisso para cumprir alguns requisitos de missões especificas e até para caso você precise desses drops específicos para criar algum equipamento ou dar upgrade no seu equipamento. Sim, você tem a opção de melhorar ainda mais seus equipamento, criar eles e até mesmo investir nas empresas que fabricam equipamentos para irem abastecendo a loja com itens melhores.

    Melhorar seu personagem não faz diferença apenas na batalha e nos números subindo, mas também podemos ver todos os equipamentos quando selecionamos novos itens, eles serão visíveis e você pode até utilizar um sistema de “transmog”, termo para os que estão familiarizados com World of Warcraft, mas também podendo ser chamados de “skins”. Nessa aba, aqui chamada de “Fashion Gear”, você pode personalizar a aparência do seu equipamento, mas podendo manter aquele equipamento com status melhores no seu personagem, dessa forma você une o útil ao agradável e você pode fazer isso sem ter que obrigatoriamente ter o equipamento que servira como skin no inventário.

    É, pessoal o sistema de batalha de Xenoblade X é bem completinho e tem muito mais além disso para vocês descobrirem ao jogarem, aqui fica apenas o começo para você já ir jogando com isso em mente, mas o jogo te apresentará todas as mecânicas em quanto você joga.

    Explorando a vastidão do planeta Mira

    Mira é um planeta vivo, que está lá existindo apesar do seu progresso como personagem, então você poderá estar andando por ai no seu maravilhoso level 15 e se deparar com um belo inimigo no level 95. 

    Nessa hora, acho melhor dar uma olhada ao redor e ver se tem como passar sem ser visto ou ouvido. Mas é necessário identificar isso também — do lado direito do nome dos inimigos, você consegue ver se há ou não algum ícone. Sem ícone significa que você pode passar tranquilamente, é só não mexer com ele que está tudo certo.

    Mas, se houver um ícone de olho e ele te ver, ele vai te atacar. O mesmo vale para o ícone de som: se ele te ouvir, ele também atacará. Alguns inimigos podem ter ambos os ícones.

    Essa questão de distinguir o comportamento dos inimigos, na minha opinião, não é um contra, e sim um pró. Porém, para algumas pessoas, querer passar por um local e não conseguir por causa de uma criatura forte — e ainda precisar dar uma voltinha a mais — pode ser frustrante. Particularmente, achei bem ok.

    Xenoblade Chronicles

    Recomendo que você vá abrindo o mapa conforme explora, você aprenderá isso nos primeiros minutos de jogo, onde deve instalar sondas em determinados locais para que você possa abrir o mapa e também ter esse ponto como uma viagem rápida, facilitando muito a exploração no começo do jogo que é totalmente feita a pé e só mais para a frente teremos acesso aos skells. Você também pode abrir o mapa e visualizar que ele é tem áreas divididas em hexágonos, clicando R3 em cima de algum deles vai seleciona-lo em azul e isso será mostrado em seu mini-mapa, dessa forma vai ser mais tranquilo de saber se você chegou a área demarcada para explorar ela e procurar pelo local de instalação das sondas.

    Uma nova adição bem vinda nesse jogo é a possibilidade de selecionarmos uma missão, apertarmos o botão R + o botão X para podermos ver uma linha vermelha fazendo um rastro em direção a missão que queremos realizar, dessa forma, a exploração fica muito mais dinâmica e você se sentira muito menos perdido e principalmente se já tiver rodado bastante uma determinada área sem conseguir chegar a missão que você estava procurando.

    Fazer missões faz parte da exploração desse jogo, porém existem as missões secundárias que estamos mais acostumados nesse estilo de jogo, como falar com NPCs, caçar um número x de criaturas etc. mas aqui temos as missões de afinidade, essas missões aprofundam o seu relacionamento com os personagens que você pode conhecer no game e utilizar eles em batalhas, alias, nessa versão você pode trocar a sua equipe bem mais rapidamente, é só abrir o menu e ir em Active Members, trocando qualquer personagem a qualquer hora.

    Com seus personagens na Party, você pode subir o nível de afinidade com eles, então se você quiser fazer 100%, você precisará ir trocando os seus companheiros eventualmente, com esse nível de afinidade subindo, você pode fazer suas missões, conhecer histórias mais trabalhadas focadas neles e também pode ter acesso a diálogos exclusivos, que acrescentam nas suas histórias, eventualmente no seu mapa vai aparecer um coração, esse coração é a localização de um diálogo desses, ao clicar neles você consegue ver de quem é aquele diálogo que está aparecendo a localização.

    Para a missão de afinidade você pode precisar estar com ele na party ou fora da party, na descrição da missão informará isso, mas nesses diálogos extras eles não devem estar na sua party, acredito que para dar uma sensação maior de imersão, já que é como se eles tivessem lá naquele local e você passasse para encontra-los.

    E aqui vai uma curiosidade bacana, a empresa de Xenoblade, de todos os títulos, ajudou no desenvolvimento nos títulos de Zelda BOTW e TOTK e por isso explorando Mira você vai perceber tantas familiaridades e referências, um dos personagens que você vai conhecer no começo da trama e muito divertido é o Tatsu, que lembra bastante um Korok. Aposto que você não sabia dessa, mas é, Monolith Soft não brinca quando falamos de títulos de peso em seu curriculo.

    A principal surpresa da Monolith Soft para a Definitive Edition

    Xenoblade Chronicles

    Na sua versão inicial o Xenoblade X teve um final meio em aberto e sobreviveu todos esses dez anos com as terias dos fãs. Na versão definitiva Monolith Soft tras um arco novo que você pode jogar após completar os eventos da jornada principal e finalmente concluir esse arco o mais completo possível. Não é possível que você inicie diretamente desse momento, caso você já tenha jogado no WiiU e queira ir direto para o pós, aqui será necessário recomeçar em um novo jogo. 

    E recomendo que joguem esse extra, pois vale a pena e não comentarei sobre a história aqui, já que ela começa após o final dos eventos base de Xenoblade X DE, pois dessa forma daria diversos spoilers, mas acreditem em mim, a desenvolvedora acertou em trazer esse capitulo extra para completar o título e finalmente acalmar o coração dos fãs.

    Existem contras?

    Até agora te contei diversas coisas que amei no jogo e parte delas também foi minha experiência, usando as referências que possuo para tentar explicar e te deixar bem próximo de entender melhor essa obra de JRPG maravilhosa, mas eu também gostaria de acrescentar alguns pontos da minha experiência que não foram tão incríveis assim.

    Bem no começo da história, para continuar para o próximo capítulo, sendo ele o 3, eu deveria estar no nível 15 e ter realizado um terminada missão, na descrição tinha o nome da personagem e mais ou menos onde encontra-la, ok, fui em busca da personagem e fiz a missão, mas eu continuava no nível 13, sendo obrigatório farmar, buscar uma missão secundária ou algo assim para dai poder progredir, isso é um pouco frustante, pois não acho terrível farmar, mas farmar por muito tempo pode ser cansativo, nesse caso, eu achei demorado só ir matar criaturas aleatórias.

    Então aqui vai minha dica: pegue missões secundárias para fazer, inclusive as missões do Network Console, que fica no BLADE Barracks — esse é o local que você mais vai visitar no jogo. Você pode até personalizá-lo!

    Voltando às missões: nesse console, você pode pegar aquelas que dão mais XP. Eu mesma fiz isso por uns 20 minutos, escolhendo uma missão que dava cerca de 700 de XP por vez. Era só ativar, matar o monstro principal do cenário e repetir. Fiz isso por um tempinho e depois retornei para continuar a missão principal.

    Não achei necessário ficar farmando sem parar para fazer a missão principal estando, por exemplo, no nível 50, quando ela pede apenas nível 15. Até recomendo que você farme até um nível considerável, mas só o suficiente para as missões — senão, você vai acabar passando mais tempo farmando até o nível 50 (ou mais), ficando cansado da repetição do jogo e quase sem encontrar desafios pelo caminho.

    O legal das missões secundárias que você pega de outros locais, como com outros NPCs espalhados pelo mundo, é que tem variedades de cenários para você explorar e visitar no mundo, Mira é bem lindo e muito bem feito, mas a questão de missões secundárias é complicada, algumas eu acho bem divertidas e diferentes, outras eu só achei mais do mesmo e queria acabar logo, em alguns momentos eu gosto de fazer elas ouvindo uma música ou vendo um vídeo, em outros momentos eu gosto de estar mais imersa no jogo ouvindo suas músicas, que sinceramente são belíssimas, mas vai de cada pessoa, viu?

    Um outro ponto que fez eu me perder um pouquinho no começo foi o uso do mapa, ou melhor, do Frontier Nav, no mapa você poderá alternar entre 3 abas, sendo elas: Mapa, Segmentos e Frontier Nav, essa última usaremos para instalar tipos diferentes de sondas, como de mineração, de armazenamento e etc, quanto mais iguasi você instalar na mesma linha melhor efeitos elas terão. 

    Então, sendo assim, peguei uma missão secundária, porém sendo uma missão de uma personagem, as missões de afinidade com algum personagem são mais elaboradas, pois você vai conhecer melhor cada um deles, ao final tem sempre uma recompensa de habilidade e você precisa estar em certo nível de afinidade com ele para aceitar algumas das quests, mas tome cuidado ao aceitar essas quests, se você fizer isso, você tem que terminar ela antes de aceitar outra missão de afinidade ou seguir com a missão principal do jogo. 

    Voltando a missão, eu fiz quase tudo que foi pedido como coletar certos itens, pegar certos drops matando algumas criaturas e faltou um minério especifico, quando eu selecionava e missão e pedia para ela apontar onde estava no mapa, o marcador ia para meu personagem, pois não tinha local no mapa para ir até lá, era necessário instalar uma sonda de mineração nas sondas que habilitei no mapa e esperar algumas horas para ela farmar esse minério especifico. 

    Eu sei, você que já jogou antes já sabe disso, mas se você é um jogador de primeira viagem como eu, não ignora o mapa não. Eu precisava de “white cometities” e instalei as de mineração nos FN Site 115 e 118 que informavam em sua descrição que poderiam tirar esses minérios, veja bem que esse drop é aleatório e você pode ir fazer outras coisas em quanto espera, fui fazer algumas missões e depois deixei o jogo aberto em quanto editava, quando voltei as pedrinhas que eu precisava finalmente estavam lá para eu poder seguir com a quest.

    Nesse caso, não é algo ruim, nesse tipo de RPG Sci-fi, poder mexer no mapa, localizar minérios e afins é bem legal, inclusive é tudo feito na aba do mapa mesmo, o que foi complicado é que eu não entendi logo de cara o que fazer e aqui entra a quantidade de tutoriais que precisamos para aprender tudo do game. É um jogo muito bom e que você precisa dar uma atenção extra aos detalhes como esse para pegar, claro que com o tempo você pega rápido, então fica a sua escolha se esse é um ponto negativo ou positivo. 

    Leia sempre as descrições do que a missão pede, algumas te pedem para caçar certas criaturas com uma arma que foi fornecida, se não equipada, você irá continuar caçando e achando que tem algum problema já que o jogo não está contando.

    Um outro contra que citei brevemente no começo, seria a questão do personagem silêncioso, já que nosso personagem não interage tanto assim com a história, isso pode ser do agrado de alguns, mas sei que muitas pessoas não gostam desse tipo de protagonista.

    Uma coisa que facilitaria muito seria a adição de legendas em português do Brasil, trazendo mais acessibilidade e atraindo possíveis novos fãs para o gênero de JRPG.

    Eu sei que muitos de vocês pensam: “Nossa, em 2025 e ainda tem gente que não sabe inglês?” Calma, pessoal! Nem todo mundo tem acesso ou tempo. Hoje em dia, o Switch 1 é um console bem mais em conta — eu mesma comprei o meu usado, depois de sete anos do seu lançamento, e amo meu Switch. Muitas pessoas estão chegando agora na plataforma, inclusive crianças, e nem todas têm o inglês na rotina de estudos.

    Além disso, esse é um jogo que facilmente entra na discussão sobre custo-benefício. Sim, é um excelente jogo, e acho que vale muito a pena. Mas, considerando o seu valor cheio, poderíamos sim ter legendas em português do Brasil. Outras grandes empresas de jogos de JRPG, como a Atlus ou a Bandai Namco, já lançaram títulos — sejam eles novos, remakes ou remasters — com legendas em português.

    Então sim, seria algo muito legal de ver por aqui.

    Conclusão

    A versão definitiva é com certeza a mais ideal para aproveitar o Xenoblade X hoje em dia, as melhorias de vida são muito boas, são extremamente necessárias, a Monolith Soft teve muito carinho em incluir coisas que a comunidade vem comentando em todos esses anos, principalmente o epilogo no final do jogo e para que dessa forma tenhamos uma história mais completa, não sendo apenas um remaster um para um com apenas melhorias gráficas.

    Em contra partida, não é um jogo barato e acessível para todas as pessoas, ele é um exclusivo de um console que é sim muito querido, mas que faz com que você tenha que ter um Switch para joga-lo e também a falta de acessibilidade quando falamos de idiomas, faz muita falta mais empresas investindo nos jogos JRPG com muitos diálogos em nosso idioma, seria incrível ver mais pessoas podendo aproveitar Xenoblade Chronicles X Definitive Edition sem a barreira linguística, uma boa localização faria toda a diferença, principalmente em piadas que só fazem sentido no idioma que o jogo está localizado.

    O combate desafiador, completo e personalizável de Xenoblade X DE é o seu diferencial, ao meu ver, foi o que me cativou de primeira, mas que vai além, trazendo boa história, bons personagens, level design bem feito, um mundo bem vasto e vivo, além de ser muito divertido.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Xenoblade Chronicles X Definitive Edition foi lançado para o Nintendo Switch no dia 20 de Março. Agradeço à Nintendo por ter nos enviado a key do game para esta cobertura.

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    CRÍTICA: ‘Prince of Persia: The Lost Crown’ ganha vida nova nos celulares

    Talvez Prince of Persia: The Lost Crown tenha sido o meu game favorito de 2024. Não apenas pela história que ele contava, mas também por me lançar novamente em uma das franquias pelas quais sou mais apaixonado. Na pele de Sargon, somos lançados nas intrigas por trás da captura do príncipe Ghassan.

    Como parte do grupo de Imortais, partimos para o Monte Oaf. Com melhorias relacionadas à gameplay e oferecer uma experiência digna de celular, temos aqui, uma experiência tão maravilhosa quanto foi jogar no console.

    Talvez, The Lost Crown seja uma das mais imersivas e dinâmicas narrativas da franquia Prince of Persia. Sendo o primeiro game a ser lançado em quase 15 anos de hiato, a história de Sargon é envolvente e a portabilidade do game aqui faz com que ele seja perfeito para todos os momentos.

    Tive a vantagem de jogar o game utilizando o controle X2 Pro da GameSir, o que deixou a experiência o mais próxima do Nintendo Switch quanto possível – que foi a minha experiência original.

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    Apesar de ter tido uma boa experiência no que diz respeito à performance, graças à tela e robustez do Poco X6 Pro, rodei todo o game à 120fps. Talvez por possuir 12gb de RAM quando o exigido para rodar o game é 4GB, vi o game rodar bem e se mostrar potente e fluído, algo bem próximo do que vi nos consoles.

    Com pouco ou quase nenhum stuttering, me vi imerso e desafiado na jornada dos Imortais, de Sargon e de toda a trama do sequestro do jovem príncipe Ghassam e da Rainha persa Thomyris.

    Algumas das recomendações do game é curtir a experiência de fones de ouvido e controle. Fazendo uso apenas de um fone de ouvido, é possível se sentir ainda mais imerso. Com uma trilha sonora primorosa, imersiva a opção de som 3D nos proporciona uma aventura singular relativo à gameplay no celular.

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    Agradeço à Ubisoft pela oportunidade de testar o game antes do lançamento, assim, como tinha um certo tempo para testar o máximo que podia, fiz questão de passar algumas boas horas jogando apenas pela tela do celular como também com o controle. E ouso dizer que o segundo mudou completamente a experiência.

    Com melhorias referentes ao controle, temos opções de acessibilidade que tornam o game muito mais dinâmico, ou até mais acessível para a nova plataforma. Desde segurar na parede enquanto escala por padrão, ou diminuir a velocidade do game para aumentar o tempo de reação, ou até auto parry – este último melhora muito a experiência de combate quando você controla o game apenas pela tela.

    Além do que já foi falado até aqui, a história de Sargon faz com que esta seja uma das mais belas histórias da franquia. Nos levando por uma jornada de reconhecimento, crescimento e de encontrar pertencimento, Sargon nos faz ver o mundo por uma ótica bem singular a cada ato do game.

    E reviver agora no celular alguns dos mais desafiadores combates do game é de tirar o fôlego. Agradeço à Ubisoft mais uma vez pela oportunidade.

    E talvez por nos lançar por diversos tropos e mecânicas do game original, esta seja uma aventura saudosista, mas potente. Caso você não tenha tido oportunidade de jogar Prince of Persia: The Lost Crown nos consoles, recomendo fortemente que o jogue no celular.

    O game foi lançado oficialmente em 14 de abril de 2025 para Android e iOS.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #41 | Existir se torna um gesto de resistência em ‘Detroit Become Human’

    Atualmente, vivemos a era mais tecnológica que a humanidade já criou. Dando literalmente o acesso a qualquer um e a qualquer lugar do mundo na palma de nossas mãos através de um aparelho portátil. Se pensarmos nesta relação com a integração da inteligência artificial com a capacidade de reproduzir através do processamento de dados tudo se torna ainda muito mais complexo e particularmente assustador. Mas e como serão estes debates quando alcançarmos este estágio além? Em 2018 foi lançado o jogo Detroit Become Human, desenvolvido pela Quantic Dream que já entregou títulos impressionantes como Heavy Rain e Beyond Two Souls, de histórias impactantes além de uma qualidade de desenvolvimento muito agradável

    A história é sobre um futuro em que humanos têm uma relação totalmente dependente de androides os colocando como substitutos em diversos segmentos profissionais, realizando tarefas diárias e para alguns até sendo uma companhia no lugar de pessoas. Neste contexto jogamos com Kara uma androide empregada doméstica, Connor um policial assistente, Markus um mordomo de um artista famoso e suas jornadas iniciam-se a partir do momento que não seguem a sua programação tendo pensamentos próprios, tomando decisões e mudando a vida de pessoas próximas a eles através de suas escolhas.

    Eu me lembro dos primeiros passos da experiência sobre Detroit Become Human e essa busca tão humana utilizando seres tecnológicos me impactou, pois o que define que realmente existimos e como devemos existir? De fato cogito ergo sum ou se torna necessária uma regra que nos insere em uma hierarquia injusta para termos esse direito? Isso vale tanto para androides quanto para outros temas que poderiam ser facilmente discutidos a partir dessa perspectiva.

    Detroit Become Human

    O personagem que este questionamento começa a ficar mais claro é Markus, em um dentre tantos momentos que são tocantes em Detroit, quando Carl, o pintor, lhe pede para pintar um quadro que significasse algo e tem uma revelação surpreendente. Posteriormente Connor ao mostrar empatia na sua relação com o detetive Anderson, Kara ao defender Alice do seu pai violento e vamos conhecendo outros personagens que se tornaram pensantes para a revolta de seus opositores.

    Por outro lado essa história mostra pessoas que apesar da aparência não poderíamos descreve-las como humanas, como um mercador de androides que os tortura por diversão ou até mesmo Todd o pai de Alice.

    Mas é um jogo que não vai só nos mostrar sobre o que define ser um humano, mas também nos testa através de nossas escolhas, o que torna uma reflexão interna muito importante sobre isso principalmente por se tratar de opções que definem o rumo da narrativa, mas o destino de personagens que podem se tornar muito chocantes.

    Detroit Become Human

    Outro ponto muito interessante é uma análise feita após a conclusão de cada capítulo, mostrando a porcentagem das escolhas realizadas por outros jogadores a cada árvore de opções e os rumos a seguir e se torna uma análise interessante para comparar o quão longe você acaba se distanciando do que seria considerado o caminho mais comum a seguir se tratando do que é proposto no jogo.

    Por fim quando pensamos sobre este título de uma forma mais ampla, este é um tipo de jogo que se tornou relevante por suas mecânicas elaboradas, apesar de ter alguns recursos bem melhorados como os quick time events colocando uma tensão a mais nestes momentos e ver Detroit se tornar humana vai muito além da revolta realizada pelos androides, mas a luta pelo direito de existir e ser reconhecido como alguém não apenas alguma coisa.

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    CRÍTICA: ‘Se a Vida te der Tangerinas’ celebra o amor e a resiliência nos invernos das nossas vidas

    A vida na mesma proporção que a arte é uma coisa muito estranha pois nos provoca sorrisos, suspiros, apreensão e lágrimas porque aquela pequena porção de uma história hora fictícia ou não acaba se tornando uma pequena parte de nós quando contemplamos algo que por falta de elogio maior só pode ser descrito como algo belo. “Se a vida te der Tangerinas” é o tipo de obra que vai tocar o seu coração exatamente com essa amplitude, nos confrontando com uma série de emoções que fica muito difícil descrever se é apenas uma obra muito bem idealizada, atuada e executada ou uma experiência altamente contemplativa.

    O seu elenco é liderado pelos protagonistas IU (Hotel Del Luna) e Moon So Ri (Queenmaker) e Park Bo Gum (Itaewon Class) e Park Hae Joon (The 8 Show) interpretando Oh Hae Su e Yan Gwan Sik respectivamente em momentos distintos da história. Além deles, a participação de Yeom Hye Ram e outros rostos bem conhecidos de outras produções também chamam a nossa atenção.

    A história é sobre a vida do casal Oh Hae Su (IU/ So Ri) e Yan Gwan Sik (Bo Gum e Hae Joon) desde quando se conheceram na infância durante a década de 50 até sua vivência quanto casal enfrentando, os obstáculos, atribulações ao longo de duas gerações de famílias.

    Tangerinas

    Eu assisto doramas desde a minha adolescência, muitos deles marcaram a minha vida pela profundidade do impacto das suas produções e nesta longa lista alguns tenho os meus favoritos que se me pedirem uma indicação tranquilamente faria. Esta obra definitivamente entrou para esta lista por ter se tornado essa mistura de qualidade com aquele algo mais que aquece o seu coração e o abraça através de sua arte.

    O trabalho de direção é excelente por nos colocar dentro dessa jornada de um casal formado por um garoto que se expressa muito pouco e uma garota que faz isso de forma tão expansiva a ponto de futuramente os filhos e o próprio marido não saberem o que fazer em um momento que ela fique triste.

    Outro ponto que acabou me encantando é a sua abertura muito criativa que carrega todo um simbolismo a respeito de diversos momentos que iremos conhecer ao longo da história com a linda música Spring da cantora Kim Jung Mi. Ainda falando no campo musical importante citar a presença brasileira representada pela renomada cantora Alcione interpretando em coreano Tem que me prender, um dos seus sucessos.

    Tangerinas

    Se a vida te der tangerinas fala com um lado de nós que é muito fácil de compreender. Afinal, quem de nós nunca teve um mundo inteiro de sonhos e as dificuldades da nossa realidade social aos poucos foram os apagando a cada queda que tomamos no caminho?

    Mesmo tendo este condutor narrativo que por si só já considero excelente, outras coisas são acrescentadas enquanto vamos também conhecendo em doses residuais pistas do que foi acontecendo com o casal, inclusive a expectativa se eles conseguiram ficar juntos nos primeiros oito episódios.

    Na outra metade, este processo ocorre para reforçar a perspectiva mais emocional, as relações complexas que existem entre o casal protagonista com seus filhos e sem perceber já me senti completamente imerso nesta família.

    É uma história que pode ser descrita como uma romance, um drama familiar, uma comédia romântica, um slice of life porque dança de forma muito graciosa por estes gêneros que sinceramente a melhor forma de defini-lo de uma forma bem sucinta é uma inspiração.

    Tangerinas

    Mas não é apenas aquela narrativa que no final de tudo entrega apenas uma mensagem otimista, nos confronta sobre os momentos duros como a nossa eterna luta contra a pobreza extrema, o luto, impactando de forma tão incisiva as relações sociais e familiares e até nos empurra para a reflexão da complexidade que é a parentalidade.

    Mesmo que você não tenha vivenciado as suas dificuldades ao lado de uma companheira, pode ter existido outra pessoa que esteve neste papel e se infelizmente não houvesse alguém pode te fazer pensar como ter uma rede de apoio é algo importante para resistirmos aos tempos de inverno das nossas vidas.

    Enquanto por outro lado também podemos compreender como tudo se torna tão mais brilhante nas primaveras, tanto na perspectiva de um indivíduo como nas nossas relações nos dando uma boa ideia do que podemos fazer quando a vida nos der tangerinas.

    A conclusão da história é muito emocionante porque acredito que a forma escolhida celebra a existência dos seus protagonistas como um todo, inclusive a dolorosa compreensão de finitude que em muitos momentos relutamos em compreender.

    Se a vida te der tangerinas é um k drama que vai abraçar o seu coração, levar as lágrimas, risos e suspiros com a jornada tão dolorosa e ao mesmo tempo tão linda sendo umas das melhores produções sul coreanas para streaming deste ano.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

    Se a Vida te der Tangerinas” foi lançado no dia 7 de março na Netflix.

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    CRÍTICA: ‘The First Berserker: Khazan’ é soulslike mais difícil do que qualquer jogo da FromSoftware

    Soulslikes sempre me tiraram a paciência e a vontade de avançar por suas histórias. Em grande parte por quase todos serem feitos pela FromSoftware, empresa que guarda suas histórias não só em cutscenes, mas na descrição dos itens encontrados pelo game. Por serem ligeiramente cansativos, ou desafiadores demais, estes exigiam de mim o que não tenho: paciência. E por isso, me vi fora das experiências narrativas e de gameplay vezes demais para o meu gosto. The First Berserker: Khazan me desafiou, mas me prendeu a todo momento.

    Khazan nos força o tempo todo a nos adaptarmos, mas, acima de tudo, a experimentarmos. Com fortes aspectos de RPG, o game me surpreendeu, me lançou em uma história poderosa e me fez sentir imerso tanto pelo combate quanto pelo simples fato de me despertar a vontade de me sair melhor nele.

    Ao longo do game, me vi surpreso por conseguir passar de alguns bosses de primeira, mas outros que me tomaram duas, três ou até 4 horas para avançar. Isso mesmo Viper, é de você que estou falando.

    Ambientado no mundo de Dungeon & Fighter, criado pela Neople, subsidiária da Nexon. Ambientada no mesmo mundo dos games da desenvolvedora, mas 800 anos antes da história de Dungeon & Fighter – como o título do jogo menciona -, conhecemos Khazan, o primeiro Berserker, que após ser acusado de traição é torturado até a morte. Diferente dos games anteriores, em que Berserker era uma classe, em Khazan, testemunhamos o início do que ficaria conhecida como “A Síndrome Khazan.”

    Com uma origem humilde, Khazan rapidamente vence o seu destino e se torna um dos generais mais valorosos do exército do Império Pell Los.

    As habilidades de Khazan se provaram mais poderosas do que o esperado

    Durante o reinado no qual Khazan ascendeu às fileiras como um poderoso general, ele provou seu valor ao derrotar uma das maiores ameaças que o reino de Pell Los já havia visto e junto do Arquimago Ozma, ele derrotou o grande dragão berserk, Hismar.

    Mesmo protegendo a todos do reino, Khazan e Ozma testemunharam suas quedas no ponto mais alto de suas respectivas carreiras. Ao passo em que sua lenda crescia, os temores e a inveja daqueles que não confiavam neles, também.

    Enquanto Ozma foi torturado e executado, Khazan foi exilado nas montanhas nevadas com seus braços cortados – para que ele nunca mais empunhasse sua arma e buscasse vingança.

    Khazan

    Ao chegar nas montanhas nevadas, por um tipo de “intervenção divina,” uma avalanche atingiu a carruagem que o levava até seu exílio e após ser dado como morto, nosso herói sobreviveu, mas foi deixado à beira da morte.

    Em seu momento mais sombrio, Khazan foi possuído pelo espírito da Lâmina Fantasma, que o tentava dominar para assim controlar seu corpo. E enquanto ele era restaurado, sua força voltava e suas feridas eram curadas. Mas sua alma havia sido marcada para sempre. Pois a mesma maldição que o conferia uma enorme força, o transformava no Primeiro Berserker.

    Khazan então partiu das montanhas como uma poderosa força vingativa, procurando descobrir detalhes de sua traição e levar até os responsáveis uma força imparável.

    Khazan e habilidades

    Khazan

    Khazan é um daqueles “protagonistas silenciosos,” cuja história se desenrola por meio de suas ações. Desde protegendo aldeões, até derrotando criaturas poderosas, conhecemos a verdadeira índole do personagem. Diferente de um mundo aberto como visto em determinados games souls, aqui, temos um sistema de fase que costuma nos levar por três níveis diferentes até o boss que nos aguarda até o final da missão.

    Tendo bosses mais difíceis do que um game das franquias Souls, ouso dizer, que em seu cerne, The First Berserker se assemelha mais a Nioh por seus sistemas e progresso. O que vemos em Nioh também é visto aqui, mas para ser mais específico, além do visual, temos uma skill tree para cada uma das armas. Mas lembra ao mesmo tempo, Monster Hunter.

    Sendo elas armas de dupla empunhadura, espadas longas ou lanças, cada uma delas faz o game ser completamente diferente. Mas não para por aí. Uma função brilhante do game, é o fato da gente poder redistribuir quantas vezes quiser os pontos de habilidades pela Skill Tree sem gastar nenhum item para isso. Mas também o fato do game mudar de acordo com as armas que empunhamos, força os jogadores a se adaptarem e escolherem a arma com que jogam melhor.

    Khazan

    Mas não apenas isso, cada arma possui aspectos que beneficiam certos tipos de gameplay. Para jogadores focados em ação e combate de curta e média distância, as armas de empunhadura dupla talvez sejam a melhor pedida. Já para os que preferem usar parry em combate, os jogadores talvez escolham usar a espada longa. Agora, para os jogadores que preferem a esquiva, recomendo o uso de lanças. Este último foi o meu favorito, que mesmo a esquiva – no último segundo -, causa dano ao inimigo.

    A árvore de habilidades de Khazan giram em torno destas 3 armas e um quarto galho descende delas. Ou melhor, é referente aos movimentos defensivos e de esquiva.

    Outro ponto interessante do game vem do fato de que toda peça de armadura que você encontra no game – independente de sua raridade -, possui um conjunto. E este conjunto confere benefícios únicos de status.

    HUB e mais!

    A HUB do game, ou melhor, nosso acampamento se dá na Fenda. O ponto intermediário entre o mundo real, espiritual e é também, o ponto de partida das missões. As missões do game é o que nos lança nas fases deste. Separando a história de Khazan dos outros habitantes de Arad, é possível reunir um número interessante de aliados. E a fim de descobrir a razão do nosso personagem ter sido possuído e o que perturba o mundo da magia, o ex-general faz um pacto com o Espírito da Espada, e pode fazer uso da Espectromorfose, que o confere poderes dos espectros que escolhemos ter ao nosso lado.

    Podendo coletar recursos, forjar itens e até mesmo melhorar os que já temos, Khazan precisará resgatar aliados preciosos que irão propiciar seu progresso por meio de auxílios únicos. Por meio de uma jornada que irá nos lançar por um mundo rico em detalhes, visual estonteante e uma mecânica redonda em tudo que promete, The First Berserker: Khazan talvez seja o soulslike que mais me prendeu atenção e me fez querer melhorar no que diz respeito às suas mecânicas.

    Rico em minúcias, este deve ser o game do gênero de maior esmero e detalhes em relação à árvore de habilidades e em nos proporcionar diferentes dinâmicas e mecânicas dentro dele mesmo.

    Por mais que o diretor do game o chame de um RPG de ação, está claro que ele se embebeu de referências como Demon’s Soul, Nioh, Dark Souls, Elden Ring e Sekiro.

    Ao passo em que nos desafia, Khazan nos mostra que mesmo possuído é mais humano e real do que todos os outros jogos do mesmo gênero. Enquanto chafurda nas referência mitológicas como Charon, a Nexon cria aqui um game direto ao ponto e um dos pontos mais altos do que gênero que foi criado em 2009, por Hidetaka Miyazaki.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    The First Berserker: Khazan foi lançado no dia 27 de março para o PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

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    Jogos que comemoram o Ano da Serpente com eventos especiais

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    O Ano Novo Lunar sempre traz um leque de eventos temáticos dentro do universo dos games. Em 2025, celebrando o Ano da Serpente de maneira criativa, grandes títulos como League of Legends, Valorant e Teamfight Tactics não deixaram a data passar em branco, lançando skins, desafios e recompensas inspiradas na simbologia da serpente. Até mesmo a gigante dos jogos de cassino, PG Soft, aproveitou o calendário lunar para lançar o Fortune Serpent, o jogo da cobra, mais um título para a série que trouxe fama ao Tigrinho.

    League of Legends e a ascensão dos Criadores Míticos

    O Festival Lunar de League of Legends foi um dos grandes destaques do período festivo, trazendo a linha de skins Criadores Míticos. Entre os campeões que receberam novos visuais, Cassiopeia, um dos ícones reptilianos do jogo, ganhou um tratamento especial. O evento ainda contou com a animação A Ponte Espiritual, reforçando a atmosfera mitológica da comemoração.

    Ano da Serpente

    Já em League of Legends: Wild Rift, os jogadores foram presenteados com o “Saco de Brindes” gratuito e puderam jogar com todos os campeões desbloqueados por tempo limitado, permitindo uma experiência mais acessível e divertida.

    Teamfight Tactics não ficou para trás e resgatou o conjunto Destinos: Festival das Feras, um dos mais celebrados entre os fãs do jogo. Entre as novidades, foram lançadas skins inéditas para pequenas lendas e cosméticos especiais como Zoe Criadora Mítica Chibi e Jhin Cosmos Negro Liberto, dando um ar ainda mais místico ao tabuleiro.

    Valorant traz skins inspiradas na Serpente

    O FPS tático da Riot Games também entrou no clima, introduzindo o Passe do Evento Ano da Serpente e a coleção de skins Serpentálica. A estética foi inspirada na mitologia chinesa, trazendo detalhes dourados e efeitos visuais dinâmicos que evocam o movimento hipnótico de uma serpente. Além das skins, o evento trouxe missões temáticas e recompensas exclusivas para os jogadores que participaram durante o período festivo.

    Ano da Serpente

    Para aqueles que curtem uma experiência mais casual, o Google trouxe um toque de nostalgia ao seu Doodle interativo, permitindo que os usuários jogassem uma versão repaginada do Jogo da Cobrinha diretamente na página inicial do buscador. A jogabilidade clássica foi mantida, mas com um visual inspirado no Ano da Serpente, tornando a experiência ainda mais envolvente.

    O jogo da cobra é o novo slot da PG Soft que promete agitar os cassinos online

    O mercado de cassinos online também entrou na onda do Ano da Serpente com o lançamento de Fortune Snake, um slot da PG Soft que mistura elementos culturais com uma pegada moderna e vibrante. Também chamado de jogo da cobra, o game apresenta uma grade 3x4x3 com 10 linhas de pagamento ativas e mecânicas inovadoras.

    Com um estilo que combina o espírito do Ano Novo Lunar ao ritmo do hip-hop, o jogo da cobra entrega uma experiência visual e sonora única, enquanto oferece chances de ganho de até 5.000x a aposta.

    Destaques do jogo da cobra:

    • Wilds Empilhados com Multiplicadores: quando três wilds aparecem na bobina central, eles expandem e ativam um multiplicador de 10x, potencializando as chances de vitória.
    • Recurso da Cobra: um bônus aleatório que seleciona apenas wilds e um símbolo regular para aparecer na grade, maximizando as combinações possíveis.
    • RTP de 96.75%: mantendo um equilíbrio entre apostas e retornos, o jogo apresenta uma volatilidade baixa, ideal para quem busca ganhos frequentes.

    O Ano da Serpente trouxe celebração dentro dos games, unindo tradição e tecnologia para oferecer eventos tradicionais. Seja explorando arenas competitivas, participando de festivais in-game ou girando as bobinas de um slot temático, tanto o Jogo da Cobra como os melhores jogos digitais continuam investindo em cosméticos para celebrar o calendário chinês.