O cenário nacional de quadrinho é rico, belo, muito empolgante pela pluralidade de mentes criativas tão brilhantes que usam da nossa cultura, realidade e até mesmo os nossos sonhos para contar belas histórias como é o caso de Estados Unidos da África escrito por Anderson Shon com arte feitaDaniel Cesart.
O quadrinho vencedor da 36° edição do Troféu HQMIX nas categorias Publicação Independente Edição Única, Novo Talento para Daniel Cesart, teve a sua primeira edição publicada em 2023 após uma campanha de sucesso no Cartase e um segunda edição no ano seguinte com a distribuição da Bebel Books.
A história de Estados Unidos da África é sobre Serge Ekondo, um homem comum, pedreiro, nascido na República dos Camarões, casado com a professora Julien e pai de duas crianças. Após ser guiado pela entidade Mama Bamiléké, ele se torna o super-herói Rei Bantu, tendo como grande missão acabar com as injustiças e os sofrimentos sistêmicos que o povo preto vive até hoje. Nessa jornada, ele vai entender que não são apenas seus poderes que representam a solução para essas questões.
Em um primeiro momento, o que mais ganhou a minha atenção ao ler as primeiras páginas de Estados Unidos da África foi a excelente combinação entre prosa e história em quadrinhos. A experiência de leitura se torna mais bela porque lemos, imaginamos e, logo ao lado, temos isso traduzido em uma imagem que corresponde ao que estamos pensando sobre os personagens e a ambientação desse universo altamente rico.
Mas essa riqueza não está apenas no conjunto de desenho e roteiro. Podemos refletir sobre eles separadamente, através do trabalho primoroso realizado pelo quadrinista Daniel Cesart, que nos brinda com aspectos visuais, referências do nosso mundo real e uma construção criativa que resulta em algo tão poético e crítico, a ponto de seu desenho expressar os sentimentos dos personagens de forma tão profunda quanto as palavras escritas.
Em Estados Unidos da África, nós, pessoas negras, podemos ser perfeitamente representados cultural e visualmente, sendo isso emocionante e muito inspirador.
Quanto ao roteiro, é muito interessante como ele funciona de forma coesa entre o quadrinho, a prosa e uma perspectiva acadêmica que me agradou imensamente, incorporando no enredo referências como Conceição Evaristo, Bob Marley e Nelson Mandela, que transformam o universo dessa história em um elemento vivo, em constante crescimento. Essa combinação de elementos torna Estados Unidos da África uma obra que não é apenas um quadrinho pelo entretenimento, mas uma narrativa fortemente política, com excelente representação e um viés acadêmico que não encontramos com tanta facilidade nesse meio.
É importante ressaltar que a grande beleza no conjunto dessa HQ está em romper com alguns estereótipos que o gênero de super-herói costuma reforçar, como o protagonista que é apenas um guardião e não se atenta a ser uma figura transformadora no seu mundo.
O Rei Bantu não é apenas aquele herói de ação com grandes combates. Na verdade, podemos observar que sua grande luta é enfrentar os males do povo negro, que vão além de tanques e bandidos armados: trata-se de toda uma estrutura social que explora o continente africano há séculos, e que a história eurocentrada faz questão de esquecer por ser parte dessa destruição.
Muito me agrada ler histórias com protagonistas negros, onde essas figuras heroicas são construtoras em sua essência. Da minha perspectiva, Serge é exatamente esse tipo de personagem, desde sua origem, pela profissão, passando pela relação com Julien, sua esposa, e seus filhos, onde ele carrega o sonho de algo muito melhor para eles, sonho que, ao se transformar em Rei Bantu, se estende para toda a população do continente africano em um plano de união.
Em quadrinhos, geralmente existe uma suspensão de crença na construção de mundo. Nesta obra, Shon e Cesart seguem um caminho oposto, colocando elementos da nossa realidade, citando pessoas, fatos e acontecimentos que se mesclam à faceta ficcional, transmitindo ao leitor uma mensagem esperançosa e otimista.
Estados Unidos da África é uma HQ que representa a força do cenário nacional de quadrinhos: uma história poderosa, marcante, poética e profundamente emocionante, sobre um herói que luta não apenas com sua força física, mas também com seu intelecto e carisma, para criar um mundo no qual pessoas negras não vivam em sofrimento, mas com a esperança de dias melhores.
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A primeira temporada de Gen V terminou com um gosto amargo, com Andre (Chance Perdomo), Emma (Lizze Broadway), Jordan (London Thor/Derek Luh) e Marie (Jaz Sinclair) presos em Elmira, a prisão de supers. E aquela, é a última vez que os vemos. Isto é, antes de encontrá-los novamente no início da segunda temporada.
A história começa quase que no meio, e muito parece ter acontecido entre uma temporada e outra – entre The Boys e Gen-V e vice-versa. Após a morte de Victoria Neumann, agora vista como mártir, o ódio dos supers em relação aos humanos continua crescendo. Nossos heróis, porém, parecem temer algo além dos próprios humanos.
Após descobrirem uma trama profunda, de humanos que planejavam exterminar supers para sempre e uma estação de testes secreta na universidade Godolkin, a segunda temporada adentra a uma trama oposta ao que a primeira temporada da série foi. De modo que os acontecimentos do último episódio da primeira temporada ainda ressoam por aqui. Com Cate (Maddie Phillips) e Sam (Asa Germann) ainda “pagando” o preço por suas ações, novos personagens entram em cena para movimentar a história.
Godolkin University e progressão
A chegada do novo diretor à Godolkin University, Cipher (Hamish Linklater), eleva os riscos a um nível ainda maior do que o da temporada anterior. A trama mudou bastante para se adaptar às atuais condições da série – com a morte de Chance Perdomo em 2024. Sem Andre, outros personagens ganharam espaço para crescer e se tornarem muito mais do que na primeira temporada. Como seu pai, o herói Polaridade (Sean Patrick Thomas), que precisa lidar com o luto de perder seu filho e as degenerações em seu cérebro causada pelo uso intenso de seus poderes.
Polaridade, aqui, tem um papel muito importante, inclusive na relação com Emma, que serve sempre como um lembrete do que Andre foi no passado. Ver a evolução dos personagens em duas temporadas de Gen V mostra um progresso maior do que vimos em The Boys até agora. Enquanto o spin-off ousou inovar, The Boys parece ter se acomodado, servindo em grande parte apenas como uma longa barriga narrativa.
Subindo muito o sarrafo em relação ao potencial destrutivo de seus personagens, o spin-off teve a coragem de colocar alguém páreo ao Homelander. A história de Marie Moreau aqui, é de se reencontrar com quem ela é, mas não apenas isso. A temporada busca explorar quem ela pode verdadeiramente ser, é claro, que não da forma mais agradável.
O passado de Marie e o futuro
Enquanto segredos são revelados, o passado, o presente e o futuro de Marie convergem. Ao passo que somos lançados em algumas das mais loucas e ao mesmo tempo pé no chão das temporadas, a série liga à Marie a solução para alguns dos maiores problemas da série: a escalada de poder de Homelander e sua crescente loucura.
Aqui, existe uma clara escalada de poder e a trama avança, Gen-V mostra seu potencial de ser mais do que a série principal. Enquanto prepara o terreno para o fim de ambas as séries, a série muda completamente os paradigmas de poderes. Pendendo a balança em relação à resistência, a série pode parecer apenas como um apêndice de tudo que foi mostrado para além do que foi visto até aqui, mas engana-se quem nunca deu uma chance a ela.
Com personagens bem construídos e aprofundados, Gen-V acerta onde The Boys falha miseravelmente: dar camadas reais a seus personagens. Compreender que spin-offs têm como intuito desenvolver melhor seus mundos, e não apenas servir como apêndices para repetir as histórias das série principais é importante. E em Gen-V, esta é a máxima: não repetir fórmulas.
O que The Boys deveria aprender com Gen-V
Evitando ao máximo repetir tudo que foi feito até aqui, a showrunner Michele Fazekas acerta ao escolher o caminho pelo qual quer enveredar sua história, dando a Andre o título de herói, mas mais do que isso. Fazendo com que Marie, Emma, Jordan, Cate, Sam e agora, Annabeth sejam o que eles estão destinados a ser, uma adição muito mais rica à resistência do que a própria Luz-Estrela e o Trem-Bala.
Enquanto a quinta e última temporada de The Boys não tem data de estreia, recomendo assistir Gen-V, mas mais do que isso, analisar a série como um respiro em relação a tudo que a série principal tem de ruim.
Confira o trailer da temporada:
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Dizem que o cão é o melhor amigo da humanidade. No entanto, a mais recente produção do gênero terror sobrenatural tem uma proposta um tanto diferente do que estamos acostumados. Partindo dessa relação tão afetiva quanto conhecida, o filme explora um lado inesperado deste vínculo. Bom Garoto é um filme dirigido por Ben Leonberg conhecido pelo filme The Fisherman’s Wife, desenvolvendo o roteiro ao lado de Alex Cannon. O protagonista é o Nova Scotia Duck Tolling Retriever do cineasta tendo como companheiros de tela Shane Jensen, Arielle Friedman e Larry Fessenden.
A história de Bom Menino é contada da perspectiva do cachorro Indy e seu dono Todd que se mudam para a casa de campo da família após a morte de um parente e neste lugar, que antes pertencia ao avô de Todd, é conhecido pelas pessoas por ser assombrado por um demônio maléfico.
Ignorando todos os rumores sobre a residência Todd abre caminho para que seu cachorro passe a enxergar presenças fantasmagóricas, sobrenaturais pelos cantos aparentemente vazios enquanto seu ele mesmo passa a sucumbir às forças sombrias sendo seu melhor amigo o único a confrontar essa entidade.
Bom Menino é um filme que pode não chegar fazendo muito barulho como uma grande produção de terror, mas vai agradar por sair da posição de conforto caso você seja um espectador que procure por longa que seja diferente de outras produções desse gênero vai ser uma boa opção.
A direção conta toda a história pela perspectiva de Indy utilizando elementos cinematográficos muito semelhantes ao que já vimos nas produções no estilo found footage, causando uma boa construção de tensão para os momentos que o cachorro tem contatos com o sobrenatural.
Utilizando isso os elementos não verbais inseridos em cena vão ganhar mais destaque como a trilha sonora preparando tudo para causar algum susto ou ter alguma revelação que seja pertinente a respeito dos acontecimentos que ocorrem na casa.
O foco nessa forma de conduzir a trama também pode ser evidenciado através dos poucos diálogos que temos ao longo de uma hora e treze minutos da exibição do filme o que em alguns momentos acaba afetando o ritmo, mas não incomoda a experiência cinematográfica como um todo.
Outro ponto interessante é como não vermos o rosto do Todd temos a ambivalência de saber quais momentos ele está possuído ou em sofrimento por outra situação que vamos conhecemos ao longo do filme.
A respeito de atuações o grande destaque do filme é o Indy que assume o protagonismo do longa e vai ser através de seus olhos, curiosidade, o desejo de proteger seu amigo que vamos descobrindo a faceta sobrenatural da trama com uma boa ajuda da direção em aproveitar o melhor disso.
O filme tem uma conclusão que é muito interessante porque vai apelar para as nossas emoções para que em algum ponto deste terceiro ato alguém tenha um final positivo para o seu personagem principal.
Bom Menino é um filme diferente do que estamos acostumados no gênero, utilizando uma linguagem interessante e uma perspectiva peculiar vemos uma das boas produções do gênero terror neste ano.
Confira o trailer do filme:
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Persona 3 Reload foi um dos remakes mais aguardados, já que o título, na era do PlayStation 2, conquistou diversos fãs pelo mundo. Uma verdadeira aula de como fazer um remake sem perder a essência criada pelo clássico, e ainda apresentar a franquia para novos jogadores.
O remake moderniza a franquia com gráficos totalmente refeitos, adições de cenas extras entre os personagens, nova dublagem e músicas novamente incríveis e apaixonantes. Apresenta muitas melhorias de vida e torna a jornada muito mais agradável de se aproveitar.
O jogo foi lançado oficialmente no dia 2 de fevereiro de 2024 para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S; porém, agora, no dia 23 de outubro de 2025, está chegando para o Nintendo Switch 2.
Agradeço à Sega Brasil por fornecer uma chave antecipada do game, para que eu pudesse jogar e produzir este e outros conteúdos. Dessa forma, consigo contar como foi minha experiência com Persona 3 Reload em 2025, no novo híbrido da Nintendo.
Sinopse
Mergulhe na Hora Sombria e desperte as profundezas do seu coração. Persona 3 Reload é uma reimaginação cativante do RPG que redefiniu o gênero, agora repensado para a era moderna com gráficos e jogabilidade de ponta.
Apenas no Switch 2
O game está chegando apenas para o hardware mais atual da Nintendo, o Switch 2, pois a Atlus informou que seria muito difícil trazer o jogo para o Switch 1 e o 2 ao mesmo tempo, já que isso causaria um atraso bem grande no lançamento do jogo.
Então, a versão de Switch 1 foi considerada e descartada para dar foco ao console mais atual. Provavelmente, também decidiram priorizar essa versão para não se distanciarem da data de lançamento do Switch 2 e, claro, por conta do seu novo poder gráfico, com um novo processador da Nvidia e a possibilidade do uso do DLSS.
Persona 3 Reload já se provou um excelente remake e, aqui, demonstra isso novamente. Jogá-lo em modo TV ou em modo portátil é incrível, principalmente no modo portátil, onde parece surreal um jogo como esse rodando na palma da sua mão.
Inclusive, o jogo contém uma demo disponível na eShop, e eu recomendo que você jogue, pois é possível aproveitar o game até o primeiro grande boss — e isso significa muito conteúdo para curtir, podendo testar o jogo diretamente com todas essas melhorias, rodando na sua mão e com localização em PT-BR.
Você pode carregar o seu save para o jogo final depois, e isso é bem importante. Eu joguei a demo antes de saber da notícia do recebimento da chave e, assim que abri o jogo, ele já identificou meu save da demo e perguntou se eu queria carregá-lo. Não tive problema nenhum, portou o save corretamente e continuei de onde parei.
O jogo está lindo no Switch 2, o que me surpreendeu. Mas não só isso: o novo hardware dá conta do recado, sim. Vi diversas reclamações sobre o Switch 2 não rodar bem o P3R em questão de performance, e entendo as reclamações, principalmente numa demo.
Porém, ao jogar o game completo, notei que já está bem melhor mesmo. Os 30 FPS são bem satisfatórios e se mantêm por muito tempo. Eu só vi leves quedas de FPS correndo pelo Tártaros em alguns momentos. No dia a dia, em batalhas etc., não vi quedas de FPS durante toda a minha gameplay. Também não tive outros problemas, como o jogo fechar, congelar ou bugar.
Meu maior medo era que o jogo, visualmente, não entregasse algo bom, ficando esticado ou com muitos defeitos visuais na tela do portátil ou na TV com o Switch 2. Felizmente, isso não aconteceu: o jogo é muito bonito em ambos os casos.
Lembra bastante a experiência do PS4, porém um pouco melhor.
O Jogo
Persona 3 Reload é um JRPG por turnos completo, com todos os detalhes bem trabalhados, com a alma do clássico, mas com cara de moderno.
Consegue entregar uma experiência completa de JRPG na modernidade. As melhorias de vida vão além de salvar a qualquer momento e acelerar o game: estão presentes nas músicas, textos, dublagem, batalhas, na possibilidade de trocar equipamentos sem precisar ir ao Tártaros e falar com um personagem por vez. Estão também nos gráficos, nas legendas em PT-BR e muito mais.
Começamos o jogo controlando nosso protagonista, um estudante recém-transferido. No caminho para o dormitório designado, vemos caixões por toda parte e, nesse primeiro momento, não entendemos o motivo. Mas, em poucos dias, somos apresentados à trama do jogo e à sua jogabilidade.
Enfrentaremos desafios na Hora Sombria, ao entrarmos na torre de Tártaros com nossa equipe. Subiremos andar por andar, eliminando sombras e descobrindo o motivo da existência dessa torre. Aqui também entendemos que o jogo funciona como um Dungeon Crawler.
A cada vez que entramos no Tártaros, ele estará diferente, com itens e sombras em locais novos, tornando a experiência cheia de novidades. Além disso, essa foi uma parte do jogo que, no clássico, acabava enjoando rapidamente, mas aqui melhoraram muito a experiência no remake. E, sim, conforme avançamos, a temática, as sombras, os itens etc. vão mudando.
Conforme enfrentamos essas sombras, teremos a hora das cartas, onde podemos adquirir novas Personas, que podem ser fundidas na Velvet Room. Esse local é de extrema importância para a história — vamos conhecê-lo no começo do jogo, mas, além disso, é nosso hub para melhorar nossas Personas. Devemos sempre fundi-las para obter versões mais fortes que nos levarão ao fim do jogo.
Mas vai além: no dia a dia, temos atividades escolares, trabalhos etc. que podemos realizar, mas também temos os Vínculos Sociais. Fortalecer esses vínculos faz com que nossas Personas se tornem ainda mais fortes e, além disso, acompanhamos a história do jogo de forma mais profunda. Cada Vínculo Social tem uma história e uma reflexão sobre a vida, e isso é muito importante.
Persona 3 Reload apresenta sua história em diversos diálogos e textos, então a parte de vida social é basicamente uma visual novel, muito bem construída e adaptada, com diversos temas difíceis de serem abordados e, em outros momentos, mais leves, já que a vida tem altos e baixos. Com certeza, você levará vários momentos desse jogo para a sua vida.
Assim como não duvido que as músicas fiquem na sua playlist por muito tempo.
O estilo de combate por turnos é muito divertido, você quer testar o máximo de Personas possíveis, explorar as possibilidades para descobrir as forças e fraquezas de cada inimigo. Principalmente porque, nesse jogo, ao acertar uma fraqueza, você ganha uma ação extra. Mas os inimigos também podem obter essa vantagem se acertarem a fraqueza do seu time.
Por isso, pensar com cuidado e ter uma boa estratégia renova a gameplay e te faz avançar muito. Esse é um título que vai além de apenas seguir em frente e atacar sem pensar.
Vale o Preço?
Persona 3 Reload, em sua versão base, está custando R$ 299,90. Além dela, temos a versão Deluxe, por R$ 349,90, e a versão Premium, por R$ 444,50.
Na versão Deluxe, você receberá também o Livro de Arte Digital e a Trilha Sonora Digital. Já a versão Premium adiciona mais trajes para você utilizar.
Nas pré-vendas, todas essas edições têm um bônus: o Kit MF Persona 4 Golden (bônus exclusivo para compras até a data de lançamento).
Porém, ainda não temos a DLC Episode Aigis nem o Expansion Pass. Foi revelado pela Sega que a DLC estará disponível no dia 23, o dia do lançamento do game.
Então, sim, o jogo veio custando o preço de um título novo. Mas ele vale a pena se você é muito fã de Persona, queria jogar esse jogo, mas só tinha Switch, e agora adquiriu, ou vai adquirir, um Switch 2. Com certeza, esse título não pode passar despercebido. Já deixa ele na wishlist, baixe a demo e curta bastante.
E, se você for uma pessoa que gosta muito de JRPGs, ainda não jogou Persona e está pensando em começar, o Persona 3 Reload é a melhor porta de entrada da franquia. Com certeza, você vai se apaixonar e não vai querer soltar o controle, fazendo valer cada centavo investido.
Já que esse é um jogo feito com muita atenção, carinho e conteúdo, não duvido que, assim como eu, você passe mais de 100 horas jogando e querendo viver ainda mais dessa experiência incrível que Persona 3 Reload apresenta.
Em caso de aquisição física do jogo, ele será no formato Game Key Card, o que divide opiniões. Você terá um cartucho na caixa, mas nele há uma chave de validação (que, sim, pode ser reutilizada, não ficará vinculada ao seu console ou conta). Isso faz com que jogos que precisam de mais velocidade tenham bom desempenho no Switch 2, mas, sim, desagrada os fãs colecionadores de mídias físicas (me identifico aqui).
Conclusão
Joguem Persona 3 Reload.
Ah, ok, não posso dizer só isso, não é? Persona 3 Reload já foi lançado há algum tempo, então sim, ele já se provou um bom jogo. Muitos dos elogios que escrevi aqui nem são novidade. É um ótimo JRPG, com turnos, história e diversos conteúdos bem trabalhados e bem amarrados.
O que afasta é o preço cheio, já que ele foi lançado em outras plataformas, já esteve no Game Pass (finado Gema Pass, né?) e já recebeu diversas promoções nessas plataformas. Espero ver o game em promoção no Switch 2 em breve também, tornando-o mais acessível para diversas pessoas.
Ainda assim, é um ótimo jogo a se considerar. Se você não tem essas outras plataformas e chegou agora ao Switch 2, ou está comprando o novo console, Persona 3 Reload vai te ajudar a aproveitar ainda mais o seu novo videogame, e provavelmente mostrar que valeu cada centavo do investimento.
É fã de JRPGs, turnos, história densa, batalhas estratégicas, dungeon crawler, visual novel e mais? Persona 3 Reload é para você.
Confira o trailer do game:
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Um bom conto de fadas sombrio, sempre que possível, é uma boa oportunidade de aproveitar uma história. Isso, ampliado em uma experiência de jogo, se torna muito melhor pela imersão que a interação que os games proporcionam para os seus usuários e, com uma estética chamativa, vai despertar a curiosidade, como é o caso do título Bye Sweet Carole.
Inspirado em animações clássicas, o jogo é desenvolvido pela Little Sewing Machine, liderada pelo artista Chris Darril, responsável pelo roteiro e direção, tendo seu lançamento ocorrido no dia 9 de outubro para PlayStation 5, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC via Steam.
A história de Bye Sweet Carole é ambientada na Inglaterra do século XX. Enquanto o movimento sufragista começa a redefinir a sociedade, a jovem Lana Benton procura por sua amiga desaparecida, Carole Simmons.
Sua jornada a leva até o orfanato Bunny Hall e ao misterioso reino de Corolla, um lugar controlado pelo sinistro sr. Kyn, a implacável coruja Velenia e enxames de terríveis coelhos de piche, enquanto outros habitantes a chamam pelo título de princesa.
Mergulhando entre dois mundos, vamos descobrir, através dos olhos de Lana, a assombrosa verdade escondida no desaparecimento de Carole.
Sweet Carole é um jogo que, visualmente, vai impressionar os jogadores em uma narrativa que vai ser muito impactante, mesclando um momento histórico muito importante com referências a alguns contos que são muito conhecidos.
Impressiona em diversos níveis, como a escolha criativa de usar o formato de animações clássicas consegue fluir de forma tão natural na experiência de jogo, pois, quando vemos a movimentação de Lana pelo cenários, sua interação com os objetos ou demais personagens que estejam no mesmo quadro, não ocorrendo nenhum tipo de bug ou qualquer forma de descontinuidade.
Isso vai resultar em uma experiência de jogo que vai despertar um sentimento nostálgico, por se tornar um conto de fadas interativo, porém com uma narrativa muito mais sombria e reflexiva.
As mecânicas de jogo são muito fáceis de se aprender, o que acaba se tornando uma experiência de jogo menos desafiadora, com o foco muito maior na resolução de quebra cabeças e em se esconder de inimigos do que essencialmente em um combate. Nesse elemento de luta, é possível encontrar uma semelhança com Cuphead pela combinação do visual com o confronto contra os coelhos de piche e outros inimigos que irão surgir no caminho.
Apesar da sua aparência de algo mais mágico, em diversos momentos Sweet Carole vai nos lembrar que é um conto do gênero de terror, através dos monstros que irão surgir na história, as cenas que ativam quando erramos em alguma ação ou ser derrotado por inimigos. E isso é interessante, porque sempre nos coloca na direção do peso narrativo que o roteiro pretende nos contar.
Falando no enredo, acredito que esse seja o ponto que merece elogios quanto a experiência desse jogo, porque é uma ideia original, cheia de referências muito fortes, como Alice no País das Maravilhas, e, sem revelar os detalhes mais importantes, pude compreender que os acontecimentos com Lana são uma jornada de autodescoberta em concomitância a um mundo que está em uma revolução, onde uma mulher com a sua coragem se torna de grande importância.
Bye Sweet Carole é uma experiência visual e narrativa que vai impressionar: uma jogabilidade que irá colocar o jogador na condição da protagonista, podendo explorar o mistério sombrio por trás do desaparecimento de uma pessoa tão querida.
Confira o trailer do game:
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Antes mesmo de pertencer à Ubisoft, a franquia Anno surpreendia por como nos mostrava o que se propunha a fazer. Graças às limitações gráficas e de gameplay cumpria o que se propunha de maneira rica, porém, limitada. ‘Anno 1602: Creative of a New World‘ nos lançava à época das grandes navegações, e havia sido o título ambientado mais ao passado desde então. Fui surpreendido pela Ubisoft ao receber o convite para analisar Anno 117: Pax Romana.
Não por não entender muito as dinâmicas por trás, do gênero, mas pela frustrações que city builders e games rts costumam me trazer. De modo que estes tenham me tirado muito da imersão.
Em Anno 117, tive algumas sensações parecidas em uma das minhas runs, apenas para entender melhor como as dinâmicas do game se davam. E acho que isso faz parte do ciclo de gameplay. Jogar e repetir apenas para dar ao nosso “Império” a glória que ele merece.
A Ubisoft acerta ao nos inserir no contexto da Roma. Optando por diversos conceitos já conhecidos, mas adentrando nas minúcias de uma sociedade bem diferente da nossa, o game nos força a compreender como essa sociedade funciona.
Com dois modos muito bem definidos, Anno 117: Pax Romana nos permite escolher entre o modo história e o sandbox. O primeiro modo muito me chama atenção, mais por enfrentarmos a realidade e o impacto das nossas ações na sociedade que estamos prestes a criar. No controle da cidade Juliana, é possível escolher entre os dois irmãos — com histórias bem diferentes.
Anno 117: Pax Romana será lançado para PC, PlayStation 5, Xbox Series X/S no dia 13 de novembro de 2025.
Talvez, daqui em diante, eu aborde mais sobre o modo história do que o modo sandbox.
Irmãos, diferentes backgrounds e rumo da história
A Ubisoft Mainz desenvolveu o jogo que nos coloca no controle dos irmãos Marcia Tertia ou Marcus Naukratius, o game nos oferece um background e história bem diferentes. Desde uma jovem prometida a um governador, filho do Imperador. Até o irmão, um homem sentenciado pelo seu próprio pai a viver como um servo — ou apenas trabalhar.
Anno 117: Pax Romana surpreende os jogadores por como envereda sua história, mas também pelos caminhos narrativos e de gameplay. Os diferentes backgrounds tem um impacto na jornada tanto de Marcia, como de Marcus. Ambas as jornadas nos colocam no controle da recém-criada Juliana. Vindos do Egito, cada irmão possui uma jornada distinta. Marcia cuida da cidade e das finanças sem nunca ter visto seu futuro marido, e Marcus precisa ter um choque de realidade e mudar de vida, fazendo a cidade de Juliana crescer.
Durante suas jornadas, os dois recebem a missão de reconstruir a cidade. Mas é o Imperador quem lhes confia a missão. O nosso primeiro ajudante em Juliana é o escravizado Ben-Baalion, um homem sábio que nos auxiliará na jornada desde os primeiros minutos.
Com clássicos elementos da fundação da cidade, Anno 117 possui alguns detalhes interessantes. Desde como de qual forma lidaremos com a situação dos escravizados — algo presente na Roma Antiga e até bem depois —, bem como a dinâmica de como Marcia precisa se provar valorosa em um mundo governado por homens. Sendo questionada o tempo todo por suas ações e tendo missões opcionais de acordo com a personagem, o game faz todas as dinâmicas serem ricas.
Paixão por algo, após enorme frustração
Ouso dizer ainda, que alguns dos elementos que me fizeram sentir incomodados, são agora, os mesmos que me fizeram sentir vontade de jogar o jogo sem parar.
A riqueza de detalhes e dinâmicas, fazem de Anno 117: Pax Romana um dos pontos mais altos da franquia. Belezas referentes às mecânicas muito particulares, assim como os múltiplos passos para o sucesso da jornada ainda é algo que me deixam encucado.
A criação de templos e grammaticus favorecem bastante nossa progressão e nos auxiliam. Os templos nos permitem escolher os deuses patronos, que proporcionam diferentes buffs. Céres, Netuno, Marte e outros, nos guiam em caminho do reino que queremos nos tornar. Céres nos dá buff em colheitas e produção de itens que ocasionam nas melhorias das habitações, Netuno nos dá um buff relacionado à embarcações e pesca, já Marte, nos favorece em combate e no controle/progressão de tropas de defesa e ataque.
O Grammaticus, citado anteriormente, nos proporciona a possibilidade de realizar pesquisas que só nos farão avançar. Desde pesquisas avançadas, que nos possibilitam melhorar os quartéis, os depósitos ou até mesmo os muros e as ruas da cidade, Anno 117 faz esta ser a jornada mais profunda dos games até hoje. Relembrando aos jogadores fatos interessantes de criações e costumes romanos, como o uso de roupas feitas de cânhamo, ou a criação de rodovias, aquedutos e afins, o game surpreende e mostra o imenso trabalho de pesquisa feito.
Jornada, eventos randômicos e criação de um sentido de “povo”
Revelando até mesmo embates entre os celtas e os romanos, o game nos oferece a opção de escolher de qual lado ficar. Atingindo marcos referentes a seguidores, habitantes e afins, a cidade pode prosperar. Nos rebelando contra o Império ou não, depende de nós escolher como guiaremos nossa jornada. Ao lado de Ben-Baalion, seja com Marcia ou Marcus, cada personagem encontrará um desafio muito pessoal. Seja o motivo de se provar como uma mulher regente em meio à tantos homens, ou como o jovem que precisa superar suas próprias dúvidas e ascender como o regente apontado pelo Imperador.
Com quicktime events, como ataques, festivais e celebrações, a ilha precisa estar pronta para qualquer problema que surgir. Mesmo que o problema sejam os próprios habitantes da ilha — que ocasionalmente causam incêndios sem querer — que podem vir a se rebelar, ou causar problemas maiores.
Anno 117 surpreende por como conta a sua história, mas ainda mais pela maneira como desenvolve seu jogo. É quase palpável perceber o efeito direto de nossas ações, causa e consequências se manifestam diante de nós. A forma como cuidamos de nossas cidades, transformando-as de um simples descampado em uma vila rural e, por fim, em uma metrópole romana como as conhecemos e idealizamos, é tão envolvente quanto gratificante.
Por meio de costumes, ou pela interação com os habitantes daquele lugar, nosso personagem, a/o regente nomeado pelo Imperador, ambos precisarão prosperar mesmo quando tudo se puser contra eles e o sucesso da ilha e de seu povo. Sendo deixados de certa forma à própria sorte, Marcia ou Marcus precisam escolher por qual caminho guiarão sua própria ilha, escolhendo para si e seu povo o que é de fato ser romano.
Confira o trailer do game:
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