CRÍTICA – Beleza Eterna (2020, Craig Roberts)

    Beleza Eterna é um filme dirigido e roteirizado por Craig Roberts (Submarino) e estrelado por Sally Hawkins (A Forma da Água) e está disponível on demand.

    SINOPSE

    Beleza Eterna

    Jane (Sally Hawkins) é uma mulher que quando jovem foi abandonada no altar. Atualmente ela convive com a depressão e a esquizofrenia, vivendo de uma forma difícil.

    Todavia, com a chegada de Mike (David Thewlis), um músico falido, sua vida muda por conta deste novo amor.

    ANÁLISE

    Beleza Eterna

    Afinal de contas, o que é felicidade? Ou melhor, o que é ser normal? Beleza Eterna nos dá uma perspectiva de como responder estas duas questões.

    Ao abordar de forma cruel e tragicômica todas as peripécias de Jane, o longa tem o intuito de apresentar de uma forma bastante agridoce a vida de uma pessoa entregue à depressão.

    Logo no começo temos a protagonista em sua juventude realizando o seu sonho de vida, uma vez que ela irá se casar com seu grande amor. No entanto, logo temos uma quebra de expectativa, mostrando a humilhação da família, principalmente da mãe que sentiu tanto quanto Jane e da própria noiva que mesmo sendo humilhada, tenta ligar para o seu ex-noivo o perdoando, cortando nossos corações com uma cena tocante.

    A atuação de Morfydd Clark é incrível, pois nos traz angústia e pena pela versão jovem de Jane. Sua fala é cortante e nos dá vontade de abraçá-la e confortá-la em um momento tão catastrófico de sua vida.

    O longa aborda questões duras de uma forma bizarra e até mesmo sádica em alguns momentos, visto que a protagonista sofre nas mãos de uma família relapsa e sem o mínimo afeto. 

    Suas irmãs são quebradas por dentro e sua mãe é cruel. Seu pai é omisso e seus amores não são correspondidos, além de seus amigos não se importarem de verdade com Jane.

    DIREÇÃO E ATUAÇÕES

    A direção e roteiro de Craig Robinson são precisas, apresentando o que há de pior em pessoas que sofrem de doenças mentais de uma forma palatável, uma vez que há um certo “charme” em suas alegorias da história.

    Alguns exemplos são os delírios de Jane em diversos momentos ou até mesmo lembranças distorcidas de um passado e até mesmo presente que parecem fantasiosos, uma vez que a personagem tende a ter alucinações por conta de sua condição.

    A fotografia e figurino ajudam muito, pois há uma paleta de cores que representa cada momento. O azul é calmaria, o branco, melancolia, o vermelho, raiva, principalmente nos trajes da irmã mais velha Alice (Alice Lowe) – amargurada pela sua vida infeliz e sofrimento na adolescência – e verde representa a felicidade e, porque não, um certo ar de provocação pela irmã mais jovem, Nicola (Billie Piper).

    As atuações são muito boas, principalmente de Sally Hawkins e Penelope Wilton (Downton Abbey), além de, é claro, Morfydd Clark.

    VEREDITO

    Beleza Eterna é uma trama dura, forte e que nos ensina de forma melancólica uma lição sobre depressão, amor, liberdade e perdão. O filme de Craig Robinson tem muita qualidade, mesmo que sua história seja contada de forma um pouco bizarra e creep em diversos momentos, mesmo assim, vale demais ser assistida.

    Nossa nota

    Confira o trailer de Beleza Eterna:

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