CRÍTICA – Diana: O Musical (2021, Christopher Ashley)

    Diana: O Musical é uma peça teatral filmada na Broadway que relata a turbulenta vida de Diana Frances Spence, conhecida como Princesa Diana na corte da família real britânica. Diana tem música e letra de David Bryan e Joe DiPietro e é dirigido pelo vencedor de um Tony, Christopher Ashley. No elenco estão Jeanna de Waal, Erin Davie e Roe Hartrampf.

    SINOPSE

    O  musical feito em homenagem a Diana (Jeanna de Waal), Princesa de Gales conta a história de sua breve e fascinante vida. Filmado antes da estreia original na Broadway, a produção foi gravada no Longacre Theatre em Nova York durante a pandemia COVID-19.

    ANÁLISE

    O musical da Broadway em homenagem a Princesa Diana reafirma a incrível mulher que Diana foi ao relatar toda sua tragédia e também alegrias dentro da família real. De certa forma, a produção também relembra seu legado e impacto no mundo, ao mesmo tempo que deixa evidente que Diana foi muito mais que um “rosto bonito” na corte.

    Nesse sentido, o musical busca retratar todo o assédio, pressão e injustiças cometidas contra a princesa e o quanto Diana precisou ser forte para sempre dar a volta por cima. Por se tratar de um musical em formato de peça é inegável o poder de síntese da atriz e cantora Jeanna de Waal que dá vida a Diana. Suas expressões, gestos e mudanças de comportamento quando uma cena acaba e outra começa demonstram seu talento e uma exímia representação de Diana.

    Diana O Musical

    Da mesma forma que Roe Hartrampf assume perfeitamente todas as características do Príncipe Charles. Logo, a dinâmica conflituosa entre Diana e Charles é exposta de maneira crua e nua no musical e somados a Erin Davie como Camilla Sand (amante e atual esposa de Charles) configuram uma trama regada a traições e desgosto. Dessa forma, o musical dirigido por Christopher Ashley compreende seu potencial, ainda que nunca o explore totalmente.

    Visto que, por mais que o espectador saiba que Charles, Camilla e a família real são culpados pelos abusos cometidos em Diana, o show nunca assume essa questão. Todavia, preferindo por uma abordagem mais cínica e cria um amor incondicional entre Charles e Camilla. Ainda que o musical não coloque Diana como uma pedra no caminho é evidente que a mesma estava atrapalhando o casal.

    Por isso, ao invés de levantar teorias a peça opta por tratar o acidente de Diana como uma fatalidade e enfatizar que a princesa estava livre de suas funções na corte e também como esposa. É uma visão mais racional que deixa a figura de Diana em vida brilhar mais que sua morte. Dessa forma, todas as ações realizadas por Diana mostram o quanto ela era inteligente e sagaz, a mulher que enfrentou a família real britânica e será para sempre amada por todos.

    Acerca da peça teatral é evidente que pandemia pois em cheque as apresentações na Broadway, ao mesmo tempo que abriu margem para que esse tipo de produção fosse explorado em outros formatos e chegassem a outros públicos. O impacto que Hamilton teve na Disney é também um dos responsáveis por Diana: O Musical chegar tão bem na Netflix.

    Logo, o musical abusa de lindos figurinos e um cenário interativo que muda de forma a cada ato. Ainda que as músicas sejam imemoriais, há um tom dramático e verdadeiro em cada canção que a sua maneira expressa cada sentimento e intenção dos personagens.

    VEREDITO

    Diana: O Musical tem potencial, mas este não é completamente explorado. As músicas situam o espectador no momento da cena, mas logo se tornam cansativas. Para além, a atuação de Jeanna de Waal e Roe Hartrampf são o que verdadeiramente dá o tom certo ao filme.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer do musical:

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