Início GAMES Crítica CRÍTICA – Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses (2022, Softstar Entertainment)

CRÍTICA – Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses (2022, Softstar Entertainment)

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Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é um jogo indie lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 24 de novembro de 2022. Leia o review

Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é um jogo indie co-op dos gêneros aventura e puzzle desenvolvido pela Underscore e publicado pela Softstar Entertainment. O game foi lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 24 de novembro de 2022.

Confira nossa análise de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses sem spoilers logo após a sinopse.

SINOPSE

Lisha e Aisha são irmãs gêmeas. Elas nasceram com certas características que as diferenciam das pessoas comuns. Lisha, alguns segundos mais velha que Aisha, é dotada de uma mente altamente racional, mas quase incapaz de perceber emoções ou afeto. Por outro lado, Aisha é muito sensível e suscetível. Ela adora fazer viagens vantajosas e costuma se machucar, mas não sente dor.

Durante uma viagem, Aisha encontra um templo abandonado que existe em um folclore contado pela população local. A lenda diz que todos os sacerdotes que serviram no templo no passado são gêmeos. Além disso, Aisha descobre que um certo aparelho misterioso no templo pode integrar as almas dos gêmeos. Ansiosa para resolver o mistério, Aisha pede a Lisha que explorem o templo juntas. Embora não convencida, Lisha envia seu robô AMBU para fazer uma aventura com Aisha enquanto seu desejo persiste.

ANÁLISE DE ALIISHA: THE OBLIVION OF TWIN GODDESSES

Assim como River City Girls 2, Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses foi divulgado pela primeira vez na Nintendo Indie World de dezembro de 2021. Desde então estou de olho nesse jogo, tendo inclusive indicado aqui no site para que você também ficasse.

Ao contrário das expectativas atendidas por River City Girls 2, com a aventura puzzle das irmãs Aisha e Lisha a história foi diferente. Infelizmente.

Antes de falar sobre os pontos que me decepcionaram, vou aproveitar para destacar os pontos positivos que me chamaram atenção desde o primeiro trailer e, de fato, cumpriram o que foi prometido.

O estilo artístico de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é muito bonito. Para mim, é uma mistura de elementos de RPGs clássicos como The Legend of Zelda com um visual abstrato. A Underscore acertou nesse estilo e criou cenários que parecem pinturas.

Um outro ponto positivo é a trilha sonora, que é fantástica. A música constrói uma ambientação maravilhosa para a exploração dos puzzles que são um tanto enigmáticos. Além disso, há belas cutscenes que misturam todo o potencial aproveitado pelo estilo gráfico e pelas trilhas originais.

Há que se destacar também o bom trabalho de dublagem das personagens (em inglês), que também é acompanhado por legendas apenas nos idiomas chinês, japonês ou inglês. Mas apesar da boa dublagem, como a sinopse é contextualizada de maneira apressada, logo já estamos no templo resolvendo os primeiros mistérios, tornando difícil de se conectar com a história.

Os problemas de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses

O jogo peca por misturar diferentes formas de gameplay e complica o que, normalmente, é simples em outros jogos que se pode jogar solo ou co-op. Ele foi pensado exclusivamente para o Nintendo Switch, de modo que as possibilidades são variadas tanto sozinho, como acompanhado; além de poder ser jogado nos modos TV e portátil.

Algo estranho aconteceu porque, basicamente, o jogo só funciona bem no modo solo e jogando no portátil. Eu infelizmente não consegui jogar o co-op local porque tenho dois consoles em casa com a minha conta e a da Stephanie conectadas em ambos. No entanto, ao tentar resgatar o segundo código enviado pela Softstar (obrigado pelo envio) na conta dela, o console acusou que o jogo já estava presente em outra conta do Nintendo Switch e que, portanto, não seria possível instalar.

It Takes Two talvez seja o melhor exemplo de como Aliisha deveria ter sido feito, pois permite que o detentor do game convide outra pessoa que o tenha baixado, sem necessidade de tê-lo comprado. Seria uma forma de evitar esse conflito no caso de pessoas com mais de um Nintendo Switch que vivem na mesma casa.

Créditos: Divulgação / Softstar

Numa sessão em que iniciei Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses no modo TV, cheguei a um puzzle que exigia movimentar o Joy-Con para que Aisha fizesse um desenho na parede. Foi impossível fazer a movimentação exigida dentro do tempo limite. Então instantaneamente troquei para o modo portátil e… A resolução do puzzle foi simplesmente apertar o botão A.

Transicionei para AMBU completar o sua parte do puzzle (pois as tarefas em geral são síncronas) e aí sim o touchscreen foi bem feito para que o robô fizesse a sua parte do desenho.

Tanto a alternância entre personagens no modo solo, como os recursos de movimento dos Joy-Con no modo TV passam por diversas inconsistências que prejudicam a gameplay. Quando o tempo é curto demais para concluir um puzzle, passar por essas situações se torna frustrante.

Um outro ponto que deixa a desejar em Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é a usabilidade para avançar os diálogos. As caixas de conversa não possuem rolagem, então você precisa esperar frases em pequenos balões passarem por contra própria. Muitas vezes acontece de apenas uma palavra ser exibida porque a frase ficou mal dividida. Como o jogo possui puzzles enigmáticos, é realmente necessário entender a história. Só que a usabilidade prejudica muito isso.

Por fim, é importante destacar que o jogo foi lançado com glitches muito estranhos. Na segunda área do game, por exemplo, eu encontrei uma moeda que precisava ser colocada por AMBU em um ponto específico, assim como Aisha deveria colocar um artefato em um totem para que, juntos, executassem uma ação para avançar na história.

Mas colocar a moeda no local correto não habilitou a ação no totem. Então vasculhei por todos os cantos (literalmente) e encontrei uma parte da parede que me permitiu sair do local e acessar as áreas seguintes do jogo.

No momento em que escrevo esse review, o jogo recebeu apenas uma atualização e está na versão 1.0.1, e o bug da moeda foi corrigido. Apesar disso, os demais problemas persistem e, infelizmente, prejudicam a experiência de um jogo que tem boas ideias e se diferencia por sua arte.

VEREDITO

Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses é um conjunto de boas ideias que não foram bem executadas. O jogo se destaca pelo estilo artístico e pela ótima trilha sonora, além de puzzles interessantes, mas aspectos de interface e usabilidade – além dos glitches – prejudicam a resolução dos enigmas, tirando a maior parte do brilho desse que poderia ser uma joia indie no Nintendo Switch.

1,5 / 5,0

Assista ao trailer de Aliisha: The Oblivion of Twin Goddesses

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