CRÍTICA: ‘Donkey Kong Bananza’ é diversão pura em formato de video game!

    Donkey Kong Bananza‘ é facilmente um dos melhores jogos que eu joguei esse ano, um dos melhores “platformers” e um dos melhores jogos da Nintendo. Eu amei quase tudo nesse novo título 3D do DK, já que, de fato, é uma experiência fenomenal, mas, apesar dos ótimos prós, ele infelizmente conta com alguns contras que é interessante você saber antes de apertar “comprar” aí no seu carrinho e finalmente tirá-lo da wishlist.

    DK Bananza foi realizado pelo time que anteriormente foi responsável por Super Mario Odyssey. Isso é bem positivo. O Odyssey foi um jogo incrível do Mario que com certeza deixa uma marca no Switch. Gostaria de ver uma versão com upgrade para o Switch 2 e com legendas em PT-BR desse jogo maravilhoso, mas, por hora, não temos nenhuma menção a isso.

    Preciso destacar que Donkey Kong Bananza está em PT-BR, não apenas nas legendas, mas na dublagem também. É uma surpresa um jogo da Nintendo chegar com localização PT-BR, mas é uma surpresa ainda maior ele ser dublado. Há alguns anos eu jamais imaginaria isso!

    E gostaria que isso virasse padrão. Porém, apesar de vermos isso em outros títulos como Mario Kart World, Mario Party Jamboree, Kirby Air Riders etc., não vimos isso no Hyrule Warriors: Age of Imprisonment, como citei no nosso outro texto sobre o game. Dito isso, vamos voltar ao DK Bananza.

    Um pouco da sua história

    Donkey Kong Bananza

    Jogamos com o Donkey Kong, claro, mas esse jogo trouxe de volta uma personagem que não víamos há muito tempo, a Pauline, aqui sendo uma criança que acompanhará o DK na aventura e que o ajudará muito com a voz poderosa que tem.

    DK e Pauline precisam impedir os vilões, a trupe do Void King, de continuarem roubando as bananas de cada um dos povos e locais que visitaremos no jogo, impedindo-os de utilizá-las para chegar até o núcleo da terra, o local onde se encontra a Raiz de Banandio. É dito no começo do jogo que, ao chegarem no núcleo, poderão realizar qualquer desejo, e nossa dupla não pode deixar que os vilões cheguem lá primeiro.

    A premissa é simples e de fácil entendimento. Isso não é um ponto negativo, na real é perfeito para o estilo do jogo, e também, à medida que vamos avançando, conheceremos outros personagens, mais desse mundo e da Pauline, que tem um grande medo de cantar na frente dos outros, mas que vai lidando com esse medo e amadurecendo conforme a trama se desenvolve.

    E afinal, quem não gosta de ser o grande herói que bota os pilantras malvados para correr? O DK é carismático, divertido de controlar, e seu visual novo reflete um pouco do que vimos no filme do Super Mario. Assim como amo o antigo visual, que parecia ser mais sério e mal-encarado, eu amo o estilo novo também, que é mais alegre e animado. E aqui os dois combinam perfeitamente!

    Como é jogar DK

    Donkey Kong Bananza

    Ao longo da minha gameplay, notei que facilmente dá para descrever a jogabilidade desse jogo como “satisfatória”. Não que seja algo mediano, e sim no sentido de que sentimos satisfação, tipo ao vermos aqueles vídeos que nos prendem até o final, por exemplo, cortando algo em tamanho igual, colorindo algo perfeitamente ou contornando algum desenho com muita precisão, entre outros exemplos que vocês podem pensar.

    Em DK Bananza, todo o cenário é destrutível de forma totalmente satisfatória. Podemos andar, rodar, pular, usar um pedaço do cenário como prancha, além de bater para frente, baixo ou pra cima, com diversos movimentos que o DK pode fazer. Também teremos transformações que o DK pode realizar e vamos conquistá-las ao longo da gameplay.

    No começo do jogo, vemos a área de mineração da qual o DK faz parte. Esse cenário é perfeito para introduzir as moedas do jogo, que são pepitas de ouro, que coletaremos destruindo qualquer coisa, achando em baús e afins. Além delas, poderemos encontrar outros colecionáveis. São fósseis de diferentes tipos por área e, claro, bananas também.

    A cada 5 bananas, ganhamos um ponto de experiência para melhorar as habilidades do DK e as suas transformações. As pepitas de ouro e os fósseis são usados nas lojinhas do jogo e em áreas que podemos comprar um abrigo para o DK descansar. Fazendo isso, recuperamos um coração temporário de vida a mais. Quanto mais abrigos na área, mais corações poderemos adquirir.

    As lojinhas contêm itens consumíveis, mapas do tesouro para acharmos mais fósseis e têm as de vestuário, onde podemos trocar a cor da pelagem do DK e as roupas dele e da Pauline. A cor dele em si não influencia em nada, é apenas estética, mas as roupas dão bônus diferentes, que podem ser úteis em áreas específicas.

    Estava tão acostumada ao visual clássico do DK que, na primeira vez, achei um pouco estranho, mas logo achei a ideia divertida e que soma na gameplay. Dito isso, correr por aí com o DK colorido e roupas variadas é algo muito legal.

    E eu carinhosamente gosto de chamar esse game de “Dungeon Crawler Reverso”, apenas por causa de como funciona o seu mapa. Nos jogos “Dungeon Crawler”, temos um mapa como “uma torre”, onde vamos avançando os níveis subindo, mas aqui devemos descer ao núcleo do nosso planeta. Então vamos descer nível a nível, descobrindo novos mapas, que são diferentes, cheios de curiosidades, desafios, puzzles, criaturas novas e músicas incríveis. Em cada nível, tem um boss principal. Devemos chegar até ele para conseguir acesso à próxima área, e a cada vitória recebemos, de recompensa, um cacho de bananas.

    Mesmo começando em um cenário de mineração, passaremos por floresta, pântano, neve, lava e muito mais. Em um dos mapas, que tem o estilo de uma praia, um inimigo colorido veio correndo até mim e, ao atingi-lo, ele saiu voando e criando uma ponte de arco-íris. Eu fiquei surpresa, já que não esperava essa reação, mas o jogo tem muito disso. A cada nível, você tem novidades que podem ser usadas para chegar até alguma área, para resolver um puzzle etc. Esse jogo é diversão pura e definitivamente “Video Game 2”.

    Vale o seu preço?

    Donkey Kong Bananza

    Eu acho que, até aqui, você já pegou todos os prós. DK é um jogo divertido, criativo, com músicas incríveis, com combate satisfatório, com mapas diferentes, exploração recompensadora e te instiga a jogar mais vezes.

    Porém, começando pelo primeiro contra, DK Bananza não tem um preço acessível, como quase todo jogo AAA hoje em dia. Então é capaz de você desistir da compra ao ver o seu preço cheio de R$439,90, ou até mesmo dos valores promocionais da versão física do jogo, onde é possível reduzir o seu preço com cupons ou cashback de lojas oficiais. Mas, ainda assim, você possivelmente vai conseguir encontrá-lo por R$300~400. Não é como se fosse barato, mas fica a dica aqui para tentar economizar.

    É bom que o jogo seja muito mais do que acima da média, tenha legendas, dublagens etc., para que seja um game em que você sente que valeu a pena investir o dinheiro que tanto juntou para comprar um jogo no seu aniversário, ou no Natal, ou outras datas comemorativas. Às vezes, pode ser que você botou na mesa todos os jogos novos de Nintendo Switch 2, pois saíram diversos jogos para o console desde o seu lançamento. Mesmo que você tenha comprado o bundle com o Mario Kart World, tem grandes chances de você não ter conseguido investir em dois ou mais jogos, dados os valores, certo?

    Então, não duvido que aí na sua wishlist agora esteja o Donkey Kong Bananza, o Hyrule Warriors Age of Imprisonment, o Kirby Air Riders e muitos outros, para ser o primeiro que você vai finalmente parcelar em 6x.

    E sim, falo isso me identificando. Eu comprei a minha unidade de DK Bananza, fiquei procurando pelo “melhor preço” e o “melhor cupom” todos os dias até finalmente poder comprar, mas também agradecemos à Nintendo pelo envio da chave digital desse jogo na época. Infelizmente, tivemos um pequeno problema chamado “não tínhamos um Switch 2”, haha, mas felizmente agora deu tudo certo.

    Os chefes do jogo

    Donkey Kong Bananza

    Por causa desse papo todo sobre preços, preciso te contar que é muito divertido ser o DK nesse jogo. Ele é um herói forte, ágil e com diversas habilidades interessantes. Em todo momento, você vai achar legal apertar qualquer botão que faça o DK reagir a algo no jogo. Tudo no jogo parece beirar a perfeição para um jogo desse estilo, mas infelizmente tem um ponto negativo em alguns dos seus bosses, e vou descrever um pouco sobre minha experiência com eles nessa parte.

    Pelo personagem ser praticamente invencível, os seus chefes não apresentam qualquer desafio real. E não me entenda mal, não falo isso pedindo por níveis de dificuldade fácil, médio, difícil etc. Falo isso pois, muitas das vezes, você vai acertar o chefe, ele vai ficar baqueado e, ao desferir alguns socos, ele vai ser derrotado. Dessa forma, a sua luta acaba com cerca de 10~15 segundos.

    Você explorou a ilha toda, achou diversos itens, se divertiu subindo e descendo o mapa e interagiu com cada inimigo ou área que parecia ter algum segredo por trás. E, ao chegar no boss, provavelmente está empolgado e preparado para uma batalha épica, divertida e provavelmente com elementos criativos, certo? Mas não!

    Foram poucos os momentos em que eu achei os chefes do DK criativos. Vou dar alguns exemplos dos que eu gostei. Em um determinado momento, enfrentamos um chefe que muda de local, aí temos que ir atrás dele, passar pelos obstáculos, derrubá-lo e daí podemos bater. Em outro momento, um chefe que foi bem fácil, mas que foi bem interessante, foi um onde usamos o carrinho de mineração. Sim, deu até aquela nostalgia dos jogos clássicos. E, por último, em um outro chefe, devemos descobrir como pará-lo para então termos chance de quebrar sua barreira e daí acertá-lo, entre outros.

    Quando são criativos assim, envolvendo mecânicas diferentes, é algo muito legal que deveria ser mais trabalhado, trazendo chefes memoráveis, não necessariamente aumentando “sua vida” ou “dificuldade”, entendem? Esse apontamento não é novo. Desde que saíram suas primeiras reviews, esse fato foi bem destacado, e hoje, mesmo tendo comprado o meu DK Bananza meses depois, já que não pude comprar no lançamento, ainda assim sabia que esse era o jogo que eu queria jogar, já que eu gosto muito dos jogos do DK.

    Dessa forma, esteja avisado que infelizmente você encontrará mais chefes decepcionantes do que gostaria. Tenho dois comparativos. Um deles é o jogo Princesa Peach: Showtime, onde também é uma aventura cheia de criatividade, mas peca no mesmo ponto. Ele é bem fácil. Claro que o público-alvo desse jogo eram provavelmente crianças que estavam iniciando nos seus primeiros jogos.

    O DK Bananza eu sinto que é mais para todas as idades do que o Princesa Peach: Showtime, que me parece um jogo mais fechado para iniciantes. Ao meu ver, falta “tempero” em alguns chefes e que poderiam dar uma atualizadinha, né? Meu sonho e talvez o sonho de alguns que jogaram esse game.

    Donkey Kong Bananza

    E o segundo comparativo é com um jogo que eu amo desde criança e que hoje tem suas versões aprimoradas, os PAC-MAN World RE-PAC, mais especificamente falando do segundo, que lançou esse ano também e que, apesar de ter outra proposta como jogo de plataforma, ele acerta nos chefes, que não são difíceis ou impossíveis. Eles são interessantes e divertidos.

    No jogo, a última fase de cada mundo é sempre um chefe. Esse chefe tem duas formas. A segunda forma chega ao retirarmos metade da sua vida, mudando o padrão de ataque. Você pode testar comandos para descobrir como passar. Não é nada de outro mundo e, se precisar de dica, ao ser derrotado, o jogo te dá uma dica de como passar. Sendo assim, acho que igualmente se encaixa para todas as idades e é um título que veio em PT-BR também.

    Eu citei esse game mais como um exemplo de acerto nessa parte e sem precisar forçar bosses impossíveis ou mega fáceis, mostrando que dá para criar algo balanceado. Acredito que DK poderia ter ido para esse lado mais equilibrado.

    Reforço que não espero que um jogo seja exatamente igual ao outro. São apenas exemplos de pontos que poderíamos ver também por aqui em Donkey Kong Bananza.

    No DK Bananza, acredito que alguns chefes só poderiam ser mais criativos e não necessariamente ser um baita desafio. Ele já conta com alguns exemplos de bosses criativos, no entanto outros só precisam de 10 segundos de porradaria franca para serem derrotados, e isso é frustrante.

    E não é como se a empresa já não tivesse demonstrado o quão criativa ela é com batalhas épicas no Super Mario Odyssey, um jogo que também se encaixa para todas as idades, mantendo um estilo equilibrado de combate e jogabilidade. Ou seja, não é difícil demais e nem de menos!

    Como é a performance?

    Em seu lançamento, Donkey Kong Bananza foi duramente criticado pela sua performance no novo console da Nintendo, e eu tenho pequenos apontamentos sobre isso.

    O primeiro é que sim, em alguns momentos pontuais, vi algumas quedas de FPS, mas eu estou jogando muito tempo depois do seu lançamento, então pode ter sido melhorado com atualizações que ocorreram nesse tempo e que são mais do que necessárias, né? Logo, eu joguei todo o jogo sem muitos problemas e não tive nenhum outro problema, como congelamentos ou até fechamentos abruptos que interrompem a imersão.

    O segundo é que particularmente não me incomoda uma quedinha ou outra de FPS acontecendo no jogo. Esse não é meu foco, e ele não é um jogo de multiplayer FPS, por exemplo, onde cada quedinha dessas poderia custar uma tomada de decisão importante. Só que, custando o valor que esse jogo custa, custando o valor que o Nintendo Switch 2 custa, acredito que lançar ele com a performance mais estável deveria ter sido um ponto de atenção.

    Conclusão

    É bom vermos um jogo do nosso querido DK depois de anos sem nenhuma novidade e, no máximo, com relançamentos ou portes que aconteceram. Ainda mais em um título que é facilmente um dos melhores do gênero. Eu me diverti com ele do início ao fim e acho que vale demais para fãs novos e antigos.

    Assim como eu comecei esse texto, Donkey Kong Bananza é um jogo incrível, divertido e um dos melhores títulos que já joguei esse ano, que consegue inovar a fórmula de Super Mario Odyssey e que eu fiquei querendo só jogar um pouquinho mais do game depois de finalizá-lo.

    Até aproveito para mencionar que ainda não comprei sua DLC, então nenhuma das opiniões aqui desse texto incluem sua DLC. Não comprei por causa do seu valor de R$119,90, que é basicamente o valor de um jogo completo. E o jogo em si já custa um valor absurdo e que é difícil de recomendar por causa disso. Nenhum jogo deveria custar tudo isso. Acaba sendo um ponto negativo em toda review, eu sei, não tem para onde fugir.

    Se você concorda com tudo que foi dito e tem um terço do seu salário disponível para investir em Donkey Kong Bananza, e você gosta desse estilo de jogo plataforma 3D, vai em frente. Você encontrará músicas absurdas, diversão sem tamanho, mapas instigantes para explorar, e, a cada vez que você quebrar algum pedaço do mapa, vai sentir satisfação e mais vontade de só ir dar uma olhadinha naquele canto curioso do mapa antes de ir para o chefe.

    Esse é um exclusivo de Nintendo Switch 2 que deveria fazer parte da sua biblioteca, e, se você ainda estiver em dúvida, esse é um jogo que tem demo disponível, e eu recomendo fortemente que você teste antes de gastar os seus suados R$439,90, para que a compra seja feita após você ter 100% de certeza de que é esse jogo que vai fazer a sua folga, o seu final de semana ou as suas férias valerem a pena!

    Nossa nota

    Confira o trailer do game:

    Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.

    Estamos na Youtube transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

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