CRÍTICA – Far Cry 6 (2021, Ubisoft)

    Far Cry 6 é o mais novo lançamento da Ubisoft. Sendo o sexto enumerado da franquia, o novo título nos leva por Yara enquanto nos enveredamos pela história de Dani Rojas e tentamos a todo custo derrubar o governo ditatorial de Antón Castillo.

    Enquanto faz uma analogia ao regime de Cuba sob o controle da família Castro, Far Cry 6 nos apresenta algumas inovações tanto em relação à narrativa, mas acaba por reciclar determinados elementos de jogabilidade.

    O mais recente game da franquia foi lançado no dia 6 de outubro de 2021 para Xbox One, Xbox Series X, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

    SINOPSE

    Far Cry 6 tem a trama situada em Yara, uma “ilha no coração do Caribe” marcada por paisagens naturais extremamente ricas e centros urbanos em decadência. Após uma revolução violenta, Yara parou no tempo e se manteve isolada de contato com outras nações por 50 anos.

    ANÁLISE

    Far Cry

    A história de Dani Rojas se desenrola tão rápido quanto é de se esperar de uma trágica fuga de um governo ditatorialista. A forma como o game nos apresenta Dani e seus parceiros de revolução se dão de maneira repentina, mas muito bem desenvolvidas.

    Enquanto exploramos Yara, exploramos os mais diversos ambientes da ilha. Não indo apenas a pequenas porções de construções espalhadas pelo mapa como em Far Cry 5 ou Far Cry: New Dawn, em que grande parte do game era ambientado no interior dos Estados Unidos.

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    Com uma variedade de ambientes para explorar e diferentes armas, o game nos proporciona diferentes aproximações em relação ao perigo que enfrentamos pelo exército muito bem preparado de Castillo.

    PERSONALIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO

    Com a personalização de Far Cry 6 atingindo níveis não tão avançados como os de Assassin’s Creed Valhalla, o game te dá a opção de não apenas escolher o gênero de Dani Rojas, podendo se personagem ser tanto um homem, quanto uma mulher, mas não para por aí.

    Enquanto nos aprofundamos na história, desenvolvemos não apenas uma forma de personalização de trajes – que são encontrados por quase toda Yara -, mas também desenvolvemos a habilidade de personalizar as armas, nosso carro – que em determinado momento pode ou não se assemelhar a um tanque de guerra -, mas também podendo alterar todo o nosso inventário para enfrentar as mais diversas ameaças.

    Além das armas e dos elementos que você altera em seu carro como a torreta montada, seus trajes ou partes deles te garantem alguns diferentes status. Alguns te dão uma maior resistência à explosões, já outros, uma maior resistência a balas dos inimigos, e assim por diante. Ainda que alguns benefícios não sejam tão interessantes para combates quanto outros, o game te dá a opção de alterar seus trajes de maneira visual, te permitindo manter as habilidades de outros.

    Quanto à exploração, Far Cry 6 nos deixam tão frustrados quanto maravilhados. A frustração do game se dá por meio das quase infinitas hordas de inimigos – que dão respawn caso viremos às costas – que por mais que passemos alguns bons minutos destruindo-os, eles retornarão, com muito mais amigos.

    Quanto à parte das maravilhas, o game é um deleite visual, que se mostra esplêndido mesmo em um PlayStation 4 Slim. A variedade de ambientes e possibilidades exploratórias tornam o título tão mais vasto do que ele pode parecer à primeira vista.

    Exploração e progressão se dá de maneira um tanto parecida com Far Cry 5, mas que por não contar com uma árvore de habilidades, torna as coisas ainda mais interessantes. Tornando as antes habilidades adquiridas, em uma mera questão de progressão da história a fim de obter habilidades.

    PARÇAS, COMPANHEIROS E SUAS HABILIDADES ÚNICAS

    Far Cry

    A franquia Far Cry tem um longo histórico de permitir que jogadores tenham ao seu lado pets, mas esses pets contavam apenas com habilidades comuns de atacar inimigos. Em Far Cry 6, o nível subiu um pouco.

    Com cerca de 7 diferentes Parças com diferentes habilidades, o game te dá ainda mais opções de infiltração e combate. Dentre os 5 Parças funcionando como os principais: Guapo, Chorizo, Chicharrón, Cabum e Oluso, os enfrentamentos podem se dar tanto de maneira fofinha com a distração de Chorizo, ou de forma sanguinária se você optar ter ao seu lado Chicharrón. Além dos cinco Parças anteriormente citado, os jogadores podem ter acesso à outros dois por meio de DLCs, são eles K-9000 e Champanhe.

    As habilidades dos Parças vão muito além de diferentes aproximações de um mesmo objetivo. A forma de interação entre os jogadores e como eles lidarão com as dificuldades, definirão a progressão dos personagens, que têm alguns objetivos a serem completados se você quiser eles sejam o melhor que podem ser.

    SUBTEXTO DE UMA HISTÓRIA REAL

    Enquanto aborda uma história de libertação, o subtexto de Far Cry 6 é muito mais profundo do que morte de militares que fazem uso da força a fim de governar uma pequena ilha.

    Ao abordar uma história que se assemelha imensamente com a história de Cuba, o game aborda os traumas dos governos ditatorialistas que tomara conta das Américas no Século XX, sendo apoiado em grande parte pelos Estados Unidos que na época travava a incessante e até então “interminável” Guerra Fria com a União Socialista Soviética a fim de garantir que o Comunismo não chegasse a outros países.

    Ainda que sirva como diversão, as mortes por vezes cruéis daqueles que tentam tirar a liberdade do povo de Yara, serve como uma alegoria para a forma como uma guerra quase sempre precisa ser travada, levando violência à quem causou violência por tanto tempo.

    CONCLUSÃO

    Ainda que se distancie imensamente da forma da Ubisoft contar a história em Far Cry 5, o sexto game da franquia ainda traz alguns elementos que parece não ter conseguido deixar para trás. Os mestres de determinados territórios são algo visto anteriormente na seita de Joseph Seed e seus irmãos, e se repetem em Far Cry 6.

    Ainda que o game se desenvolva de forma lenta e extensa, temos muito tempo de gameplay antes de encontrar cada uma das ameaças definitivas que apoiam e abençoam o controle supremo de Antón Castillo à ilha de Yara. As missões do game se mostram quase sempre ligadas à formação de uma vindoura força de coalisão capaz de destruir tudo que os antagonistas do game representam, a fim de trazer paz após um longo controle da ilha.

    O desenvolvimento de Far Cry 6 se faz interessante, e ainda que a gameplay necessite de algo que traga novamente um respiro à jogabilidade da franquia, o recente título se mostra divertido, curioso e até mesmo desafiador.

    Se prepare para mergulhar de cabeça na história de Yara e destruir tudo que Antón Castillo e seus apoiadores representam.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0 

    Confira o trailer do game:

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