CRÍTICA – Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth (2021, Team Ladybug)

    Lançado originalmente em 2020 para PC, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth foi relançado em dezembro de 2021 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S. Além disso, o game chegou ao Nintendo Switch em 28 de janeiro deste ano e, no mesmo mês, chegaram às lojas as versões em mídia física para os consoles mencionados.

    O título é uma versão em 2D de ação do mangá The Record of Lodoss War, que já vendeu mais de 10 milhões de cópias. Na história do game, a Alta Elfa Deedlit acorda em um lugar estranho e desconhecido. Enquanto explora os arredores, ela encontrará velhos amigos e inimigos; e contará com a ajuda dos espíritos elementais do vento e do fogo, Sylph e Salamander, respectivamente, enquanto vagueia pelo misterioso novo mundo em busca de respostas.

    Record of Lodoss War – Deedlit in Wonder Labyrinth é um jogo 2D de ação e exploração no estilo metroidvania criado sob a supervisão de Ryo Mizuno, autor dos monumentais romances de fantasia Crônicas das Guerras de Lodoss, retratando a história de Deedlit até os eventos da Diadema da Aliança. Tanto fãs do mangá, quanto do anime e até aqueles que desconhecem a obra irão se divertir com este jogo.

    SINOPSE

    Deedlit desperta de repente em um local desconhecido. “Que lugar é este? Por que estou aqui?” À sua volta há apenas o silêncio, sem ninguém para responder suas perguntas. Ela começa a explorar esse novo local, partindo em busca de respostas a cada desafio superado.

    ANÁLISE

    Primeira observação antes de começar a análise: o download. Que saudade de baixar jogos rapidamente! O game tem uns 200GB e baixei em aproximadamente 1min. Que maravilha! (risos). Lembro-me que o download de The Lost of Us – Parte 2, por exemplo, durou uma vida inteira. #SadButTrue

    GAMEPLAY

    É absolutamente impossível falar de Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth sem mencionar o clássico Castlevania: Symphony of the Night. O novo título que para os jovens gamers pode ser apenas mais um metroidvania, é sem dúvidas para muitos – já coroas – uma carta de amor aos fãs de Alucard na saga contra seu pai, Drácula, no clássico de 1997.

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    Toda movimentação da protagonista, combate, mapa e sons são baseados no título da Konami, mas diferente dos games Bloodstained: Curse of the Moon (2018) e Bloodstained: Ritual of the Night (2019), que foram desenvolvidos pelo ex-produtor de Symphony of the Night, Koji Igarashi, que tentou criar uma experiência inspirada no clássico mas não sem ser igual, aqui o objetivo é claro: ser praticamente igual, porém com pequenas melhorias e uma ambientação em Lodoss.

    Como a franquia é baseada em um universo D&D, monstros como goblins, trolls, harpias, mantícoras, elfos negros, dragões e todo tipo de criatura que qualquer fã de RPG medieval aprecia estão presentes e sem repetições com variação de cores, como é comum em jogos de fases; que somados a variedade armas brancas e arcos fazem com que o jogador siga empolgado a cada nova área concluída.

    Em relação as melhorias em comparação ao seu material de inspiração, vale ressaltar que o uso do arco e principalmente os puzzles são uma novidade que teria sido muito bem vinda no saudoso título da Konami.

    GRÁFICOS

    Seja nas animações ou nos games, tenho dito: qualidade gráfica não é tudo. Por aqui já passaram diversos exemplos de boas obras que não ficam atrás de grandes e belíssimas produções. Se Akira (1988) e Viagem ao Topo da Terra (2022) não ficam atrás de Arcane (2021), por exemplo; Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth não fica atrás do já mencionado TLOU 2 e Horizon: Forbidden West. Eu sei, você pode me chamar de louco, mas quero dizer que apenas gráficos impressionantes não tornam uma obra inesquecível.

    Aqui a pixel art e o level design estão simplesmente perfeitos.

    NOSTALGIA

    O que as equipes da Team Ladybug, Why So Serius e PLAYISM fizeram ao nos entregar este game foi uma verdadeira experiência nostálgica e divertida; só tenho a agradecer por essa experiência incrível.

    VEREDITO

    Nem tudo são flores no Labirinto Maravilha. A narrativa do game conta com muitos diálogos rasos, fazendo com que seu background fique apenas subentendido; porém, será possível o jogador compreender a trama, mas – para os que não conhecem a incrível obra de Ryo Mizuno – dificilmente irá cativá-los a consumir o material original. Outro ponto negativo é a falta de uma trilha sonora marcante como em sua fonte de inspiração, mas é difícil chegar ao nível alcançado pelo clássico Castlevania: Shymphony of the Night.

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    Ainda assim, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth é uma grata e divertida surpresa tanto para os fãs de Castlevania: Shymphony of the Night quanto The Record of Lodoss War que aquece o coração do fã “órfão”.

    Resumidamente, o título é um game breve e simples; porém bonito, cativante, com desafios balanceados e feito com muito esmero.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer de lançamento:

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