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EU CURTO JOGO VÉIO #31 | Em 2006, ‘Gears of War’ foi o início de franquia icônica

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Gears of War

Na tentativa de mergulhar em games que no passado não me interessaram tanto, dei uma chance ao aclamado Gears of War. Apesar de ter tido um Xbox 360 na época de seu lançamento, outros games acabaram por tirar o meu foco destes. Lançado em 2006, Gears of War foi um dos responsáveis por nos apresentar algumas das mais satisfatórias atualizações aos games de ação que seriam lançados nos anos seguintes.

Em um futuro distante, a população da Terra colonizou o planeta Sera e passou a explorar um recurso natural abundante desgovernadamente. Após um caos se instaurar durante as Guerras do Pêndulo – período que antecede os acontecimentos do game -, uma longa guerra foi travada. Colocando poderosos soldados sempre em conflito, somos lançados a um mundo em que novas ameaças surgem a todo momento.

Após 79 anos do armistício entre os dois lados da guerra e uma aparente paz reinar em Sera, o pior aconteceu. O evento que ficou conhecido como o Dia da Emergência, marcou o dia em que criaturas violentas emergiram do solo de Sera. Conhecida como Locusts, as criaturas exterminaram 25% da população mundial, resultando na morte de bilhões de pessoas.

Como um game em terceira pessoa, controlamos Marcus Fênix, um experiente militar que foi preso após uma missão de resgate liderada por ele ter falhado.

Desenvolvido pela Epic Games e publicado pela Microsoft Games Studios, o game se tornou um marco não apenas para a Microsoft e para o Xbox 360. E após o sucesso de Halo, lançado 5 anos antes, a Microsoft demorou até encontrar outra franquia que se tornasse sua cara.

Apresentando a possibilidade de ser jogado por multiplayer local e online, o game nos oferece uma história rica, intensa e curiosa. Ao passo em que progredimos, entendemos a razão do game ter recebido Melhor Jogo de Console e Melhor Jogo de Ação na Game Critics Awards.

Com elementos que seriam repetidos à exaustão no futuro em games de sucesso como Uncharted, Deus Ex, e muitos outros, o game trouxe de volta elementos do clássico Kill Switch, lançado em 2003 – que tinha como mote principal “Proteja-se, mire e assuma o controle”.

Além de entender este como um marco para o mundo dos games, é necessário ver o marco cultural que o game foi.

Com um estúdio e uma equipe limitada – que nunca passou de 30 pessoas durante sua produção -, o game custou US$ 12 Milhões para ser feito e chegou a atingir o marco de 5 milhões de cópias vendidas até 2023.

Como um shooter de ação, temos pouco – ou quase nenhum tempo para apresentações, e diferente do que sempre é feito, com um personagem amnésico na maioria dos games -, e Marcus Fênix tem o papel de nos apresentar um mundo já conhecido por ele, mas completamente desconhecido por nós.

Sendo assim, somos lançados no confronto com Locusts dos mais diversos tamanhos e dificuldades. Explorando Sera pelos mais diversos ângulos, descobrimos mais da história dos membros do Time Delta, que recebe uma missão considerada por muitos suicida: recuperar aliados com vida presos atrás das linhas inimigas.

Liderados por Fênix – controlado por nós -, Baird, Cole e Dominic Santiago precisam avançar por hordas e mais hordas a fim de recuperar não apenas os aliados, como elementos que podem mudar o rumo da guerra contra os Locusts.

Confrontando poderosos inimigos o tempo todo, utilizamos armas clássicas da franquia como o Martelo do Amanhecer, o Arco de Torque e muitos outros. Fora de todas as atualizações referentes aos games de ação à época, Gears of War se provou pra mim, um jogador inteiramente novo da franquia como uma aventura singular e que merecia ainda mais atenção do que teve em sua época.

Apesar de possuir fãs hardcore, é possível ver aqui, e em fóruns do game o motivo: a profundidade da história, a gameplay focada em estratégia que proporciona diferentes aproximações em relação às ameaças. Seja usando a clássica Lancer com seus tiros e serra, granadas, e muito mais, Gears of War diverte, desafia e nos força a mudar constantemente de estratégia ao longo das gameplays.

Com níveis profundamente movidos pela história, temos aqui um retrato de uma era que podia e deveria voltar. A era dos games contidos em si, ou inícios de franquias. Não apenas remakes, remasters e afins.

Brilhante em quase tudo que se propõe, Gears destoa um pouco quando o assunto é imersão da história ao longo da gameplay. Ou pelo menos de uma história pregressa. Pois caso você seja curioso como este que vos escreve, é necessário ler quadrinhos, textos e o compêndio contido no game.

Gears of War pode ser jogado hoje em sua versão Ultimate Edition que está disponível para PC, Xbox Series X/S e Xbox One no Xbox Game Pass.

Agradeço à Xbox Brasil por nos disponibilizar o serviço do Game Pass para que pudéssemos cobrir não apenas este game, como outros que serão cobertos ao longo deste ano.

Confira o trailer do game:

Gears of War foi lançado em 2006 apenas para o Xbox 360 e nos anos seguintes, recebeu um port para o PC. O game marcou em grande parte do público brasileiro por sua história e rapidamente se tornou um marco para o mundo dos games de ação. Assim como Gears, trouxemos outros games que marcaram o mundo dos games no nosso Eu Curto Jogo Véio.

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