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    ‘Bad Boys: Até o Fim’ eleva o tom da narrativa da franquia

    A franquia de filmes Bad Boys é um dos grandes sucessos das carreiras de Will Smith e Martin Lawrence e depois de muitos anos desde Bad Boys ll (2003), completando uma trilogia, neste ano foi lançado Bad Boys: Até o Fim

    O quarto filme dos Bad Boys foi lançado nos cinemas em 6 de junho de 2024 estabelecendo mais um sucesso para a franquia, com o seu lançamento no serviço de streaming Max na última sexta feira 13 de setembro. 

    O elenco não conta apenas com os retornos da dupla de atores protagonistas, mas com Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig, Jacob ScopioPaola Núñez; também contado com as chegadas de Eric Dane e Ioan Gruffudd

    A direção é realizada por Adil El Arbi e Bilall Fallah retornando para dirigir este novo filme da franquia; com roteiro idealizado por Will Beall e Chris Bremmer e com classificação indicativa para 16 anos. 

    SINOPSE

    Bad Boys: Até o Fim é o quarto filme da icônica saga de ação estrelada por Will Smith e Martin Lawrence, iniciada em 1995 com Os Bad Boys, dirigido por Michael Bay. Desta vez, neste filme irá mostrar como os detetives mais famosos de Miami, Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence), enfrentam uma reviravolta dramática: agora, eles que são os mais procurados.

    A caça virou o caçador e com direito a um prêmio pelas suas cabeças. Com uma mistura característica de ação eletrizante e comédia escrachada, os dois lutarão lado a lado contra tudo e contra todos até o fim para proteger a reputação do capitão Howard e limpar seus nomes. Prepare-se para ver os Bad Boys preferidos do mundo enfrentando todos os obstáculos em uma aventura emocionante de tirar o fôlego.

    ANÁLISE

    Essa nova fase da franquia Bad Boys é muito interessante porque nos mostra ser possível você dar sequência a algo nostálgico sem utilizar conceitos tão clichês ou se prender a nostalgia para se manter relevante. 

    Em Até o Fim são os mesmos personagens que conhecemos, com a amizade tão divertida que já sabemos  mas se mescla bem com as caras novas que foram trazidas para o filme e, nesta sequência, todos tem um ótimo acréscimo de desenvolvimento. 

    A dinâmica entre Mike e Marcus continua sendo engraçada e consegue ter camadas dramáticas à medida que novos fatos acontecem em suas vidas, alguns felizes: como o casamento do Mike ou mais tristes: com o susto de Marcus ter um infarto.

    Até mesmo a relação entre eles se torna diferente quando Marcus passa a ficar altamente corajoso após um delírio no hospital enquanto Mike passa a ser muito mais cauteloso por estar pensando em perder alguém que se importa. Essa inversão de papéis é uma excelente ideia para tornar essa dupla ainda mais interessante mesmo que seja apenas por esta aventura, mas tudo faz muito sentido com o que a história se propõe a contar.

    Dito isso, posso dizer o quanto essa química entre Will Smith e Martin Lawrence é impressionante pela naturalidade que eles desempenham esses papeis com suas novas camadas propostas sem deixar de estarem confortáveis, confiantes, explorarem tudo isso sem uma descaracterização do que já conhecemos de seus respectivos personagens. 

    O filme não fica apenas interessante por ser engraçado ou ter emoção, mas tem excelentes uma direção bem competente principalmente quando observamos as cenas de ação que são muito dinâmicas, inclusive utilizando a perspectiva em primeira pessoa para tornar aquele momento um pouco mais imersivo. 

    Em aspectos de roteiro, a relação de pais e filhos também é explorada com o arco de Armando e Mike entrelaçado com Judy (Rhea Seehorn) e Callie (Quinn Hemphill) filha e neta do capitão Howard (Joe Pantoliano) que é o fio condutor de toda a trama policial por ser o primeiro a investigar todos os acontecimentos além da necessidade de proteger sua memória.

    O ponto negativo acredito que fica por conta dos vilões que são bem rasos, mesmo que até sejam uma ameaça interessante para os Bad Boys, ainda fica tudo muito superficial quando o foco passa a ser eles em algum momento da narrativa.

    A conclusão do filme não é tão surpreendente, o que essencialmente não é um ponto negativo porque é um filme que tem suas camadas mas passa longe de reservar grandes surpresas. 

    VEREDITO

    Bad Boys: Até o Fim é mais um bom filme da franquia que consegue se manter interessante por encontrar novos caminhos e não se apegar apenas a nostalgia que esta franquia simboliza como um dos grandes sucessos de sua época.

    Nossa nota

    3,8 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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    CRÍTICA: “O Escudeiro Valente” é diversão desenfreada em história cativante

    Quando “O Escudeiro Valente“, ou “The Plucky Squire” foi anunciado, muitos jogadores pelo mundo passaram a esperar o dia do lançamento do game. E comigo, não foi diferente. Agradeço a Devolver Digital por ter nos enviado o game antes do lançamento e pela oportunidade de escrever o review de um dos games que eu mais estava ansioso para jogar. Graças à uma variedade enorme de gameplay, acompanhei Pontinho e sua equipe, ou melhor, “Manada” por pouco mais de 8 horas.

    Ao longo da gameplay me senti desafiado com os puzzles, sequências de ação e variedade de jogabilidade contidas na história do cativante Escudeiro.

    Seja por me lançar de cabeça na história, viver por alguns dias dentro e fora do livro no qual a história do game é ambientado, posso dizer que este é brilhante. Desenvolvido pela All Possible Futures e publicado pela Devolver Digital, acompanhamos no game a história de Pontinho, o Escudeiro Valente mistura uma jogabilidade 2D e 3D, enquanto te permite explorar uma história rica em detalhes e referências.

    SINOPSE

    O Escudeiro Valente acompanha a aventura mágica de Pontinho e seus amigos, personagens de um livro de histórias que descobrem um mundo tridimensional fora das páginas de seu livro. Quando o maligno Enfezaldo percebe que é o vilão do livro destinado a perder a batalha contra as forças do bem por toda eternidade, ele expulsa o herói Pontinho de suas páginas e muda a história para sempre.

    ANÁLISE

    Escudeiro

    O Escudeiro Valente gira em torno das aventuras do personagem que dá título ao game, para ser mais específico, o Pontinho. Nosso protagonista é conhecido como o herói da história, o responsável por sempre repelir as forças do mal, representados aqui, pelo Enfezaldo e seus minions. Enquanto nos apresenta diferentes dinâmicas, o game surpreende e se aprofunda em sua história.

    Com a presença de Violeta, Batera e com o auxílio do Barbaluar, o game nos ensina as minúcias dos mundos 2D e 3D. Brincando sempre com elementos de metalinguagem e uma gameplay que se debruça em cima das mecânicas da história de um livro, podemos entrar e sair deste e interagir com o mundo real, tendo auxílio do Barbaluar e da lagarta Coralina.

    Com capítulos muito bem divididos, acompanhamos a história do grupo na tentativa de impedir que Enfezaldo obtenha êxito na sua jornada de assumir o protagonismo e de moldar a realidade a seu bel prazer. No controle do Pontinho, mergulhamos em dinâmicas e elementos de jogabilidade que variam do 2D para o 3D e de volta para o original. Buscando sempre mergulhar e melhorar o mundo a seu redor, Pontinho fará de tudo a fim de impedir que a maldade prevaleça.

    Escudeiro

    Com elementos incríveis de gameplay, referências narrativas e artísticas, acompanhamos aqui um mundo rico de dinâmicas. Com referências a Monet, da Vinci, Yayoi Kusama e muitos outros, o game nos leva em uma jornada por diversos mapas, e a cidade capital deste mundo, Ártia.

    Quando a rainha Croma tem seu reino tomado pelo vilanesco Enfezaldo, cabe ao grupo de heróis lutar contra as forças do vilão a fim de colocá-lo no lugar de onde ele nunca deveria ter saído.

    HABILIDADES, MECÂNICAS E PUZZLES

    Escudeiro

    As habilidades de Pontinho são vastas. Estas podem girar em torno de entrar e sair do mundo 2D e viver o mundo 3D por meio de portais. Nossa interação com o mundo exterior só tornará nossa experiência mais profundas e mais emocionante. Obtendo êxito em uma jornada repleta de aventuras, poderemos utilizar um arco e flecha, lutar boxe e até mesmo

    Com capítulos que mesclam mecânicas únicas que nunca mais serão utilizadas, mergulhamos em aventuras lutando contra criaturas poderosas e outras nem tanto, afinal, como o herói da história, nenhum desafio é páreo para Pontinho.

    Com uma gameplay rica, precisamos ficar sempre entrando e saindo do livro. Seja para obter habilidades para manipulá-lo ou deter as forças de Enfezaldo que insistem em sair do livro. Passando as páginas a fim de encontrar palavras que contam a história e mudando seus significados garantindo assim nossa progressão, podemos avançar – mudando assim, elementos ao simplesmente trocar as palavras.

    Escudeiro

    Sendo rico em mecânicas, o game brinca com metalinguagem ao nos lançar nos mais diversos tipos de jogabilidade. Oferecendo sempre um refresco na gameplay.

    Com puzzles ricos em detalhes, tudo no game pode mudar de acordo com a história do nosso herói que se desenrola diante dos nossos olhos. Com habilidades de Pontinho que nos permitem virar as páginas do livro, fechá-lo, acessar portais e saltar de um para o outro encurtando caminhos e até mesmo retornar às áreas anteriores do game. E é aqui onde tudo fica ainda mais interessante.

    Com puzzles cuja resoluções podem estar nas páginas anteriores, explorar o livro e o mundo dão à história maior profundidade, e assim, o game se torna ainda mais rico. Forçando os jogadores a explorar não apenas as possibilidades dentro daquelas páginas, como de todas as outras, ainda acessíveis.

    Ao passo que entendemos o que a All Possible Futures fez aqui, podemos ver o quão brilhante o game é. Com um enorme esmero na localização, o game é dublado por Mauro Ramos – dublador de Pumba e depois de Shrek após a morte de Bussunda – testemunhamos interessantes e brilhantes dinâmicas, colocando o game na trilha certeira de indicação na temporada de premiações. O game brinca com o coloquialismo verdadeiramente brasileiro, nos dando uma sensação brilhante do cuidado da desenvolvedora.

    Com uma construção rápida da história, algumas das dinâmicas do game podem ser facilmente entendidas e exploradas.

    VEREDITO

    A jornada do game idealizada pelo estúdio ganha diversos tons. Mudando constantemente de gênero, mas sempre mantendo o tom cômico, o game nos tira de um mundo extremamente colorido e nos lança na mais obscura das histórias, tirando quase que completamente a nossa esperança.

    Pontinho é um dos personagens mais divertidos do game. Como um claro personagem silencioso, podemos testemunhar a história mais pelas linhas de diálogo de seus parceiros do que dele. Um dos aspectos mais interessantes do game, vem do fato de como os mundos 2D e 3D se conectam.

    Ao saltar dos livros para o mundo 3D, a história dentro do livro para. Mas ao realizar atividades no mundo real com o livro, é como se tudo se desenrolasse do nada. Sendo assim, ao movimentar um bloco a fim de abrir uma porta, ou destruir algo que atrapalhe nosso caminho, ouvimos dos nossos companheiros apenas um “O bloco simplesmente se moveu.”

    O que é tanto cômico quanto curioso.

    Ver a história que esperei por tanto tempo finalmente se concretizar é me dar conta de que valeu a pena esperar por ele. Com puzzles que incentivam a exploração e uma gameplay dinâmica, fofinha e cheia de coração, O Escudeiro Valente talvez seja o Game of the Year na categoria indie.

    Confesso que ao final do game consegui me recordar da razão de eu me apaixonado pelo mundo dos games no passado.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    O Escudeiro Valente foi lançado para PC, PlayStation, Xbox e Nintendo Switch.

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    CRÍTICA: ‘Emio – The Smiling Man’ é o jogo mais sombrio da Nintendo

    O Famicom Detective Club nasceu como um novo projeto secundário ao lendário game designer Yoshio Sakamoto. Responsável por criar um dos games mais marcantes de todos os tempos, Metroid, Sakamoto decidiu mostrar sua “verdadeira face” quando mostrou o quão profunda era sua paixão por contar histórias. Lançado originalmente em 1988, o primeiro game da franquia Famicon Detective Club foi inspirado nos longas de Dario Argento e do escritor japonês Seishi Yokomizo. 27 anos depois do último lançamento da franquia Sakamoto retorna com Emio – The Smiling Man, o game que prometia no teaser ser o mais assustador até aqui.

    Nascido no Famicon – NES japonês -, o game nos lança por um mistério. Quando crianças voltam a ser assassinadas, 18 anos depois de um serial killer ter rondado uma cidade interiorana do Japão, a polícia e detetives se reúnem para impedir que ele ataque novamente. Com um elemento bem específico a respeito de seu modus operandi: ele mata jovens adolescentes, e coloca em suas cabeças sacos de papel com sorrisos desenhados. Estranho? Pois é, a Nintendo se superou ao contar esta história que nos lançará pelo passado de uma cidadezinha, conflitos antigos e temores.

    SINOPSE

    Um estudante foi encontrado morto! Sua cabeça estava coberta por um saco de papel com um rosto sorridente sinistro desenhado nele, tal qual as vítimas de Emio, o Smiling Man, um assassino de uma lenda urbana.

    Como um detetive particular assistente, você tem a tarefa de ajudar a polícia a resolver este crime, que lembra uma série de assassinatos de 18 anos atrás que nunca foram resolvidos. Será que o assassino em série voltou, ou será o trabalho de um imitador? Esses crimes foram inspirados na história do Smiling Man ou em sua origem?

    ANÁLISE

    Emio

    Como um não fã de visual novels, ouso dizer que Emio – The Smiling Man não me cativou. Tampouco me fez sentir empenhado em descobrir a verdadeira identidade do vilão titular. Sendo o primeiro título da franquia que pude jogar, posso dizer que você pode jogá-lo sem sentir que ficou por fora de algum elemento. Com easter eggs do passado, e personagens que retornam para Emio, o game brinca com o real e uma terrível lenda urbana.

    Conforme a história se desenrola, assassinatos acontecem e antigos mistérios são revelados. Enquanto jornadas e arcos se misturam, em Emio é necessário utilizar suas diversas mecânicas para investigar, pensar, perguntar e acima de tudo, utilizar seu caderninho onde pistas serão reunidas e te deixarão cada vez mais perto da conclusão da história.

    Emio

    Com dinâmicas bem pesadas e histórias que são difíceis de acreditar que são contadas pela Nintendo, em Emio temas como mortes e depressão podem ser os mais leves. E até mesmo a aura de terror que ronda toda a trama pode ser mais assustadora do que a realidade.

    Sendo estruturalmente interessante e divertido, o game possui uma história e dinâmicas cansativas. Tendo passado pouco mais de 13 horas no game, me senti cansado ao final desta história. Para ser mais exato, me senti triste em grande parte da experiência dado o peso da história.

    VEREDITO

    Emio the Smiling Man conta uma história com um teor violento e sombrio. Com dinâmicas pesadas e cruelmente reais, o game busca a humanizar por fim o vilão da história e conforme a história se desenrola, a lenda ganha tons mais reais do que o desejado. Sendo horripilante, terrível e temeroso, o game conta com uma estrutura episódica e quando você pensa chegar ao fim, o game te surpreende com sua conclusão após os créditos.

    Com histórias que podem ser comparadas à longas e histórias de terror que inspiraram o roteirista e criador da série, vemos aqui uma história concisa, curiosa e extremamente interativa. Vejo no game uma irresponsabilidade tremenda, por não jogar avisos de gatilho na tela em momento algum, tampouco antes de alguns acontecimentos do game.

    Enquanto tenta nos aplacar por sua história, o game se exime da responsabilidade da qual ele deveria se ele deveria tomar. O incômodo da trama me vem não apelas pelo gênero do game, como também por ser apenas um espectador da história. Meio que sem ter como interagir profundamente com esta.

    Emio – The Smiling Man é o retorno da franquia, que apesar de ser diferente dos originais, é o mais próximo dos relançamentos dos games Famicom Detective Club: The Two-Case Collection, relançados para o Nintendo Switch.

    Mesmo sendo conciso, o game é irresponsável. E por sua falta de dinamicidade na história, ela se torna problemática.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    O game foi o terceiro da franquia a ser lançado para o Nintendo Switch no dia 29 de agosto.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #27 | ‘Pac Man’

    Existem jogos que se tornam clássicos porque amamos, outros porque marcaram uma época e aqueles que literalmente são um marco deste entretenimento que nos passa por uma onda de emoções. No caso de ‘Pac Man‘ diversos destes elementos que compõem um clássico estão presentes, sendo muito querido e até os dias atuais mesmo que em outras plataformas ainda entrega muito entretenimento.

    O jogo foi desenvolvido pelo renomado Toru Iwatani, que posteriormente entregaria Pole Position outro jogo que marcou época, publicado pela Namco para o console Atari e posteriormente para diversas gerações de console a seguir e no aniversário de 30 anos do título em 2010 recebeu um Doodle permitindo jogar uma partida de Pac Man.

    Pac Man é também marcante por ser um dos primeiros jogos a ganhar uma linha de produtos massiva, teve muitas sequências em games, animações que surgiram desde a sua estreia na década de 80 e desdobrando-se em um grande universo próprio.

    ANÁLISE

    Pac Man

    Este jogo é uma daquelas raras exceções que, por exemplo, poderíamos incluir títulos como a franquia Mario Bros porque furam a bolha do universo de games alcançado não apenas joga, mas toca os corações de pessoas que não tem este hábito porém encontram a distração neste tipo de entretenimento e partindo deste princípio podemos considerar outro elemento que define um clássico ser capaz de ir além do seu público alvo.

    Pac Man poderia ser definido como aquele jogo que podemos classificar como o primórdio de uma era toda de games, mesmo que tenha seja visualmente muito simples existem algumas nuances que veríamos em outros títulos famosos da época.

    O conceito de Pac Man é alimentar o personagem título com as esferas do labirinto enquanto evita ser encontrado por quatro fantasmas que irão persegui-lo e caso seja pego o jogo acaba.

    O interessante e inovador fica por conta do comportamento dos fantasmas que se movem de forma coordenada para encurralar o Pac Man, algo que naquela década foi uma grande novidade e proporciona um desafio a quem jogasse. Os fantasmas são Blinky, Pinky, Inky e Clyde das cores vermelho, rosa, azul e laranja respectivamente, sendo o primeiro a perseguir diretamente o Pac Man, outros dois a cercá-lo e o último a um comportamento mais imprevisível.

    Outra inovação que é um recurso utilizado até os dias atuais é o conceito de power up, que no jogo da Namco permitia que por alguns momentos o jogador invertesse os papeis com os fantasmas, pudesse pegá-los e retornavam para o cerco que inicialmente ficavam. Diminuir os adversários no campo era importante para dar algum alívio momentâneo durante a coleta de esferas, além que tudo se torna muito divertido quando você começa a caçá-los.

    Algo que considero mágico em Pac Man é a sua capacidade de produzir entretenimento, atualmente com tantos jogos tecnologicamente muito avançados este termo é um bom tanto deixado de lado porque se preocupam tanto o quanto um título precisa ter uma quantidade de horas jogáveis, design, localização, jogabilidade e o sentimento que isso remete pela diversão que ele oferece parece soar como algo muito inferior em escala de importância.

    Ele não é com uma quantidade de fases muito grande, mesmo assim é possível se jogar por horas e se divertir pelas situações que você consegue sair ou não e elencar os games atuais esquecendo que acima de tudo ele deveria nos divertir é algo que seja um elemento futuro a não pensarmos neste geração com potenciais clássicos.

    VEREDITO

    Pac Man é um clássico completo, um jogo que mesmo após de décadas possui uma capacidade nos arrancar risadas e sorrisos com um conceito tão simples que se enraizou nos corações de gamers ou pessoas comuns desde sua chegada.

    Você pode conferir todos os games que marcaram época aqui no Jogo Véio.

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    TBT #291 | ‘X-Men 2’ é riqueza cinematográfica com os mutantes da Fox

    Com uma das mais curiosas e incríveis cenas de abertura, ‘X-Men 2‘, ou X2 é uma das mais interessantes adaptações da história de um filme do que viria a ser a Marvel. Com Noturno invadindo a sala oval, vemos como os poderes do mutante podem funcionar de fato se bem adaptado.

    No longa, enquanto Logan vai atrás de respostas a respeito de seu passado, a animosidade entre humanos e mutantes parece crescer cada vez mais. Sendo assim, o governo parece pender em direção a uma lei de controle que pode vir para controlar e regular o acesso aos mutantes e seus poderes. Com a introdução de personagens como William Stryker, Lady Letal, Noturno, Pyro, Homem de Gelo e muitos outros, vemos aqui como o mundo pode ser tão belo quanto perigoso.

    Conforme tensões aumentam, o passado pode revelar segredos e trazer à tona o melhor e o pior de todos.

    SINOPSE

    Stryker, um ex-comandante perverso do exército, tem a chave para o passado de Wolverine e o futuro dos X-Men. Esta ameaça reacende a chamada para um ato de registro mutante. Stryker inicia um ataque à mansão e escola do Professor Xavier. Depois de escapar de sua cela de plástico, Magneto propõe uma parceria com Xavier e os X-Men para combater esse novo inimigo que ambos têm em comum.

    ANÁLISE

    X-Men 2

    Com uma das melhores direções de Bryan Singer, vemos nesta continuação atores mais à vontade em suas próprias peles, ou melhor, em seus personagens. Conhecendo-os melhor nesta continuação, vemos um Professor Xavier mais profundo, bem como um Magneto. Apesar de irretocáveis, o trabalho de Patrick Stewart e Ian McKellen nos dão uma visão mais profunda de suas motivações e interesses. Bem como suas bondades distintas, e enquanto um vê que os fins justificam os meios, o outro acredita que a bondade abnegada pode vir à colocar tudo em risco.

    Enquanto permite que os espectadores se deleitem com as tramas que se desenrolam diante de seus olhos, ver como os X-Men precisam se portar afim de conseguir ter êxito em sua jornada, é tanto divertido quanto espetacular.

    Ver os humanos se colocando diretamente em rota de colisão com os mutantes pela força de invasão de Stryker, Logan precisa avançar e ser a melhor versão dele mesmo: o herói que ele nasceu para ser.

    X-Men 2

    A fim de salvar os mutantes da Mansão Xavier, junto dos X-Men remanescentes, Logan precisa ser o líder que o Professor X acredita que ele pode ser.

    Como um marco para o cinema de heróis, a franquia X-Men no cinema se distanciava de tudo que era feito até então. Inclusive adaptações falhas como a Liga da Justiça da América de 1997.

    Algo unânime entre todos os fãs da franquia X-Men dos anos 2000, é que Bryan Singer é um péssimo roteirista. Principalmente quando o assunto é desenvolver personagens femininas. Tornando suas motivações rasas, problemáticas e sexualizando-as mais do que o necessário, o filme falha ao aprofundá-las verdadeiramente. E o maior exemplo disso é a Jean Grey de Famke Janssen.

    Com desenvolvimento e atuações fracas de diversas iterações de Jean Grey e das atrizes que já deram vida à personagem, como Famke Janssen, Sophie Turner e também por Venus Terzo – na versão de X-Men Evolution -, vemos na personagem um distanciamento de sua contraparte dos quadrinhos.

    Sendo uma das personagens mais fracas dos longas de Bryan Singer – seguida apenas por Ciclope -, acompanhamos a caminhada da personagem em direção à sua possessão pela poderosa Força Fênix.

    VEREDITO

    Sendo uma adaptação livre da história dos X-Men, o longa faz uma amálgama de arcos, nos trazendo uma das principais ameaças dos mutantes para o palco central da trama. E agora, com Magneto fora de cena – preso desde o fim do primeiro filme -, uma ameaça com forte ódio pelos mutantes fará de tudo para exterminá-los de uma vez por todas.

    Se lançando em direção aos mutantes, Stryker fará toda e qualquer coisa para se vingar dos X-Men e de Xavier.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    A franquia X-Men está disponível no Disney+.


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    CRÍTICA: ‘Rebel Ridge’ é filme sobre racismo, corrupção e a história americana

    Mississipi em Chamas‘ contou no passado uma história em que os terrores vinham do que alguns elencam como o verdadeiro patriotismo americano. Elemento este, presente nos discursos de alguns candidatos à presidência. Baseado em fatos mais reais do que gostaríamos, ‘Rebel Ridge‘ é o mais novo lançamento da Netflix. Lançado em 6 de setembro, o longa é estrelado por Aaron Pierre, AnnaSophia Robb, Don Johnson e grande elenco.

    Em uma viagem de bicicleta para pagar a fiança de seu primo, Terry é tirado da pista violentamente pela polícia. Tendo seu dinheiro roubado, a corrupção e o racismo do sul dos Estados Unidos ficam evidentes. Após uma sequência de infelizes eventos, nosso protagonista é colocado em rota de colisão com a polícia da pequena cidade sulista de Shelby Springs.

    SINOPSE

    Um ex-fuzileiro descobre a extensão da corrupção de uma pequena cidade quando uma tentativa de resgatar seu primo se transforma em um confronto violento com a polícia.

    ANÁLISE

    Rebel Ridge

    Para além dos temores do paranormal, Rebel Ridge apresenta um temor real. Da maldade estritamente humana – e não ligado a algo místico, etéreo -, vem a ganância dos personagens do longa.

    A atuação de Aaron Pierre é de longe uma das mais potentes de sua carreira, sendo ainda mais potente do que em Tempo (2021) e Brother (2022), o que pode colocá-lo no radar de grandes diretores e produtoras, como Jeremy Saulnier o fez.

    Mesmo com cenas de ação que parecem por vezes improvisadas, não parece ter havido um esmero tão grande nas cenas de ação como nas atuações e na direção.

    Rebel Ridge

    Se apoiando quase que inteiramente nas atuações que são potentes, doloridas e curiosas, vemos aqui um dos melhores filmes de 2024 da Netflix. Se aproximando de outros filmes de Jeremy Saulnier em que a violência gratuita tinha por vezes como Sala Verde (2015) um intuito narrativo, Rebel Ridge não é diferente. O filme mostra a violência de um Estados Unidos cujo sul ainda se debruça sobre suas raízes racistas da KKK, e a escravidão, em que os brancos parecem continuar se achando acima de toda e qualquer lei.

    VEREDITO

    Como parte de um sistema capitalista falho, em que as forças policiais parecem existir apenas para proteger a propriedade privada, estes a colocam acima de toda e qualquer coisa, inclusive a vida humana. Seja percebendo como o mundo é perverso e também como os personagens do filme são terríveis, ver os personagens de Aaron Pierre e AnnaSophia Robb é incrível.

    Centralizando nos dois o ponto fundamental do longa que é a humanidade em meio à tanta perversidade, acompanhamos aqui interessantes dinâmicas que dão mais profundidade ao longa. Mergulhando por entre alguns dos mais sombrios aspectos da humanidade, o longa incomoda, perturba e se torna um dos mais potentes longas da biblioteca vermelha.

    Rebel Ridge é sobre ignorância, corrupção, maldade e perversidade. Em como vez ou outra, a bondade e algumas pessoas precisam agir contra forças que parecem não ter como ser vencidas.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:


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