CRÍTICA – Paciente 63 (2ª temporada, 2022, Spotify Brasil)

    A 1ª temporada de Paciente 63 ainda estrela na lista de podcasts mais ouvidos do Brasil quase um ano após seu lançamento. Ao descobrir do anúncio da 2ª temporada, minha animação foi imensa. Enquanto a primeira temporada da série funciona como uma forma de nos apresentar um mundo fantástico, mas dolorosamente parecido com o nosso, a segunda vai além.

    O trabalho de Julio Rojas que foi visto na primeira temporada, nos apresentar os mais assombrosos aspectos da realidade em que somos lançados e enquanto avançamos para a segunda temporada, a história dos protagonistas muda.

    SINOPSE

    Ano 2012. A doutora Elisa Amaral (Mel Lisboa) acorda dez anos antes dos acontecimentos mais marcantes da sua vida. Pedro Roiter (Seu Jorge) está encalhado em um futuro perdido e neste passado os papéis trocam: ela é a paciente enigmática de um terapeuta. Por que o ano de 2012? Por que ela? O amor é capaz de viajar no tempo? Maria Cristina Borges é uma ameaça letal? O vírus Pégaso é um destino do qual não se pode fugir? É o dever de Elisa salvar o futuro da humanidade novamente?

    ANÁLISE

    O que grande parte das ficções-científicas fazem, é nos lançar em meio à um mundo ligeiramente ou imensamente parecido com o nosso. Ao fazer isso, a produção tende a causar no espectador uma identificação. Ainda que faça uso de alegorias, se aquele mundo retrata conflitos, ou contemporaneidades de quem o assiste, tudo se torna muito mais fácil se feito da forma correta.

    Frank Herbert fez isso com Duna em 1965, Star Trek faz isso desde 1966 e nos causa um dos mais brilhantes e atormentadores sentimentos.

    Ainda que sejam localizados em um futuro distante, conseguimos nos ver e nos identificar com a história que está sendo contada.

    Enquanto essas franquias citadas anteriormente se passam em 8 mil anos no futuro, ou até mesmo 300 anos no futuro, Paciente 63 retrata os dias de hoje, ou na segunda temporada, um passado não tão distante, o longíquo ano de 2012.

    Enquanto tenta mudar o futuro, Elisa é enviada ao passado a fim de evitar as repercussões que vem se tornar o que em 2062 passará a ser conhecido como a Egrégora – “um regulador coletivo do comportamento e do pensamento, formado por milhões de opinantes” -, como Pedro Roiter explica na primeira temporada, e o vírus Pégaso.

    Ao aprofundar as relações imensamente durante sua 2ª temporada, Paciente 63 dá espaço para que Mel Lisboa e Seu Jorge brilhem, trazendo à tona Gaspar Marin, personagem que só ouvimos falar ao longo da primeira temporada – mas que tem um papel fundamental ao longo da segunda.

    VEREDITO

    Enquanto a primeira temporada da áudio-série, ou podcast com storytelling abordou o vindouro futuro que acabaria com a Terra como a conhecemos, a segunda mostrou as mais profundas relações humanas.

    Em meio à um mundo novo, Elisa não é mais uma médica, mas sim a Paciente 63, que precisa tocar a canção a fim de ser lembrada por seu médico. Mas não se engane, ao longo dessa temporada, o tabuleiro para evitar o futuro desolador mudará várias vezes. Você pode ser você mesmo ao retornar para a 2ª temporada, ou alguém completamente diferente.

    De uma coisa podemos ter certeza, o destino de Elisa e de Pedro está intimamente ligado com o futuro do universo.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer:

    A segunda temporada de Paciente 63 estreou no dia 08 de fevereiro de 2022 no Spotify.

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