CRÍTICA – Sweet Home (2ª temporada, 2023, Netflix)

    Demorou bastante tempo mas a segunda temporada do K-drama de suspense pós-apocalíptico que fez sucesso durante o ano de 2020, Sweet Home, chegou no primeiro dia de dezembro iniciando os lançamentos do mês do serviço de streaming Netflix.

    A série é protagonizada por Song Kang que também pode ser visto às sextas e sábados no lançamento semanal de Meu Demônio Favorito e completando o elenco temos Jin Wook Lee, Lee Si Young, Park Gyu Young, Go Min Si e as adições ao cast são Jung Se Oh de Tudo Bem Não Ser Normal, Yu Oh Seong e Mu Yeol Kim

    A 2ª temporada da adaptação da web toon homônima criada por Kim Carnby e Hwang Young-chan contém 8 episódios lançados integralmente e a direção é de Lee Eung Book, responsável pela primeira temporada além de outros K-dramas famosos como Mr. Sunshine, Goblin e Descendentes do Sol.

    Importante ressaltar que o K-drama já está renovado para uma terceira temporada com previsão para 2024 mas, até o momento, não foi revelado se a próxima leva de episódios será o encerramento do seriado.

    SINOPSE 

    Após os eventos da primeira temporada de Sweet Home o protagonista, junto de seus amigos e vizinhos, partem do complexo Green Home para o mundo exterior, onde deverão aprender a sobreviver e nunca baixar a guarda e, quem sabe, criar uma nova comunidade.

    ANÁLISE 

    A segunda temporada de Sweet Home mantém em diversos aspectos o padrão de qualidade de seu ano anterior, com uma excelente expansão de mundo, passagem de tempo e reviravoltas interessantes para os passos a seguir da próxima temporada. 

    O roteiro é consistente abordando questões como a decadência da dignidade humana em situações de grande calamidade, perda da empatia e o preconceito com o que é diferente. Sendo tão interessante para se refletir paralelamente com as questões da nossa realidade e deixando na história o questionamento sobre quem de fato é humano as pessoas ou os monstros. 

    Além destes temas a expansão deste universo é interessante mostrando a existência de diversas categorias de transformação, consciência e o que acontece na mente de um monstro enquanto transformado e onde ficam suas lembranças.

    Algumas escolhas de roteiro são acertadas para o desenvolvimento da história no geral, já que conta com dois episódios a menos. Dentre estas escolhas a passagem de tempo que ocorre permitindo a introdução de personagens, conceitos novos como o híbrido entre humano e monstro vindo do nascimento da filha de Yi Kyeong (Lee Si Young).

    Inclusive a dificuldade Kyeong em lidar com a dicotomia de ser a mãe humana de um monstro é um dos conflitos que não foram profundamente explorados, mas através de uma boa atuação esta relação conflituosa consegue ser impactante pelo arco de luta que a personagem possui desde a busca pelo seu noivo. 

    As caras novas da temporada acrescentam mais qualidade para o leque de atuações e pode-se destacar Jung Se Oh no papel de Dr. Lim como um dos pontos altos, sendo o cientista louco e uma das portas de descoberta da mutação dos humanos em monstros. 

    Em diversos aspectos a série manteve o padrão de qualidade, mas teve uma significativa melhora nos efeitos gráficos e consegue de uma forma bem honesta trabalhar de forma conjunta com os práticos. Assim os aspectos visuais da série se tornam mais atrativos algo que causou um certo estranhamento em relação à primeira temporada.

     O ritmo mais frenético nos primeiros episódios conseguem trazer o sentimento de retomada da tensão que o encerramento da primeira temporada trouxe, tornando-se mais cadenciado nos episódios seguintes até as surpresas da season finale prometendo desdobramentos interessantes para a próxima temporada. 

    VEREDITO 

    A segunda temporada de Sweet Home alcança as expectativas criadas pela sua temporada de estreia, introduzindo novos conceitos para o universo e personagens interessantes.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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