CRÍTICA – The Last Kingdom (5ª temporada, 2022, Netflix)

    A quinta e última temporada de The Last Kingdom já está disponível no catálogo da Netflix, para alegria – e tristeza – dos fãs do épico histórico baseado nos romances de Bernard Cornwell.

    O elenco conta com Alexander Dreymon, Mark Rowley, Arnas Fedaravičius, Cavan Clerkin, Millie Brady, Emily Cox, Ruby Hartley, Caspar Griffiths, Timothy Innes e outros.

    A 5ª temporada de The Last Kingdom chegou ao catálogo da gigante do streaming no dia 9 de março.

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    SINOPSE

    Uhtred (Alexander Dreymon) percebe que seu destino é mais do que apenas Bebbanburg: está ligado ao futuro da própria Inglaterra. Encarregado de treinar Aethelstan (Caspar Griffiths), o filho primogênito do Rei Eduardo (Timothy Innes), como guerreiro; a ambição de Uhtred terá um propósito ainda maior. Mas, para alcançar esse destino, Uhtred terá que enfrentar seu maior inimigo e sofrer sua maior perda.

    ANÁLISE

    Após uma ausência de quase dois anos, a estreia da 5ª temporada de The Last Kingdom traz de volta vários personagens amados e muitas novidades: além de apresentar vários rostos novos, incluindo o primeiro personagem surdo do programa, a temporada traz o protagonista, Alexander Dreymon, estreando na direção e também a confirmação de um filme longa-metragem que complementará a série.

    Como a última temporada se concentra apenas nos livros 9 e 10, isso significa que temos mais três romances que foram deixados intocados pela produção do programa.

    Em relação ao filme complementar, o produtor executivo Nigel Marchant disse em um comunicado:

    Embora a 5ª temporada conclua totalmente a série, sempre houve mais uma história que queríamos contar. Com o apoio brilhante da Netflix e o apetite contínuo dos fãs para ver mais, simplesmente não conseguimos resistir a uma última jornada com Uhtred.”

    Os fãs das Crônicas Saxônicas, romances de Bernard Cornwell em que a série se baseia, sabem que cada temporada tentou abordar aproximadamente 2 livros, onde muitos acontecimentos foram cortados ou levemente alterados e tivemos até mesmo uma participação do autor em um dos episódios; e tais cortes e mudanças são como uma espada de dois gumes: pode alegrar ou irritar alguns fãs.

    Eu como um grande fã da obra original, não gostei de algumas dessas pequenas mudanças ao longo das temporadas, porém nesta quinta e última, mudanças significativas foram feitas e se distanciaram enormemente dos livros; o que me alegrou muito. Temos aqui o fechamento de arcos de personagens de forma muito mais profunda; algo que eu esperava nas páginas dos romances.

    Vale destacar que mudanças são positivas quando realizadas em conjunto: direção e elenco. Diferente de The Walking Dead que optou por se distanciar das HQs desde o início e não agradou aos fãs do original, em sua reta final The Last Kingdom traça o próprio caminho e faz isso de forma eficaz. Cada membro do elenco tem seu tempo de tela para trilhar seu próprio desfecho e a produção conduz de forma certeira, rendendo aos fãs grandes momentos cheios de emoção.

    Me alegrou o coração ver os destinos de personagens marcantes das páginas que tiveram suas conclusões abafadas pela necessidade do autor em focar na incansável busca do protagonista. A série da Netflix aproveita bem a oportunidade e “reescreve as páginas” que Cornwell não nos deu.

    Aethelflaed (Millie Brady), Padre Pyrlig (Cavan Clerkin), Sigtryggr (Eysteinn Sigurðarson), Stiorra (Ruby Hartley) e principalmente Brida (Emily Cox), são os grandes destaques e dão aos fãs momentos alegres e tristes. Com jornadas duras baseadas na fé no Deus cristão e nos Deuses antigos, no amor e até na vingança, cada um deles com suas particularidades têm seus méritos; e no fim, concluem de forma positiva seus arcos.

    VEREDITO

    A conclusão de The Last Kingdom fecha o arco de praticamente todos os personagens e me trouxe sorrisos e lágrimas assim como as páginas das Crônicas Saxônicas, o que me deixou extremamente feliz. Ver em tela o que gostaria de ter lido foi sem dúvidas o grande presente que a produção deu aos fãs da obra original.

    A saga de Uhtred foi concluída, mas o sonho do Rei Alfredo (David Dawson) de ter os quatro reinos unificados formando a Inglaterra ainda não foi alcançado e a Nortúmbria está agora entre os escoceses e os saxões; e é o último reino a ser conquistado. Uhtred ainda terá que lidar com isso e possivelmente vermos a conclusão no longa, ainda sem data de lançamento.

    E como diz Uhtred de Bebbanburg: “O destino é inexorável“.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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