CRÍTICA – Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023, James Gunn)

    Guardiões da Galáxia Vol. 3 é a última aventura de uma trilogia que teve início ainda nos estágios mais iniciais do Universo Cinematográfico Marvel. Sendo atualmente o encerramento de um ciclo, seja para os atores quanto para sua produção.

    O filme com seu lançamento oficial em 4 de maio é o 31º longa do UCM desde o seu início, lá em 2008. A direção e roteiro estão por conta de James Gunn, responsável pelo outros dois filmes anteriores da equipe, sendo este o seu último projeto a frente deste universo.

    O elenco principal é formado por Chris Pratt, Zoe Saldaña, Karen Gillian, Dave Bautista, Pom Klementieff, Bradley Cooper e Vin Diesel. Sendo as novas caras Will Pouter, Chukwudi Iwuji além da participação de Jennifer Holland, Maria Bakalova, Natan Filion, Michael Rosenbaun, Michael Rooker e Sean Gunn.

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    Com uma classificação indicativa para acima de 10 anos, o filme tem a duração de 2h30min e duas cenas pós créditos.

    SINOPSE

    Em Guardiões da Galáxia Vol. 3, o amado grupo de desajustados busca se estabelecer em Lugarnenhum, mas não demora muito para que suas vidas sejam reviradas pelos ecos do passado turbulento de Rocket (Bradley Cooper).

    Ainda se recuperando da perda de Gamora (Zoe Saldaña), após os acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita (2018), Peter Quill (Chris Pratt) reúne sua equipe para defender o universo e um companheiro de equipe.

    Mas esta missão pode significar o fim dos Guardiões como conhecemos, se ela não for bem-sucedida.

    ANÁLISE

    O terceiro capítulo da trilogia da equipe consegue ser bom, apesar de manter os maneirismos que tornaram o UCM uma fórmula que se tornou saturada no cinema. Entretanto, a produção é um jogo no seguro em torno da identidade criada em torno dos filmes dos Guardiões da Galáxia que, pensando na trilogia ao todo, não se saiu tão mal como outras sub-franquias deste universo como Thor, por exemplo.

    James Gunn deixa o seu melhor trabalho em relação a tudo que já realizou em termos de Marvel Studios, como uma carta de despedida para uma oportunidade que lhe tornou relevante a ponto de alcançar novos ares; mas é evidente que algumas limitações estão presentes, seja pelos planos do estúdio para o futuro desta franquia ou a classificação indicativa.

    A trilha sonora não deixa a desejar em sua qualidade, como foi a identidade que se estabeleceu ainda em 2014, no primeiro filme. Mesclando músicas de diferentes décadas do rock, mostra que sua originalidade está em torno de não ser uma trilha sonora original, mas uma playlist que facilmente saberíamos que era do gosto do Peter Quill, embalando mais uma missão dos Guardiões.

    O coração do filme está na jornada de Rocket e tudo o que conecta-se a seu passado e sofrimento até encontrar seus colegas de equipe; sendo a união da equipe em torno de ajuda-lo, sem dúvidas é o ápice de tudo o que passaram ao longo de sua jornada neste universo.

    Em aspectos visuais temos aqui bons efeitos, o que chega a ser uma surpresa, dadas as reclamações recentes neste aspecto serem quase um jargão em um lançamento da Marvel Studios. Mas vale ressaltar o longo período em produção que o filme teve, assim tendo um tempo hábil para entregar um resultado final agradável.

    Referências de momentos dos Guardiões temos quase que a todo tempo, seja nas conversas entre a equipe ou nas cenas de luta. Aliás, vale elogiar essas cenas de luta; sendo elas mais criativas e exploradas de forma diferente.

    Apesar de tantas valias, o filme ainda circunda em elementos narrativos característicos deste universo que atualmente não agradam. Mesmo tendo um roteiro que busca a emoção o tempo todo, mas ainda não consegue trazer a carga emocional que sua construção propõe; Em Guardiões da Galáxia Vol. 3, vemos os protagonistas sempre em perigo, mesmo que no fim nada de circunstancial de fato aconteça.

    Mesmo sendo uma franquia cujo o humor é o seu forte, o filme consegue até equilibrar a seriedade que pretende desde seu início; porém, encaixa alguns momentos que indicam ser engraçados sem sucesso, mas de fato o que mantém a sua veia de humor viva em duas horas e meia de filme é a relação entre a equipe.

    O Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji) é um vilão interessante para o contexto, sendo uma ameaça crível em boa parte do filme, com uma excelente construção de personalidade. Mas infelizmente, a grande armadura de roteiro que protege os Guardiões não permite que consiga ir além.

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    No lado dos vilões, não aproveitar o potencial que Adam Warlock (Will Pouter) possui foi um erro, seja pela sua relevância nos quadrinhos quanto pela escalação do ator que o interpreta. Contudo, sua importância narrativa vai diminuindo a cada ato do longa até ser apenas mais um dispositivo que o roteiro utiliza para que se resolva algo emergente.

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    O terceiro ato do filme é bom, mesmo que seja o momento que as falsas surpresas mais acontecem. O encerramento é um verdadeiro tom de despedida, não só de seu diretor, mas do elenco que tem um futuro incerto para as produções da Marvel Studios.

    VEREDITO

    Guardiões da Galáxia Vol. 3 é a aventura derradeira da formação que se conheceu no UCM e, mesmo com os seus defeitos, consegue entregar o que a sua expectativa promete; incluindo uma trilha sonora sensacional – como sempre – e uma direção competente.

    Nossa nota

    3,7 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Guardiões da Galáxia Vol. 3 chega amanhã (4) aos cinemas!

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