CRÍTICA – Pai em Dobro (2021, Cris D’Amato)

    Já faz algum tempo que Maisa Silva vem flertando com a gingante do streaming, e no fim do ano passado a ex-apresentadora do Bom Dia & Cia participou de painéis online do Tudum Festival e também esteve presente no almanaque que a Netflix enviou gratuitamente para os fãs. Já era esperado que algo vinha por aí; e amanhã (15) estreia o mais novo filme da menina que encantou Raul Gil Silvio Santos no longa de Cris D’Amato: Pai em Dobro; que também ganhou o livro homônimo pelas mãos da autora Thalita Rebouças.

    SINOPSE

    Em Pai em Dobro, após passar toda uma vida junto de sua mãe em uma comunidade hippie, uma jovem (Maisa Silva) de 18 anos aproveita a maioridade para tentar realizar um de seus grandes sonhos: conhecer o pai. Ela, então, abandona a comunidade e parte em uma jornada para tentar encontrá-lo.

    ANÁLISE

    Antes que você pense: “Afff, filme nacional?“, leia:

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    Voltando para Pai em Dobro, aqui temos a história de Vicenza Shakti Pravananda Oxalá Sarahara Zalala da Silva (Maisa) que ao completar 18 anos, se aproveita da maioridade e uma oportuna viagem de sua mãe, Raion (Laila Zaid) à Índia para ir em busca do seu suposto pai.

    No elenco, além de Maisa, temos Eduardo Moscovis, o humorista Marcelo Médici, a cantora Fafá de Belém e o veterano Roberto Bonfim.

    VEREDITO

    CRÍTICA - Pai em Dobro (2021, Cris D'Amato)Sim, o longa é mais um para renovar o catálogo da Netflix; é será mais um filme no meio de tantos. Pai em Dobro possui roteiro repleto de diálogos ingênuos e situações irreais, uma direção relapsa, além de contar com personagens desinteressantes.

    A edição final é tão falha que se os abruptos cortes de cena sem respeitar a passagem de tempo fossem os únicos problemas, até seria aceitável; mas, ao incluir uma criança em duas cenas em que a primeira ele está com uma super conjuntivite e na segunda com um óculos escuro (obviamente para tapar o olho vermelho) é lamentável.

    Os destaques aqui é o jovem humorista Pedro Ottoni que dá vida a Cadu e a revelação Thaynara Og, que são extremamente carismáticos e naturais.

    Outro destaque (negativo) é para Roberto Bonfim que é como um “Jason Momoa da terceira idade” – que em todos os papéis parece fazer o mesmo tipo de personagem – saído direto dos estúdios da Globo.

    Por falar na emissora da Família Marinho, Pai em Dobro é basicamente uma Malhação só que da Netflix: Conta com bons atores, tem uma mensagem importante, mas não aproveita o potencial do elenco e escorrega na parte técnica.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Pai em Dobro chega ao catálogo da Netflix nesta sexta-feira, 15 de janeiro.

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