CRÍTICA – Quantum Break (2016, Remedy Entertainment)

    Quantum Break é um game produzido pela Remedy Entertainment. Lançado em 2016, o game conta a história de Jack Joyce em sua tentativa de impedir o fim do mundo. Estrelado por Shawn Ashmore, o game é ambientado no mundo de Alan Wake e Control.

    O game é um exclusivo Xbox e está disponível no serviço de assinatura Game Pass. O game conta com Aidan Gillen, Dominic Monaghan, Lance Reddick e muitos outros atores de peso no elenco.

    SINOPSE

    Depois de uma destruição de uma fração de segundo que danificou a própria trama do tempo, duas pessoas descobrem que foram modificadas e ganharam habilidades extraordinárias. Uma delas viaja no tempo e começa a tentar a controlar este poder. A outra usa as novas habilidades para tentar derrotá-lo e consertar a trama do tempo antes que ela se torne irreparável. Ambos encaram missões difíceis e tomam decisões dramáticas que determinarão como será o futuro. Quantum Brake é uma experiência única, parte videogame de ação intensa, parte seriado de TV emocionante, trazendo um elenco estelar que inclui Shawn Ashmore como o herói Jack Joyce, Aidan Gillen como seu arqui-inimigo Paul Serene, e Dominic Monaghan como irmão superdotado de Jack, William.

    ANÁLISE

    Quantum Break

    No dia em que escrevo esse texto, quase 6 anos após o lançamento do game, ele conta com 77% no Metacritic. Entender o caminho que a Remedy percorreu e o momento em que o game foi publicado, é entender a história do estúdio. O estúdio que contou com seu Death Rally em seu jogo de estreia em 1996, lançou alguns anos depois, em 2001 um game que passaria a mudar os third person shooters. Max Payne não inventou a roda, mas revolucionou alguns elementos e transpôs aos games um elemento criado pelas Irmãs Wachowski em seu Matrix de 1999, o bullet time, e outros elementos cinematográficos.

    Alan Wake representou muito do que o vindouro futuro do estúdio viria a ser quando passou explorar conceitos com os aspectos mais obscuros dos indivíduos e seus medos. Em Control, a Remedy pulou na cabeça no misticismo e abraçou o que Alan Wake passou a apresentar em seu Remedy-verse.

    Ainda que não tenhamos uma prova concreta de que Quantum Break seja ambientado no Remedy-verse, um dos elementos que nos dão alguns indícios, são as referências a Alan Wake no mundo do game.

    Quantum Break nos apresenta uma história de ficção-científica imensamente interessante e nos coloca no controle do único indivíduo que pode impedir que a Fratura do espaço-tempo se espalhe e destrua todo o universo como o conhecemos.

    Após ser atingido por um acidente no laboratório de seu irmão William Joyce, por uma máquina do tempo com defeito, Jack Joyce ganha poderes baseados no controle e manipulação temporal. Para sua surpresa, Jack não é o único no alcance da explosão e seu antigo amigo Paul Serene é atingido – nem preciso dizer que o mesmo acontece com Paul.

    A forma como a Remedy encaminha a trama do game, pode ser encarada por vezes como uma preparação para a história muito maior que o estúdio queria contar em um game no escopo que Control viria a ter no futuro. Quantum Break conta com 5 diferentes atos. E cada um desses atos, conta com 3 diferentes capítulos. Ao fim de cada um dos atos, suas escolhas darão início à diferentes tramas com vídeos live-action.

    PODERES, O TEMPO E O FIM DO MUNDO

    Quantum Break

    Os poderes de Jack envolvem a Visão Temporal, a habilidade de parar o tempo, esquiva temporal, escudo temporal, estouro temporal e aceleração temporal.

    Conheça as habilidades de Jack:

    • Visão temporal: Essa habilidade dá a Jack o poder de ver os cenários em detalhes, destacando itens, inimigos e objetivos. Essa habilidade também permitem que os jogadores manipulem o tempo em determinadas áreas, construindo objetos destruídos, ou alterando elementos.
    • Parar o tempo: Em determinadas áreas de Quantum Break, você ficará rodeado de inimigos. Mas Jack possui a habilidade perfeita para impedi-los de obter êxito em sua empreitada. Quando parar o tempo, você pode paralizar seus inimigos por alguns segundos.
    • Esquiva Temporal: A esquiva temporal te permitirá desviar de inimigos que tentam te matar, permitindo que Jack se movimente rapidamente pelos cenários.
    • Escudo temporal: Outra forma de se defender seus inimigos é usando o Escudo temporal. Esse escudo evitará que qualquer dano o atinja por um curto período de tempo.
    • Estouro temporal: Essa habilidade é uma das mais poderosas de Jack. Essas habilidade te permite parar o tempo e ao mesmo tempo, é como se lançássemos uma granada que atinge uma grande área e múltiplos inimigos ao mesmo tempo.
    • Aceleração temporal: Essa é a ultima habilidade obtida por Jack e te permitirá enfrentar seus inimigos de maneira mais direta, ou mais discreta, variando ainda mais sua gameplay.

    Com a Monarch Solutions colocando em xeque quase todas as ações de Joyce, o fim dos tempos parece inevitável. Com o aumento de fraturas temporais se sucedendo, a humanidade parece não ter salvação.

    A forma como entendemos o game, pode ser melhor compreendida apenas ao final do mesmo. Sua progressão e como o tempo se desenrola na trama é um dos aspectos mais interessantes, assim como as fraturas do tempo. Os esforços daquele que tem intuito de impedir a empreitada da Monarch é um desafio compreensível, e algo completamente palpável para os menos afortunados. Já a motivação do vilão é apenas “ter mais poder”.

    VEREDITO

    Quantum Break não é apenas um game palatável. Sua história se estende também a uma série live-action com 4 episódios de 20 minutos cada. Os desafios aos quais somos apresentados é compreensível e os últimos anos nos fazem acreditar o que as pessoas são capazes de fazer qualquer coisa para continuar com o mínimo de poder que elas tem. Ou no caso de Paul Serene, o poder de controlar o tempo.

    A jogabilidade do mesmo se assemelha à qualquer third person shooter, e vai muito além do bullet time de Max Payne. Ver rostos conhecidos na trama do game como Courtney Hope (que viria a dar vida à Jesse Faden) é interessante, assim como ver a qualidade do design e a otimização relacionada às físicas das partículas do game.

    Quantum Break é um game que parece ter passado abaixo do radar de muita gente, mas vale muito a pena ser revisitado, principalmente se você possui uma assinatura Game Pass.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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