CRÍTICA – Viewfinder (2023, Thunderful Games)

    Já dizia um velho ditado: “tudo é uma questão de perspectiva“; e esta frase faz total sentido quando se trata de diversos. Mas alguns vão além e dentro deste conceito trazendo uma proposta completamente diferente para o universo dos games.
    Viewfinder é um puzzle game, indie, aventura e mistério lançado em 18 de julho para PC via Steam e PlayStation 5.

    A desenvolvedora responsável pelo título é a Sad Owl Studio, cujo o trabalho anterior foi o jogo terror em primeira pessoal Black Room (2018) e publicado pela Thunderful Games responsável por Pumpkin Jack (2020), Lost in Random (2021), Hell Pie (2022), LEGO Bricktales (2022) e Planet of Lana (2023).

    SINOPSE

    Viewfinder é um jogo de aventura alucinante em primeira pessoa no qual você pode remodelar a realidade colocando objetos encontrados no mundo. Resolva quebra-cabeças abertos que incentivam a pensar fora da caixa enquanto você gradualmente domina suas habilidades.

    ANÁLISE

    O game é uma grande viagem psicodélica envolta em um mistério que lentamente revela-se para o jogador, apoiando-se completamente na liberdade de sua proposta. O título é interessante pela ampla liberdade que o jogador pode ter para encontrar a solução do quebra cabeça para a próxima fase, mas não prende-se apenas a ser um puzzle game que vai liberando fases, mas traz uma jornada de descoberta de um mundo muitíssimo interessante.

    Em aspectos de jogabilidade Viewfinder proporciona ferramentas simples como uma imagem seja foto ou desenho e, de acordo com a necessidade, algo a mais para seu auxílio; mas o que vale realmente para seguir em frente no jogo é o raciocínio e a criatividade.

    Ele não tem um tutorial altamente explicativo do seu funcionamento, apenas te introduz neste mundo, mostrando um desafio a se solucionar. Sem ter uma fase de explicação, isso faz todo o sentido a sua proposta, sendo altamente didático entender o que é necessário fazer.

    A medida que vamos solucionando um desafio, seguimos para o próximo através de um teletransportador; mas caso desejar, pode visitar fases anteriores. Mas sempre é válido caminhar por todo o ambiente antes de seguir para a próxima fase, sendo algo que não seja apenas pela exploração de um ambiente graficamente bonito, mas por um colecionável e até mesmo um dialogo ativado ao interagir com algum equipamento que seja um elemento incomum dentro do cenário.

    O que acredito ser o que torna Viewfinder tão interessante vai além da necessidade de ser criativo ao realizar um dos desafios, mas como a realidade se torna uma ferramenta de raciocínio neste mundo. Sendo literalmente a perspectiva o que pode ser o elemento que você pode utilizar para solucionar o quebra-cabeça.

    Os cenários em geral são minimalistas mas bem elaborados e, em boa parte dos momentos da jogatina, remetem a quadros de gênero surrealista com poucos elementos, mas deixando algo a dizer para o jogador, no caso o que seja necessário fazer para seguir a próxima fase.

    Outro fator que torna o game interessante é poder rebobinar suas ações de forma semelhante a uma fita de vídeo VHS. Assim, não é necessário recomeçar a fase, apenas voltar ao passo que não deu certo e encontrar um novo caminho, tornando Viewfinder mais dinâmico, fluído em gameplay e não sendo maçante.

    E, inserido neste aspecto da realidade está ambientada a história que gradativamente nos dá pistas a respeito do mundo ao qual estamos; os criadores e o contraste entre os ambientes que nos são apresentados nos quebra-cabeças e a realidade que mostra um mundo caótico.

    VEREDITO

    Viewfinder é um jogo divertido por estimular de forma simultânea o raciocínio e a criatividade, brincando com a percepção de realidade e a aguçando a curiosidade a respeito do que esta acontecendo no ambiente narrativo do jogo.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer de lançamento:

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