CRÍTICA – Morte e Vida de Charlie St. Cloud (2010, Ben Sherwood)

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A história do livro é contada por Florio Ferrente, um bombeiro que acredita em milagres e que ele sempre faz o possível para salvar a vida de todos; e assim conhecemos Charlie; numa noite com uma grande lua pairando no céu e com um acidente horrível de carro.

Charlie St. Cloud tinha 15 anos quando tudo aconteceu, irmão mais velho de Sam, sendo filhos de pais diferentes, os dois sempre se deram bem, fazendo o possível para ajudar sua mãe. Um dia Charlie aparece com dois ingressos para o jogo dos Red Sox – o time preferido de beisebol do irmão – logo ele convence seu irmão para eles irem ao jogo, junto com o cachorro Oscar, um Beagle super fofo.

“A morte era o grande equalizador.”

Após se divertirem no jogo, percorrendo o caminho de volta para casa, Sam se depara com a lua gigante no céu parecendo estar tão perto, Charlie fica feliz pelo irmão, ao chegar na ponte algo inesperado acontece: o carro é atingido por um caminhão e depois disso, tudo mudou.

Charlie é salvo por Florio, porém seu irmão e seu cão, não tem a mesma sorte; Sam e Oscar morrem no acidente e Charlie promete para Sam que nunca iria abandona-lo; após voltar a sua vida normal coisas estranhas começam a acontecer: ele percebe que pode ver e falar com os mortos, fazendo com que todos achem que ele está louco. Após muitas consultas com médicos e psicólogos, Charlie entende que não adianta contar o que acontece e só resta mentir dizendo que não via mais nada.

“A morte não é o fim. É uma elevação. É como tentar agarrar a lua.”

Treze anos se passam, Charlie agora está com 28, é zelador do cemitério de Waterside. Dedicando sua vida para cuidar dos vivos e dos mortos, desistindo assim de vários sonhos, para poder cumprir a promessa de sempre estar com seu irmão Sam; todos os dias ao por do sol, Charlie se encontra com Sam no meio da floresta, aonde jogam beisebol e se divertem.

A vida de Charlie no cemitério sempre foi assim, de dia cuidava do cemitério, ajudava seu amigo Joe a combater os gansos e a noite ia para a floresta ficar com seu irmão Sam; foi assim durante todos os dias que trabalhou no cemitério, até conhecer Tess Carroll.

“Sempre lhe disseram que os mortos iam para um lugar melhor, que eram abraçados pela luz, que eles estavam com os anjos. Mas e se realmente não fosse assim? E se a perda fosse tão difícil para os mortos como é para os vivos? E se a dor nunca desaparecesse?”

Tess era conhecida na cidade inteira, dona da empresa que fabrica velas para veleiros, o seu grande feito seria daqui alguns dias, aonde ela subiria no seu veleiro, com nome de Querência e viajaria pelo mundo, mas antes disso ela queria poder testar o veleiro, para assim fazer alguns ajustes antes de sair nessa jornada pelo mundo; indo numa pequena aventura ali perto, Tess não esperava que sua vida fosse mudar após essa saída.

Charlie e Tess se conhecem no cemitério, apesar de Tess ser bem famosa, Charlie nunca teve coragem de falar com ela, mas algo especial havia entre os dois, os dois não sabiam explicar essa ligação; após um jantar maravilhoso e um beijo inesquecível, a vida de Charlie e Tess começa a mudar, coisas estranhas começam a acontecer e só Charlie poderá resolver esse grande mistério entre os dois.

“Hoje, como todos os dias, ele observava alguém chorando, e seu coração doía. Era sempre assim. Jovens, velhos, saudáveis ou enfermos: eles vinham, eles lidavam com a situação, e eles continuavam em frente.”

O livro Morte e Vida de Charlie St. Cloud é uma história surpreendente, onde o leitor se apaixona por tudo que está lendo e a escrita de Ben Sherwood é maravilhosa, que faz com que o leitor mergulhe na história e se sinta parte da vida de Charlie. Apesar das partes da Tess ser bem confusas, Ao decorrer longo do livro a autora consegue transmitir a mensagem. O livro é maravilhoso, e certamente fará você chorar de emoção e te mostrará um mundo completamente diferente; e assim como Florio Ferrente, eu também acredito em milagres.

“Assim é a vida e a morte. Todos nós brilhamos. Você só precisa libertar seu coração, aguçar seus sentimentos e prestar atenção. Uma folha, uma estrela, uma canção, um riso. Perceba as pequenas coisas, porque alguém está estendendo a mão para você. Qualcuno ti ama. Alguém o ama.”

Sim, o livro teve uma adaptação cinematográfica com Zac Efron 🙂

Escrito por: Ben Sherwood;
Editora: Novo Conceito;
Ano: 2010;
Páginas: 296;
Skoob: AQUI;

SINOPSE:

“Um coração dividido entre dois mundos. Em uma pacata vila de pescadores da Nova Inglaterra, Charlie St. Cloud cuida dos gramados e monumentos de um antigo cemitério onde seu irmão mais jovem, Sam, está enterrado. Após sobreviver ao acidente de carro que tirou a vida de seu irmão, Charlie recebe um dom extraordinário: ele consegue enxergar, conversar e até mesmo brincar com o espírito de Sam. É neste mundo místico que entra Tess Carroll, uma cativante mulher treinando para navegar sozinha ao redor do mundo em um veleiro. O destino faz com que seu barco seja apanhado por uma violenta tempestade, trazendo-a assim para a vida de Charlie. Sua bela e incomum ligação os leva a uma corrida contra o tempo e a uma escolha entre a vida e a morte, entre o passado e o futuro, entre apegar-se ou deixar o passado para trás – e a descoberta que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações.”

Avaliação: Ótimo

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