CRÍTICA – Nunca (2022, Ken Follett)

    Nunca é o novo livro do autor britânico Ken Follett, lançado em abril de 2022 pela Editora Arqueiro.

    SINOPSE

    No deserto do Saara, dois agentes de inteligência de elite – um francês e uma americana – arriscam a própria vida enquanto seguem o rastro de um poderoso grupo de extremistas.

    Na China, um alto funcionário do governo tenta resistir aos comunistas da velha guarda, que podem estar empurrando o país – e seu aliado militar próximo, a Coreia do Norte – para um caminho sem volta.

    Do outro lado do mundo, a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente dos Estados Unidos faz de tudo para lidar diplomaticamente com ataques estrangeiros, comércio ilegal de armas e campanhas de difamação de um adversário populista.

    Mas, à medida que pequenos atos de violência se sucedem e começam a ganhar escala, o início de uma nova guerra mundial parece uma certeza. E quando as grandes potências se enredam cada vez mais em uma complexa rede de alianças, a pergunta que se impõe é: quem será capaz de deter o inevitável?

    ANÁLISE

    Nunca, é o mais novo romance do autor britânico Ken Follett. O enredo se passa atualmente diante de uma possível Terceira Guerra Mundial com armas nucleares. A obra de Follet é indispensável agora que infelizmente ainda estamos acompanhando a guerra entre Ucrânia e Rússia.

    Toda a trama construída nas 624 páginas é extremamente rica em detalhes, com personagens fascinantes e bem desenvolvidos. Além disso, a obra trata de temas como xenofobia, refugiados, terrorismo, tráfico de pessoas e política externa.

    Com isso, ao longo dos 42 capítulos temos um para cada personagem ter seu desenvolvimento. Ao longo do livro temos quatro protagonistas que desenvolvem todo o enredo central da obra. Inicialmente suas tramas não são conectadas, mas conforme avançamos suas tramas se cruzam.

    Ken Follett apresenta uma escrita simples e instigante; mas o que torna Nunca uma excelente leitura são os questionamentos de uma guerra ser tão iminente em nosso mundo. Inicialmente o enredo começa lento, mas vai ganhando fluidez e uma proporção angustiante. Além da trama ser excelente, o que torna o livro tão bom são os personagens multidimensionais.

    Outro ponto a se destacar é o lado político da obra, que é simplesmente incrível e não se torna uma leitura marcante. Todos os conflitos políticos e diplomáticos proporcionam ótimas reviravoltas.

    Sobre a edição do livro, a Editora Arqueiro apresenta um acabamento simples, mas que apesar de o livro ser gigante, ele é bem leve e tem um papel que é ótimo de ser manuseado. No entanto, essa 1ª edição apresenta alguns erros de português, mas que não vão incomodar a experiência da história.

    VEREDITO

    Nunca é um épico assombrosamente plausível para os dias de hoje. O que me impressiona é como um conflito entre Ucrânia e Rússia pode desencadear uma Terceira Guerra Mundial assim como na obra de Ken Follett.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Autor: Ken Follett

    Editora: Arqueiro

    Páginas: 624

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