CRÍTICA | Ataque dos Titãs – Volume 3 (2021, Panini)

    Caso você não tenha acompanhado o lançamento dos nossos textos baseados no mangá Ataque dos Titãs, clique aqui e leia os nossos textos sobre o Volume 1 e Volume 2, que são lançados no Brasil pela Panini. Ao longo dos dois primeiros quadrinhos, apresentados a um mundo misterioso, repleto de criaturas que se colocam como a principal ameaça para os humanos. Titãs devoradores de homens com até 15 metros de altura fizeram com que os últimos humanos se abrigassem dentro de três diferentes muralhas.

    O mundo criado por Hajime Isayama nos faz acompanhar as mais diversas nuances do que é ser humano diante do terror de criaturas que podem surgir a qualquer momento, para simplesmente devorar qualquer humano que encontrar pela frente.

    Como citado anteriormente, a humanidade que passou a se refugiar dentro da Muralha Rose ao longo do primeiro volume do mangá, fugindo às pressas da Muralha Maria após a invasão do Titã Colossal e do Titã Encouraçado.

    SINOPSE

    Após ser dado como morto mas voltar de dentro do corpo de um titã, Eren enfrenta a desconfiança da Guarnição da Muralha. Agora, o mistério de seu pai precisa ser desvendado, e para isso os humanos tentam novamente recuperar a cidade de Trost.

    ANÁLISE

    As três muralhas que protegem a humanidade. A mais externa, Maria, a do meio, Rose e a no centro das três, a Muralha Sina.

    O brilhante roteiro de Ataque dos Titãs nos faz mergulhar em um mundo sombrio, repleto dos perigos que apenas uma ameaça como os Titãs são capazes de impor. Ao longo do volume 3 do mangá, testemunhamos o desenrolar do fim do segundo volume, quando um Titã parece dizimar qualquer tipo de ameaça que surge para a humanidade, o Titã o destrói sem qualquer dificuldade.

    Com o progredir da história, vemos que o aparente aliado da raça humana é ninguém menos que Eren Yeager. Eren, que fora comido ao longo do Volume 2, imergiu imponente de dentro da ameaça que pareceu dar fim à sua vida, e com a licença poética desse que vos escreve – esmerilhou os titãs no soco.

    Mikasa se coloca como a principal força motriz do terceiro volume, que parece se interpor como a protetora de Eren e passa a cumprir seu vindouro papel de seu arco que no futuro viremos a conhecer.

    Podemos dizer que muito diferente de seus dois primeiros volumes, o terceiro passa a definir o papel dos personagens presentes na trama de Attack on Titan, assumindo os arquétipos que os personagens virão a assumir no futuro, estabelecendo o trio principal como o Titã, a protetora e o estrategista.

    Enquanto precisa lidar com seu dom recém-descoberto, Eren precisa se mostrar como um trunfo para a humanidade, e não mais uma ameaça, como muitos parecem pensar.

    O desenvolvimento do volume 3 se aprofunda não apenas no arco de desenvolvimento de Eren, como também no de Armin, enquanto dá o personagem até então sem muito destaque, o espaço necessário para crescer e mostrar enfim seu verdadeiro papel em meio à aliança humana a fim de derrotar os titãs.

    VEREDITO

    Em uma aliança desesperada a fim de impedir a invasão dos Titãs após o segundo ataque do Titã Colossal e do Titã Encouraçado, o Comandante da Guarnição Pixis, coloca nos ombros de Eren a missão de impedir o avanço de titãs com o que virá a ser conhecido como o Titã de Ataque. Mas como imprevistos acontecem, o terceiro volume de Ataque dos Titãs deixa a responsabilidade e a última esperança da humanidade nos ombros de quem não está preparado para tal.

    Muito diferente de se mostrar um volume “divertido”, a terceira edição do mangá se faz doída e mostra o quão pesada a história criada por Isayama pode ser. Colocando o principal trio da história como indivíduos com importantes atribuições no futuro da trama, a Ilha Paradis parece agora saber que as linhas entre as forças inimigas e aliadas parecem ter se estreitado, não sendo tão fácil assim distinguir um lado do outro.

    Enquanto deixa a porta aberta para problemas muito maiores, o terceiro volume chega ao fim, com a esperança de que uma ameaça ainda maior há de chegar até os muros e os “últimos humanos” vivos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Autor: Hajime Isayama, Ryo Suzukaze, Satoshi Shiki, Thores Shibamoto

    Páginas: 200

    Ano de Publicação: 2021

    Editora: Panini

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