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    CRÍTICA – O Último Reino (2005, Bernard Cornwell)

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    Já faz algum tempo que penso em escrever sobre os livros de Bernard Cornwell, em particular sobre as Crônicas Saxônicas. O objetivo sempre foi escrever sobre cada livro individualmente, porém, a cada livro lido, a expectativa do que poderia vir no próximo volume apenas aumentava a sensação de que o texto estaria “incompleto”. Recentemente, com a série de TV da BBCThe Last Kingdom, já em sua segunda temporada, serviu para que este texto saísse do status “vontade”, tornando-se realidade. Além disso, ao terminar de ler o décimo livro, finalmente cheguei a sensação de fim de um ciclo, por mais que as aventuras de Uhtred de Bebbanburg ainda não tenham acabado. (Graças à Odin e principalmente a Bernard Cornwell!)

    Preparem seus escudos, afiem as espadas e machados e vamos embarcar nessa aventura incrível! Por que como diz Uhtred:

    Wyrd bið ful ãræd” (O destino é inexorável)

    AUTOR

    Bernard Cornwell nasceu em Londres em 1944 mas foi criado em Essex e após um período como professor na Universidade de Londres, ele se juntou à BBC Television, onde trabalhou por 10 anos antes de tornar-se escritor. Seus livros já foram traduzidos para mais de 16 idiomas e seus romances alcançaram rapidamente o topo das listas de mais vendidos em vários países e milhões de exemplares foram comercializados ao redor do mundo. Em 1979, mudou-se para os Estados Unidos, onde vive até hoje com sua esposa e filhos. Porém, Cornwell não perdeu seu fino humor britânico e a paixão por conflitos militares famosos que refletem em sua enorme coleção particular de mapas antigos.

    AS CRÔNICAS SAXÔNICAS

    A contemporaneidade do autor nos apresenta uma leitura de fácil assimilação, permitindo-nos adentrar ao universo das batalhas de uma época em que a construção de grandes nomes e reinos se solidificavam com a adição de sangue e entranhas de guerreiros tombados. Por vezes, durante a leitura, o cenário que salta aos nossos olhos é quase selvagem – nos tempos atuais, teria essa selvageria desaparecido da face da terra? Não. Decisivamente não é o que vemos. Apenas que se modernizou com o advento das tecnologias -, mas o modo criativo de Bernard Cornwell mesclar ficção e história fez das suas crônicas um sucesso prazeroso de leitura. Ávidos em literatura desse estilo que o digam.

    Nota: As histórias narradas nos livros das Crônicas Saxônicas e apresentadas de forma resumida na série de TV The Last Kingdom, misturam-se a alguns eventos mostrados na série Vikings, do canal History; incluindo alguns personagens. Porém, nenhuma das duas histórias – apesar de basearem-se em fatos históricos – possuem total exatidão quanto aos fatos ocorridos na época. Por isso, irei me abster de comparações com a série do canal History. E no máximo, farei alguns comentários em relação a adaptação dos livros de Bernard Cornwell para o canal BBC.

    Livro 1: O ÚLTIMO REINO (866-867 d.C.)

    O Último Reino é o primeiro romance que contará a história de Alfredo, o Grandee seus descendentes. Aqui, Cornwell reconstrói pelos olhos do órfão Uthred, o qual aos 9 anos tornou-se escravo dos vikings no norte da Nortúmbria, a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings e a unificação dos reinos para tornar realidade o sonho que hoje conhecemos como Inglaterra. Surge então uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado.

    Nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX, Uthred é capturado e adotado por um dinamarquês nas gélidas planícies do Norte, lá ele aprende o modo de vida viking. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a AlfredoRei de Wessex e às lutas entre ingleses e dinamarqueses, entre cristãos e pagãos.

    Todo livro inesquecível, possui um trecho tal qual: inesquecível, seja um prólogo de tirar o fôlego, um parágrafo, ou uma simples frase. E o início de O Último Reino é, certamente, o típico começo que ficará marcado em nossa memória, independentemente de quantos livros você tenha lido. – Já estamos no décimo e esse início é fresco como se a leitura tivesse sido ontem:

    Meu nome é Uhtred. Sou filho de Uhtred, que era filho de Uhtred, cujo pai também se chamava Uhtred.”

    PERSONAGENS

    Neste primeiro volume, conhecemos alguns personagens que nos acompanham por uma longa jornada, outros não; alguns amaremos, outro odiaremos e uns poucos aprenderemos a respeitar. Entre eles temos:

    AelfricAlfredoBafo de Serpente e Ferrão de VespaBridaEadwulfGuthrumHalfdanIvar, O Sem-Ossos; Kjartan, O Cruel e seu filho Sven, O Caolho; LeofricMildrithOdda, O Jovem; Padre BeoccaRagnar, O Intrépido (ou O Velho); Ragnar (O Jovem) RagnarsonRavnSteapaThyraUbba Lothbrok entre muitos outros.

    BATALHAS

    Neste primeiro volume, após algumas batalhas menores, culminaremos na batalha de Cynuit, onde Bernard Cornwell mostra todo seu poder ao descrever de forma magistral a beleza por trás dos horrores de um campo de batalhas, onde homens bebem para encontrarem a coragem necessária e então marcharem em direção a parede de escudos, onde o barulho de metal de escudos chocando-se contra escudos, supera o de trovões e quando se chocam, é possível sentir o cheiro de vinho e hidromel do seu adversário. Homens morrem por lanças, espadas e machados, os que não morrem logo, choram por suas mães, banhados em sangue, tripas e fezes. Pedem por misericórdia, mas os guerreiros não lhes dão.

    Um homem em cada três, ou talvez um em cada quatro, é um guerreiro de verdade. O resto são lutadores relutantes, mas um em cada vinte ama a batalha. Esses são os mais perigosos, os mais hábeis, os que ceifam almas e os que deveriam ser temidos.”

    E este é Uhtred de Bebbanburg, ele finalmente sentiu o júbilo da batalha.

    Nota: Na série de The Last Kingdom, os produtores buscaram mostrar dois livros por temporada, e apesar dos livros serem excelentes, a primeira temporada mostrou-se tímida e com alguns personagens bastante descaracterizados se comparados ao material original. Como é o caso de Beocca – apesar do grande carisma do ator Ian Hart; bem como o próprio Uhtred, interpretado por Alexander Dreymon que dividiu opiniões se seria capaz de se tornar o Uhtred dos livros. Particularmente um pecado com a obra é o total esquecimento/omissão da importância das principais companheiras do protagonista: a espada longa Bafo de Serpente e Ferrão de Vespa, seu seax (um tipo de espada curta). Essa escolha dos produtores da série consegue ser tão incômoda quanto a falta do humor negro e ácido dos pagãos ao compararem seus Deuses Nórdicos ao Deus Pregado e os santos cristãos. Apesar de parecer uma heresia ao material fonte, aceitamos a segunda ausência devido as implicâncias que poderia trazer para a série de TV.

    Não posso ser desonesto com a adaptação televisiva, afinal a primeira temporada teve seus pontos altos, apesar da falta de expressão com os fãs dos livros. A ambientação mostrou cenários e figurinos ótimos, conseguindo trazer uma sensação de veracidade para a terra que um dia chamaríamos de Inglaterra. O carisma de alguns atores foi fundamental para conquistar o público independentemente de suas características nos romances – em especial o Padre Beocca e o frágil Rei Alfredo, vivido por David Dawson.

    Confira abaixo os detalhes do livro O Último Reino:

    Clique na imagem para ampliar.

    Páginas: 364
    Gênero: Ficção Histórica
    Editora: Grupo Editorial Record

    Avaliação: Excelente

    E aí, pronto para “devorar” as aventuras de Uhtred nas Crônicas Saxônicas? Tem acompanhado a série The Last Kingdom, da BBC? Deixe-nos seu comentários e não se esqueça de nos acompanhar nas principais redes sociais:

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    Confira também outras obras de Bernard Cornwell:

    Trilogia As Crônicas de Arthur
    Livro 1: O Rei do Inverno
    Livro 2: O Inimigo de Deus
    Livro 3: Excalibur

    Série Crônicas Saxônicas
    Livro 2: O Cavaleiro da Morte
    Livro 3: Os Senhores do Norte
    Livro 4: A Canção da Espada
    Livro 5: Terra em Chamas
    Livro 6: Morte dos Reis
    Livro 7: O Guerreiro Pagão
    Livro 8: O Trono Vazio
    Livro 9: Guerreiros da Tempestade
    Livro 10: O Portador do Fogo

    Trilogia A Busca do Graal
    Livro 1: O Arqueiro
    Livro 2: O Andarilho
    Livro 3: O Herege

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    Azincourt

    CRÍTICA – Corra! (2017, Jordan Peele)

    Corra! (Get Out) é a estréia na direção do comediante Jordan Peele. O elenco conta com Daniel Kaluuya (Black Mirror) e Alisson Willians (Girls). Na trama, o jovem negro, Chris, acompanha sua namorada branca, Rose, para conhecer seus pais no interior, mas as aparências enganam e Chris se encontra em um grave mistério envolvendo a família.

    Corra! apresenta atuações excelentes: em especial de Daniel Kaluuya. O jovem é uma revelação. Seu bom desempenho em Black Mirror e Sicário mostraram apenas a superfície de suas habilidades como ator. Em Corra! seu trabalho emocional é muito cativante e as suas reações em diversos momentos espelham os sentimentos do espectador. Esse também é um ponto positivo para o roteiro, que constrói diálogos brilhantes nos quais o elemento crítico flui de forma orgânica, e os momentos de humor não diminuem o ritmo tenso, mas sim intensificam alguns acontecimentos futuros.

    A composição de cena e a trilha sonora colaboram para estabelecer o suspense; alguns elementos musicais assombrosos são na maneira como encaixam no desenrolar da história. A fotografia é fértil, o longa apresenta belos planos-sequência tensos e bem executados, assim como composições de cena e enquadramentos que oferecem informações adicionais e colaboram para a construção de locais e personagens. Um trabalho artístico refinado e cuidadoso.

    A narrativa flutua entre o humor satírico com foco racial (lembra alguns esquetes de Trevor Noah no comando do The Daily Show) e o suspense paralisante. A crítica social envolvida não é nada sutil e funciona perfeitamente com a dinâmica construída aqui.

    Peele subverte expectativas. Seus diálogos apresentam frases esdruxulamente racistas e desconfortáveis de ouvir, vindas de uma elite branca democrata “que votaria no Obama para um 3º mandato”. Algumas situações propostas se tornam surreais e distintamente cômicas em suas mãos competentes, mas seguem carregadas de um realismo latente. Em retrospecto, os diálogos são ainda mais arrepiantes. Esse é um filme que vale a pena assistir uma segunda vez!

    No que diz respeito ao suspense, não existe muita novidade na fórmula. Porém, a subversão é mais uma vez utilizada de forma inteligente para construir uma trama que poderia ser clichê, mas se torna eletrizante. Apesar de uma ou duas cenas que se desenrolam de forma óbvia, Corra! É um forte concorrente a melhor do ano, e ainda estamos em maio!

    Avaliação: Ótimo

    Confira o trailer:

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    CRÍTICA – DC Renascimento (2017, DC Comics)

    Em 2011 a DC Comics tomou uma ousada decisão, recriar seus principais personagens, com novas histórias, nova roupagem e mexer um pouco em suas mitologias. Naquele ano um reeboot foi feito e nasciam Os Novos 52.

    Não! Pera… Mas a matéria não é sobre o Rebirth (Renascimento, como veremos aqui nas terras tupiniquins)?

    Sim caro leitor! Mas para falarmos sobre a iniciativa da DC em criar um universo de Renascimento, é necessário primeiro entender que isso foi forçado e preciso, dado o gosto amargo das incontáveis críticas e um total de 42 títulos cancelados ao final dos Novos 52. Motivos bem plausíveis. Continuemos…

    O ano é 2017 e finalmente chega no Brasil o tão aclamado Renascimento. Sim, Habemos Rebirth.

    Desde Abril, todos os brasileiros podem ter o prazer de segurar em suas mãos as HQs de seus heróis favoritos, como Batman, Lanterna Verde, Mulher-Maravilha e Superman, além de duas novas revistas publicadas, como nos primórdios da DC para Superman e Batman, respectivamente Action Comics e Detective Comics. Vale ressaltar que no Rio de Janeiro, as revistas chegaram a partir de Maio em função da distribuição, como me informou o dono da minha banca favorita.

    A Panini fará a publicação mensal de 52 páginas, o que corresponde a duas edições quinzenais (como é publicado nos Estados Unidos). Com isso, haverá um revezamento nos desenhistas e provavelmente a qualidade do desenho não será mantida em todas as edições. Todas as histórias seguem sua linha editorial exceto a Mulher-Maravilha que será publicada a saga principal nas edições ímpares e a saga Ano Um nas edições pares.

    Vamos falar das revistas:

    A DC lançou uma edição especial do Renascimento, que aconselho a todos lerem antes de lerem as mensais dos heróis. Como era de se esperar, esta revista é um prólogo do que está por vir, principalmente explicando a razão de não haver um novo Reboot, mas sim uma fissura no espaço-tempo, que permitiu o ressurgimento de alguns personagens e o entrelaçar de realidades.

    Após ler o Especial Renascimento, fui correndo pegar a HQ do meu herói preferido e logo nas primeiras páginas do Homem Morcego, o vilão te dará calafrios. A sensação dura pouco tempo e deixa o gostinho de quero mais. A história está muito bem contada e a edição está sensacional, difícil explicar sem disparar uma enxurrada de spoilers, mas posso dizer que o Protetor de Gotham terá concorrência, sem falar da iminência de um novo Robin.

    Em Superman temos a introdução de um pequeno Homem de Aço e a edição Action Comics é como se estivéssemos assistindo a um filme apocalíptico, quase um blockbuster.

     

    Nos outros títulos, as minhas expectativas foram superadas, e a julgar do que sabemos de como o público lá de fora vem se comportando em relação ao Renascimento, podemos esperar fortes emoções de toda a mitologia DC.

    Para os leitores que decidiram acompanhar HQs a partir do Rebirth, sugiro lerem também a edição #52 de cada personagem que escolherem acompanhar, principalmente Superman: Fim dos Dias, não é obrigatório, e com exceção do Superman, não fará muita falta, mas é quase uma preparação para a nova saga. 

    No mais, corram até a banca mais próxima e comprem o Renascimento da DC Comics. Garanto que não ficarão arrependidos.

    Avaliação: ótimo

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    CRÍTICA – Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017, James Gunn)

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    Guardiões da Galáxia Vol. 2 é a continuação do surpreendente e aclamado Guardiões da Galáxia de 2014 e o 15º do Universo Cinemático Marvel. Novamente a direção é de James Gunn e estrelado por Chris PrattZoe SaldañaDave Bautista e as vozes de Bradley Cooper e Vin Diesel. E neste novo longa os guardiões continuam realizando missões por dinheiro, mas quando Peter Quill descobre quem seu verdadeiro pai é, o grupo de heróis é forçado a lidar com seus relacionamentos pessoais e se unir contra outra ameaça de destruição da galáxia.

    Guardiões da Galáxia Vol. 2 chega aos cinemas com uma difícil missão: a expectativa de superar seu predecessor, mantendo o charme e espírito que conquistaram o mundo apesar de seus heróis desconhecidos do grande público. A continuação esteve em diversas listas de mais aguardados do ano e tais expectativas são impossíveis de atingir; afinal a “tempestade perfeita” que envolveu o lançamento e sucesso de Guardiões da Galáxia não será repetida. O novo longa é um bom filme, muito divertido e não trai os propósitos e personagens apresentados previamente. Mas o mais importante é: possui uma história completa, que se resolve em si e não busca apenas estabelecer novos filmes na franquia.

    O filme persiste no humor do primeiro, enquanto possui um tom um pouco mais sóbrio e melancólico. Porém, nunca se leva muito a sério e algumas entradas de humor são pontuais para não deixar o espectador esquecer que esse é um filme dos Guardiões, e todos estão ali para se divertir. O filme se apoia muito na dinâmica entre seus heróis. Os personagens adicionados funcionam bem, e Yondu (Michael Rooker) ganha mais espaço, o que também agrega peso emocional ao longa. As atuações são sólidas, destaques para Chris PrattZoe Saldaña e a estreante Pom Klementieff que interpreta Mantis e foi uma grata surpresa.

    O segundo ato é muito demorado, algumas sequências extensas e piadas que se alongam mais tempo do que necessário removem parte do ritmo que o filme havia mantido em seu início, e recupera nas resoluções finais. É interessante entrar um pouco mais em alguns arcos de personagens como Rocket, e as irmãs Gamora e Nebulosa. A dinâmica de rivalidade e amor fraternal é convincente e apesar da atuação exagerada de Karen Gillan, funciona. O foco narrativo é de forma mais definitiva, em Peter Quill, e o grupo dos Guardiões sofre em parte com essa decisão, sendo marginalizado a histórias paralelas.

    Não podemos deixar de falar de Baby Groot. A criatura é o ponto alto de todas as cenas em que está presente, causou o maior número de reações e risadas de uma sessão lotada de estreia. James Gunn e os produtores sabiam que esse seria o caso e souberam trabalhar muito bem com Baby Groot e sua dinâmica com o grupo. Sua presença transforma o grupo de heróis em uma família desconjuntada e catastrófica que arranca as maiores risadas durante o longa.

    Imagem relacionada

    Guardiões da Galáxia: Vol. 2 não poderia atingir as altas expectativas deixadas por seu predecessor, mas, ainda assim, é um filme divertido e cativante. Possui problemas de narrativa e estrutura evidentes mas ainda se encontra nas posições mais altas no espectro de películas da Marvel Studios já lançadas.

    PS: muitos easter eggs presentes ao longo do filme, fiquem atentos!

    Avaliação: Bom

    Confira abaixo o trailer:

    Guardiões da Galáxia: Vol. 2 estreou no dia 27 de Abril e é uma diversão para toda a família. E lembre-se de nos acompanhar nas redes sociais:

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    CRÍTICA – Os Pinguins do Sr. Popper (2011, Richard e Florence Atwater)

    O livro Os Pinguins do Sr. Popper conta a história do Sr. Popper e sua família, uma família humilde e cheia de amor para dar. Sr. Popper é um pintor de paredes muito conhecido em sua cidadezinha (chamada Água Mansa) e sempre foi um grande sonhador. Enquanto trabalhava, a sua cabeça viaja pelo mundo. Com a chegada do inverno, a temporada de pintar casas havia terminado, forçando Sr. Popper a passar seus dias em casa – deixando sua esposa louca.

    Sra. Popper tem mania de limpeza e, com o marido em casa, sua esposa precisava limpar mais, pois Popper não era nada organizado e, como ele não tinha nada para fazer, só atrapalhava na arrumação da casa. Apesar de ser uma senhora muito bem organizada e às vezes um pouco chata, a Sra. Popper era um amor de pessoa.

    Popper é um leitor voraz, principalmente no que envolve assuntos sobre o ÁrticoAntárticaPolo Norte e Polo Sul. Sabia de cor e salteado tudo sobre os exploradores daquelas regiões, se tornando um especialista no assunto. Claro, ele nunca havia ido em nenhum desses lugares, mas, pelos livros e filmes, ele já viajou o mundo todo!

    No dia 29 de setembro, Sr. Popper correu para o rádio para ouvir uma das suas estações preferidas. Sua esposa não entendia o porque de tanta euforia e assim que ouviu o almirante Drake falando um “Alô, Sr. Popper”, ela entendeu o porque de tudo aquilo.

    Sr. Popper havia enviado uma carta para o almirante e, com todo carinho, o almirante Drake respondeu ao vivo na transmissão de rádio. Durante a transmissão, Drake lhe prometeu uma surpresa. Logo, Popper recebeu uma caixa um tanto grande em sua casa; ao abrir a caixa levou um baita de um susto: havia um Pinguim lá dentro! Sr. Popper ficou mega surpreso e ao mesmo tempo feliz, batizando o pinguim Capitão Cook.

    Os Pinguins do Sr. Popper está em minha lista de leitura há um bom tempo, não tinha lido ainda por falta de tempo e por achar que não seria um livro que eu iria gostar, porém me enganei: o livro é tão fofo e com uma leitura tão gostosa que não tem como não se apaixonar. É uma leitura rápida, cheia de ilustrações e te faz dar gargalhadas com as peripécias dos pinguins.

    O livro, Os Pinguins do Sr. Popper é o que inspirou a adaptação cinematográfica em 2011Os Pinguins do Papai, estrelada por Jim Carrey e produzida pela Fox Film. Um filme ótimo para assistir com toda a família!

    Livro: Os Pinguins do Sr. Popper
    Escrito por: 
    Richard e Florence Atwater;

    Editora: Intrínseca;
    Ano: 2011;
    Páginas: 144;

    SINOPSE:

    “O Sr. Popper, pintor de paredes, tem um sonho: ser um intrépido explorador na Antártica e viver entre seus animais favoritos, os pinguins, ao lado de seu grande herói, o almirante Drake. Ele fica completamente admirado quando o almirante responde a uma de suas cartas e lhe envia uma encomenda com… um pinguim! Um pinguim de verdade! Logo o bichinho ganha uma companheira, e antes que se dê conta o Sr. Popper tem um rinque de patinação no gelo em seu porão e uma dúzia de lindos pinguins vivendo em sua casa. Quase sem dinheiro para alimentar a família e com uma dívida cada vez maior por conta de compras e mais compras de peixe fresco e camarões, o que o criativo Sr. Popper poderia fazer? Treinar seus pinguins e colocar o pé na estrada com um belo espetáculo, é claro! Uma história inesquecível que se tornou o clássico mais querido de várias gerações de leitores, convidando-os a imaginar, sonhar e acreditar que, sim, tudo é possível.”

    Avaliação: Ótimo

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    CRÍTICA – Quem Mexeu no Meu Queijo? Para Jovens (2003, Spencer Johnson)

    Quem Mexeu no Meu Queijo? é uma parábola criada pelo Dr. Spencer Johnson para ajudar as pessoas a enfrentarem grandes mudanças em suas vidas. Independente de qual seja a mudança que você está passando, essa pequena parábola ajudou muitas pessoas e já vendeu milhares de exemplares no mundo todo, se tornando um best seller internacional.

    Essa edição que eu li é especialmente direcionada para o público jovem. Quem leu a edição original, comentou para o escritor que gostaria muito de ter conhecido essa história quando era mais jovem, afinal eles poderiam ter aceitado melhor as mudanças na adolescência e juventude.

    “Quanto mais importante seu queijo é para você, menos você quer abrir
    mão dele.”

    Na história apresentada por Johnson, temos quatro personagens imaginários: SniffScurryHem e Haw, sendo que cada um representa as partes simples e complexas de nós mesmos; e temos o Queijo que representa o que nos é importante.

    No começo da história conhecemos sete amigos que sofrem com certa mudança que aconteceu em sua escola. Todos sofrem as consequências dessa mudança, exceto Chris, que parecia o único a não se importar com a situação. Chris começa a contar uma história para seus amigos: como ele começou a ver as coisas de uma maneira diferente e até a rir de si mesmo.

    Na história temos os quatro personagens que viviam numa terra distante, aonde corriam por um labirinto para procurar queijo; dois eram ratos e os outros dois eram homenzinhos, bem pequenos. Todos os dias, os quatro passavam boa parte do tempo procurando seu próprio queijo; os ratos usavam seus instintos para procurar aquele queijo mais duro de roer e os homenzinhos usavam seus cérebros complexos para procurar um tipo de queijo diferente.

    “Se você não mudar, pode ser extinto.”

    Um dia todos acharam seus queijos no posto de Queijo Q. Eles começaram a estabelecer uma rotina, afinal tinham queijos para uma vida toda (pelo menos é o que os homenzinhos achavam). Um bom tempo depois, os ratos – com sua rotina de ir toda manhã para o posto de Queijo Q para farejar seu queijo -, logo descobriram que o queijo havia acabado.

    Aceitando bem essa mudança, afinal os ratinhos já haviam notado que o queijo vinha diminuindo, eles saem em busca de queijo novo pelo labirinto, mas quando os homenzinhos se dão conta de que não tem mais queijo no posto Q, eles não aceitam o que está acontecendo e a mudança começa a se tornar a coisa mais difícil para eles, até que Haw decide tomar uma atitude sobre essa mudança.

    “Quando você vence o seu medo, se sente bem!”

    Uma história divertida e bem desenvolvida, Quem Mexeu no Meu Queijo? Para Jovens trás uma parábola maravilhosa para quem está com problemas com alguma mudança em sua vida. É um livro para todas as idades que nos mostra como lidar com essa “mudança” que tanto nos aflige.

    “Notar cedo as pequenas mudanças ajuda a gente a se adaptar às grandes mudanças que virão.”

    Livro: Quem Mexeu no Meu Queijo? Para Jovens
    Escrito por: 
    Spencer Johnson;

    Editora: Record;
    Ano: 2003;
    Páginas: 96;

    SINOPSE:

    “Um grupo de jovens, preocupados com as mudanças em suas vidas, é apresentado a história do livro Quem mexeu no meu Queijo? e discute seus ensinamentos adaptados à realidade da juventude. Quem Mexeu no Meu Queijo? é um dos maiores fenômenos editoriais da década, com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Agora, a mesma história lida e vivida por adultos ganha uma outra versão, para ser compartilhada com as novas gerações. A parábola do queijo foi adaptada à realidade dos jovens, que convivem com mudanças em ritmo ainda mais vertiginoso que o dos mais velhos. Um livro que vai ajudar a enfrentar problemas nos estudos, na vida pessoal e mesmo na escolha de uma carreira. Quem mexeu no meu Queijo? é o maior sucesso editorial da década, com mais de quinze milhões de exemplares vendidos em todo o mundo e 800 mil só no Brasil. A versão para jovens foi vendida para 40 países aténs mesmo de ser publicada, e saiu nos EUA com tiragem inicial de 200 mil exemplares de capa dura.”

    Avaliação: Ótimo

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